Ectomicorrizas em Grápia [<i>Apuleia leiocarpa</i> (Vogel) J.F. Macbride] e canafístula [<i>Peltophorum dubium</i> (Sprengel) Taubert] <i>in vitro</i>

Autores

  • Robson Andreazza UFSM
  • Zaida Inês Antoniolli
  • Lineu Trindade Leal
  • Carlos Moro Moro Junior
  • Rodrigo Ferreira da Silva

DOI:

https://doi.org/10.5902/198050984516

Palavras-chave:

fungos ectomicorrízicos, Suillus sp., espécie florestal nativa, associações ectomicorrízicas

Resumo

A associação de fungos ectomicorrízicos com essências florestais nativas pode ser uma alternativa para melhorar a adaptação e desenvolvimento de mudas em áreas reflorestadas do Estado do Rio Grande do Sul. O objetivo deste trabalho foi caracterizar e identificar associações ectomicorrízicas em plântulas de grápia (Apuleia leiocarpa) e canafístula (Peltophorum dubium), em condições de laboratório. Quatro tratamentos de inoculação com isolados de fungos ectomicorrízicos foram utilizados para a grápia: UFSM RA 2.8 (Suillus sp.), UFSM RA 3.6, UFSC-Pt116 (Pisolithus microcarpus), UFSC-Pt24 (Pisolithus sp.), além de um tratamento controle, sem fungo. Para a canafístula, foram utilizados quatro isolados: UFSM RA 2.8, UFSC-Pt116, UFSC-Sc 124 (Scleroderma citrinum Pers.) e UFSC-Pt24 (Pisolithus sp.) e um tratamento sem fungo. Em ambas as essências florestais foi utilizado delineamento inteiramente casualizado com sete repetições por tratamento. Para o desenvolvimento vegetal, avaliaram-se as seguintes variáveis: altura de planta, massa fresca da parte aérea e do sistema radicular, massa seca da parte aérea e presença de colonização ectomicorrízica. Observaram-se ectomicorrizas nas plântulas de grápia inoculadas com o isolado UFSM RA 2.8 (Suillus sp.). Esse fungo também favoreceu o desenvolvimento das plântulas de grápia, como a altura de plântulas e massa fresca e seca da parte aérea, embora não foi estatisticamente diferente aos demais isolados. As plântulas de canafístula apresentaram indícios de formação ectomicorrízica, como a presença do manto fúngico.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALVAREZ, M. et al. Effect of ectomycorrhizal colonization and drought on reactive oxygen species metabolism of Nothofagus dombeyi roots. Tree Physiology, Victoria, v. 29, p. 1047-1057, 2009.

ANDREAZZA, R. et al. Espécies de Pisolithus sp. na produção de mudas de Eucaliptus grandis Hill ex Maiden em solo arenoso. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 14, p. 51-60, 2004.

ANDREAZZA, R. Associação de fungos ectomicorrízicos com espécies florestais nativas do estado do rio grande do sul. 2006. 73 f. Dissertação (Mestrado em Ciência do Solo) - Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2006.

ANDREAZZA, R. et al. Ocorrência de associação micorrízica em seis essências florestais nativas do Estado do Rio Grande do Sul. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 18, n. 3, p. 339-346, 2008.

BASEIA, I. G.; MILANEZ, A.I. Rhizopogon (Rhizopogonaceae): hypogeous fungi in exotic plantations from the state of São Paulo, Brazil. Acta botanica brasílica, São Paulo, v. 16, n. 1, p. 55-59, 2002.

BOIS, G. et al. Ectomycorrhizal fungi affect the physiological responses of Picea glauca and Pinus banksiana seedlings exposed to an NaCl gradient. Tree Physiology, Victoria, v. 26, p. 1185-1196, 2009.

BRUNDRETT, M., BOUGHER, N.; DELL, B. Working with mycorrhizal in forestry and agriculture. Canberra : ACIAR, 1996. 400 p.

CARVALHO, P. E. R. Espécies nativas para fins produtivos. In: CARVALHO, P. E. R. Espécies não tradicionais para plantios com finalidades produtivas e ambientais. Colombo : EMBRAPA CNPF, 1998. p. 103-125.

CHAVES, L. F. C. et al. Crescimento de mudas de Jacaranda-da-Bahia (Dalbergia nigra (Vell) Fr. Allem.) em resposta a inoculação com fungos micorrízicos arbusculares em diferentes níveis de fósforo no solo. Revista Árvore, Viçosa, v. 19, p. 32-49, 1995.

CHILVERS, G.A.; DOUGLASS, P.A.; LAPEYRIE, F.F. A paper-sandwich technique for rapid synthesis of ectomycorrhizas. New Phytologist, Oak Ridge, v. 103, p. 397-402, 1986.

DUPONNOISA, R. et al. Inoculation of Acacia holosericea with ectomycorrhizal fungi in a semiarid site in Senegal: growth response and influences on the mycorrhizal soil infectivity after 2 years plantation. Forest Ecology and Management, Victoria, v. 207, p. 351-362, 2005.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa Tecnológica em Informática para Agricultura. Ambiente software NTIA, versão 4.2.2: manual do usuário - ferramental estatístico. Campinas, 1997.

FRIONI, L.; MINASIAN, H.; VOLFOVICZ, R. Arbuscular mycorrhizae and ectomycorrhizae in native tree legumes in Uruguay. Forest Ecology and Management, Victoria, v. 115, p. 41-47, 1999.

