INFLUÊNCIA DO SUBSTRATO E DO VOLUME DE RECIPIENTE NA QUALIDADE DAS MUDAS DE <i>Cabralea canjerana</i> (Vell.) Mart. EM VIVEIRO E NO CAMPO
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509815731Palavras-chave:
viveiro florestal, canjerana, produção de mudas, tubete.Resumo
http://dx.doi.org/10.5902/1980509815731
A utilização de mudas de qualidade é fundamental para o estabelecimento de plantios florestais, o que é alcançado por meio de técnicas adequadas desde a fase de viveiro. Assim, este trabalho teve por objetivo investigar a influência de diferentes composições de substratos e do volume de recipiente (tubetes) no crescimento de mudas de canjerana (Cabralea canjerana), no viveiro e no campo. Em viveiro foram avaliadas três composições de substratos à base de turfa (100% turfa, turfa + 20% casca de arroz carbonizada (CAC) e turfa + 40% CAC) combinadas com dois tamanhos de tubetes (100 e 280 cm3). Foram realizadas mensalmente, durante 330 dias, mensurações do diâmetro do coleto (DC) e da altura (H), e foi calculada também a relação H/DC. Aos 330 dias foram avaliadas as massas secas radicular, aérea e total e o índice de qualidade de Dickson. Os mesmos tratamentos foram avaliados em campo, durante um período de 360 dias, e foi mensurado a cada 90 dias, o DC e a H, e calculada a H/DC. No viveiro e em campo, os experimentos foram conduzidos com delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro repetições. Mudas de canjerana podem ser produzidas em substrato composto por 60% de turfa e 40% de casca de arroz carbonizada sem prejuízo do seu crescimento em campo, tendo em vista a economia que representa no viveiro. O uso do tubete de 280 cm3 proporcionou somente crescimento superior das mudas na fase de plantio, sendo que o diâmetro do coleto e a massa seca radicular expressaram o melhor desempenho.
Downloads
Referências
APHALO, P.; RIKALA, R. Field performance of silver-birch planting-stock grown at different spacing in containers of different volume. New Forests, Netherlands, v. 25, p. 93-108, 2003.
BIRCHLER, T.; ROSE, R. W.; ROYO, A.; et al. La planta ideal: revision del concepto, parametros definitorios e implementacion practica. Investigacion Agraria, Sistemas y Recursos Forestales, Madrid, v. 7, n. 1/2, p. 109-121, 1998.
BRACHTVOGEL, E. L.; MALAVASI, U. C. Volume do recipiente, adubação e sua forma de mistura ao substrato no crescimento inicial de Pelthophorum dubium (Sprengel) Taubert em viveiro. Revista Árvore, Viçosa, v. 34, n. 2, p. 223-232, 2010.
CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Brasília: Embrapa Informações Tecnológicas; Colombo: Embrapa Florestas, 2003. 1039 p., v. 1.
CQFS - Comissão de Química e Fertilidade do Solo. Manual de adubação e de calagem para os estados do RS e SC. 10. ed. Porto Alegre: Sociedade Brasileira de Ciência do Solo - Núcleo Regional Sul, 2004. 394 p.
CUNHA, A. O. et al. Efeitos de substratos e das dimensões dos recipientes na qualidade das mudas de Tabebuia impetiginosa (Mart. Ex D.C.) Standl. Revista Árvore, Viçosa, v. 29, n. 4, p. 507-516, 2005.
DAVIDE, A. C.; FARIA, J. M. R. Viveiros Florestais. In: DAVIDE, A. C.; SILVA, E. A. A. (Eds). Produção de sementes e mudas de espécies florestais. 1 ed. Lavras: UFLA, 2008. p 83-124.
DICKSON, A.; LEAF, A.; HOSNER, J. F. Quality appraisal of white spruce and white pine seedling stock in nurseries. Forest Chronicle, Canada, v. 36, p. 10-13, 1960.
FERMINO, M. H. O uso da análise física na avaliação da qualidade de componentes e substratos. In: FURLANI, A. M. C. et al. (Coords.). Caracterização, manejo e qualidade de substratos para produção de plantas. Campinas: Instituto Agronômico, 2002. 122 p (Documentos IAC, 70).
FELIPPI, M. Morfologia e silvicultura de espécies arbóreas da Floresta Estacional Decidual. 2010, 211 f. Tese (Doutorado em Engenharia Florestal) – Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2010.
FERREIRA, D. F. SISVAR: um programa para análises e ensino de estatística. Revista Symposium. Lavras, v. 6, p. 36-41, 2008.
GOMES, J. M. et al. Crescimento de mudas de Eucalyptus grandis em diferentes tamanhos de tubetes e fertilização N-P-K. Revista Árvore, Viçosa, v. 27, n. 2, p. 113-127, 2003.
