CRESCIMENTO E TOLERÂNCIA DE MUDAS DE <i>Enterolobium contortisiliquum </i>Vell. CULTIVADAS EM SOLO CONTAMINADO COM ZINCO

Autores

  • Rodrigo Ferreira da Silva
  • Zaida Ines Antoniolli
  • André Luis Grolli
  • Douglas Leandro Scheid
  • Gilvan Moises Bertollo
  • Evandro Luis Missio

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509833374

Palavras-chave:

metais, fitorremediação, espécies arbóreas.

Resumo

O zinco é um elemento essencial às plantas, mas quando presente em altas concentrações no solo pode se tornar tóxico ao metabolismo vegetal. O trabalho objetivou determinar o crescimento e tolerância de mudas de Enterolobium contortisiliquum Vell. cultivadas em solo contaminado com zinco. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, em solo com 81% de argila, no delineamento inteiramente casualizado, com sete tratamentos, constituídos de doses de zinco (0, 100, 200, 300, 400, 500 e 600 mg kg-1) e oito repetições. Avaliou-se a altura de planta, diâmetro de colo, massa seca aérea, massa seca radicular, comprimento da raiz principal, área superficial específica, teor de Zn na parte aérea e radicular, coeficiente do impacto do teor relativo de zinco, índice de translocação e de tolerância. O coeficiente do impacto do teor relativo de zinco indicou tendência de menor translocação de Zn à parte aérea da muda até a dose de 300 mg de Zn kg-1 de solo. Os resultados evidenciaram que doses próximas a 200 mg de zinco kg-1 de solo argiloso estimulam a altura de planta, diâmetro do colo, a massa seca aérea e radicular das mudas de timbaúva. A timbaúva apresenta elevada tolerância ao zinco e por ser uma arbórea nativa adaptada às condições ambientais do Brasil pode ser indicada para revegetação de áreas contaminadas com a aplicação de até 600 mg de zinco kg-1 de solo argiloso.

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Publicado

01-10-2018

Como Citar

Silva, R. F. da, Antoniolli, Z. I., Grolli, A. L., Scheid, D. L., Bertollo, G. M., & Missio, E. L. (2018). CRESCIMENTO E TOLERÂNCIA DE MUDAS DE <i>Enterolobium contortisiliquum </i>Vell. CULTIVADAS EM SOLO CONTAMINADO COM ZINCO. Ciência Florestal, 28(3), 979–986. https://doi.org/10.5902/1980509833374

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