GALLOTTI, G. J. M. Importância da micorrização em viveiros de Pinus spp. Revista Agropecuária Catarinense, Florianópolis, v. 15, p. 60-61, 2002.

GROSS, E.; CASAGRANDE, L. I. T.; CAETANO, F. H. Ultrastructural study of ectomycorrhizas on Pinus caribaea Morelet. var. hondurensis Barr. & Golf. seedlings. Acta botanica brasílica, São Paulo, v. 18, n.1, p. 1-7, 2004.

HORAN, D. P.; CHILVERS, C. A.; LAPEYRIE, F. F. Time sequence of the infection process in eucalyptus. New Phytologist, Buxton, v. 109, p. 451-458, 1988.

IMAMURA, A.; YUMOTO, T. Dynamics of fruit-body production and mycorrhiza formation of ectomycorrhizal ammonia fungi in warm temperate forests in Japan. Mycoscience, Chiba, v. 49, p. 42-55, 2008.

JONNARTH, U. A.; GÖRANSSON, A.; FINLAY, R. D. Growth and nutrient uptake of ectomycorrhizal Pinus sylvestris seedlings in a natural substrate treated with elevated Al concentrations. Tree Physiology, Victoria, v. 23, p. 157-167, 2003.

LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, Plantarum, 1992. 352 p.

MALAJCZUK, N.; LAPEYRIE, F.; GARBAYE, J. Infectivity of pine and eucalypt isolates of Pisolitus tinctorius on roots of Eucalyptus urophylla in vitro. New Phytologist, Buxton, v. 114, p. 627-631, 1990.

MARX, D.H. The influence of ectotrophic mycorrhizal fungi on the resistance of pine roots to pathogenic infections. I. Antagonism of mycorrhizal fungi to root pathogenic fungi and soil bacteria. Phytopathologist, New York, v. 59, p. 153-163, 1969.

MATTOS, N. F.; GUARANHA, J. Contribuição ao estudo da grápia - Apeluia iuiocwpa (Vog.) Macbride. Porto Alegre: Instituto de Pesquisas de Recursos Naturais Renováveis "AP", 1983. 25p. (Boletim Técnico. 12).

MATTOS, R.B. Características qualitativas e possibilidade de ganho de fuste em espécies euxilóforas nativas da região central do Rio Grande do Sul. 2002. 91 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Florestal)-Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2002.

OLIVEIRA, P. et al. Sustained in vitro root development obtained in Pinus pinea L. inoculated with ectomycorrhizal fungi. Forestry, Dumfriesshire, v.76, n. 5, p. 579-587, 2003.

ROJAS, E.P.; SIQUEIRA, J.O. Micorriza arbuscular e fertilização do solo no desenvolvimento pós-transplante de mudas de sete espécies florestais. Revista Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, p. 103-114, 2000.

SCHWEIGER, P. F.; ROUHIER, H.; SODERSTROM, B. Visualisation of ectomycorrhizal rhizomorph structure using laser scanning confocal microscopy. Mycological Research, Maryland Heights, v. 106, n. 3, p. 349-354, 2002.

SILVA, R. F.; ANTONIOLLI, Z. I.; ANDREAZZA, R. Efeito da inoculação com fungos ectomicorrízicos na produção de mudas de Eucalyptus grandis Hill ex. Maiden em solo arenoso. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 13, p. 33-42, 2003a.

SILVA, R. F. et al. Fungos ectomicorrízicos no desenvolvimento de mudas de Eucalyptus grandis Hill ex. Maiden. Bioscience Journal, Uberlândia, v. 19, p. 9-17, 2003b.

SMITH, S.; READ, D. Mycorrhizal Symbiosis. London : Academic Press, 1997. 605 p.

SOUZA, L. A. B.; FILHO, G. N. S.; OLIVEIRA, V. L. Eficiência de fungos ectomicorrízicos na absorção de fósforo e na promoção do crescimento de eucalipto. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 39, n. 4, p. 349-355, 2004.

VOIGT, E. L. Compatibilidade de isolados fúngicos ectomicorrízicos provenientes de Eucalyptus e de Pinus em relação a Eucalyptus dunnii Maiden in vitro. 1996. 33 p. Monografia (Ciências Biológicas). Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 1996.

VOIGT, E. L.; OLIVEIRA, V. L.; RANDI, A. M. Mycorrhizal colonization and compounds accumulation on roots of Eucalyptus dunnii Maiden inoculated with ectomycorrhizal fungi. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, v. 35, p. 1905-1910, 2000.

ZANGARO, W. et al. Micorriza arbuscular em espécies arbóreas nativas da bacia do Rio Tibagi, Paraná. Revista Cerne, Lavras, v. 8, p. 77-87, 2002.

ZHANG, H. H. et al. Effects of inoculation with ectomycorrhizal fungi on microbial biomass and bacterial functional diversity in the rhizosphere of Pinus tabulaeformis seedlings. European Journal of Soil Biology, Amesterdam, v. 46, p. 55-61, 2010.

Downloads

Publicado

30-12-2011

Como Citar

Andreazza, R., Antoniolli, Z. I., Leal, L. T., Moro Junior, C. M., & Silva, R. F. da. (2011). Ectomicorrizas em Grápia [<i>Apuleia leiocarpa</i> (Vogel) J.F. Macbride] e canafístula [<i>Peltophorum dubium</i> (Sprengel) Taubert] <i>in vitro</i>. Ciência Florestal, 21(4), 727–734. https://doi.org/10.5902/198050984516

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 3 > >>