GOMES, J. M.; PAIVA, H. N. Produção de mudas de eucalipto por sementes. Informe Agropecuário, Belo Horizonte, v. 29, n. 242, p. 14-22, 2008.
GOMES, J. M.; PAIVA, H. N. Viveiros florestais (propagação sexuada). Viçosa: UFV, 3 ed., 2004. 116 p. (Cadernos didáticos, 72).
GONÇALVES, J. L. M. et al. Produção de mudas de espécies nativas: substrato, nutrição, sombreamento e fertilização. In: GONÇALVES, J. L. M.; BENEDETTI, V. (Eds). Nutrição e fertilização florestal. Piracicaba: IPEF, 2005. p. 309-350.
GONÇALVES, J. L. M.; POGGIANI, F. Substratos para produção de mudas florestais. In: CONGRESSO LATINO AMERICANO DE CIÊNCIA DO SOLO, 13., 1996. Águas de Lindóia. Anais... Águas de Lindóia: 1996. CD-ROM.
HAASE, D. L. Understanding forest seedling quality: measurements and interpretation. Tree Planters’ Notes, v. 52, n. 2, p. 24-30, 2008.
JACOBS, D. F.; LANDIS, T. D.; LUNA, T. Growing Media. In: DUMROESE, R. K.; LUNA, T.; LANDIS, T. D. (Eds). Nursery manual for native plants: a guide for tribal nurseriesWashington. D.C.: U.S. Department of Agriculture, Forest Service. Vol.1, 2009. 302 p. (. Nursery management. Agriculture Handbook 730).
JOSÉ, A. C., DAVIDE, A. C., OLIVEIRA, S. L. Produção de mudas de aroeira (Schinus terebinthifolius) para recuperação de áreas degradadas pela mineração de bauxita. Revista Cerne, Lavras, v. 11, n. 2, p. 187-196, 2005.
KÄMPF, A. N. Produção comercial de plantas ornamentais. Guaíba: Agropecuária, 2000. 254 p.
LONGHI, R. A. Livro das árvores: árvores e arvoretas do Sul. Porto Alegre: L&PM, 1995. 176 p.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil. 4. ed. Nova Odessa: Plantarum, 2002. 352 p. v.1.
LUNA, T.; LANDIS, T. D.; DUMROESE, R. K. Containers. In: DUMROESE, R. K.; LUNA, T.; LANDIS, T. D. (Eds). Nursery manual for native plants: a guide for tribal nurseries. Washington. D.C.: U.S. Department of Agriculture, Forest Service. Vol.1, 2009. 302 p. (Nursery management. Agriculture Handbook 730).
MORENO, J. A. Clima do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: Secretaria da Agricultura, 1961. 83 p.
REINERT, D. J.; REICHERT, J. M. Coluna de areia para medir a retenção de água no solo – protótipos e teste. Ciência Rural, Santa Maria, v. 36, n. 6, p.1931-1935, 2006.
RIO GRANDE DO SUL, Secretaria Especial do Meio Ambiente. Diretrizes ambientais para restauração de Matas Ciliares. Porto Alegre: SEMA: DEFAP, 2007. 32 p.
RITCHIE, G. A. et al. Assessing plant quality. Seedling Processing, Storage, and Outplanting. v. 7, Washington, DC: U.S. Department of Agriculture Forest Service, 2010. 200 p. (Agric. Handbk. 674).
ROSSA, U. B. et al. Desenvolvimento de mudas de Cabralea canjerana (Vell.) Mart. sob diferentes doses de Fertilizante de Liberação Lenta. In: ENCONTRO BRASILEIRO DE SILVICULTURA, 2., 2011, Campinas, SP. Anais... Piracicaba:PTSM/IPEF/ESALQ/FUPEF, 2011, p. 325-326.
SANTOS, C. B.; LONGHI, S. J.; HOPPE, J. M. et al. Efeito do volume de tubetes e tipos de substratos na qualidade de mudas de Cryptomerica japônica (L.F.) D. Don. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 10, n. 2, p. 1-15, 2000.
SFB – Serviço Florestal Brasileiro. Florestas do Brasil em resumo – 2010: dados de 2005-2010./ Serviço Florestal Brasileiro. – Brasília: SFB, 2010. 152 p.
TEXAS GREENHOUSE MANAGEMENT HANDBOOK. Disponível em: <(http://aggie-horticulture.tamu.edu/greenhouse/nursery/guides/green/)>, 1999. Acesso em: 20 julho de 2011.
VALLONE, H. S. et al. Recipientes e substratos na produção de mudas e no desenvolvimento inicial de cafeeiros após o plantio. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, v. 33, n. 5, p. 1327-1335, 2009.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.