Microencapsulação de Probióticos por Gelificação Iônica Externa Utilizando Pectina

Autores

  • Maria Fernandada Silveira Cáceres de Menezes Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos - CCR- UFSM
  • Luiza Zancan Rodrigues Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos
  • Carlos Pasqualin Cavalheiro Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos
  • Mariana Araújo Etchepare Departamento de Tecnologia de Alimentos -UFSM
  • Cristiano Ragagnin de Menezes Universidade Federal de Santa Maria

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X19712

Palavras-chave:

Probióticos, microencapsulação, pectina, gelificação iônica externa

Resumo

O aumento da expectativa de vida mundial tem despertado o interesse dos consumidores por alimentos saudáveis, impulsionando o desenvolvimento de alimentos funcionais contendo probióticos, dos quais destacam-se os gêneros, Lactobacillus spp, Bifidobacterium spp e Enterococcus spp, conhecidos por realizar efeitos benéficos no cólon. Diversas técnicas de microencapsulação e materiais de revestimento tem sido exploradas, a gelificação iônica externa tem demonstrado ser viável na preservação das culturas probióticas.  Polímeros naturais tem sido estudados, como a pectina, matéria-prima que pode ser obtida a partir da extração de resíduos da indústria cítrica. As pectinas são classificadas de acordo com o seu grau de metoxilação, o que influencia na sua capacidade de hidratação e formação de gel. Por ser um fibra dietética, a pectina atua como substrato para a microbiota do cólon, estimulando-a. Por estas características, a utilização de pectina como material de revestimento de micropartículas probióticas apresenta-se como uma alternativa para a realização de trabalhos que visem o estudo da produção, caracterização, viabilidade de micropartículas e das culturas in vitro.   Esta revisão tem por objetivo apresentar a microencapsulação de probióticos através do método de gelificação iônica externa, assim como abordar os materiais de revestimento de microcápsulas, com ênfase na utilização de pectina.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Maria Fernandada Silveira Cáceres de Menezes, Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos - CCR- UFSM

Doutoranda em Ciência e Tecnologia dos Alimentos -UFSM

Luiza Zancan Rodrigues, Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos

Graduanda em Tecnologia de Alimentos

Carlos Pasqualin Cavalheiro, Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos

Doutorando em Ciência e Tecnologia de Alimentos -UFSM

Mariana Araújo Etchepare, Departamento de Tecnologia de Alimentos -UFSM

Doutoranda em Ciência e Tecnologia de Alimentos- UFSM

Cristiano Ragagnin de Menezes, Universidade Federal de Santa Maria

Doutorado em Ciência de Alimentos -FEA-UNICAMP

Prof. Adjunto DTCA UFSM

Biotecnologia e Microestrutura de Alimentos

Referências

Agrawal, R. (2005). Probiotics: an emerging food supplement with health benefits. Food Biotechnology, 19 (3), 227–246.

Anal, A. K., Singh, H. (2007). Recent advances in microencapsulation of probiotics for industrial applications and targeted delivery. Trends Food Science and Technology 18 (5), 240–251.

Bobbio, F. O.; Bobbio, P. A. Introdução a Química de Alimentos. 2ª Ed. São Paulo: Varela, 231 p., 1989.

Bobbio, F. O.; Bobbio, P. A. Química do processamento de alimentos. 3ª Ed. São Paulo: Varela, 143 p., 2001.

Brasil. Lista de alegações de propriedade funcional aprovadas. Brasília, 2008. Disponível em: www.anvisa.gov.br/alimentos/comissoes/tecno_lista_alega.htm. Acesso em: 06 de out. de 2014.

Burey, P., et al. (2008). Hydrocolloid Gel Particles: Formation, Characterization, and Application. Critical Reviews in Food Science and Nutrition, 48, 361–377.

Burgain, J., et al. (2011). Encapsulation of probiotic living cells: From laboratory scale to industrial applications. Journal of Food Engineering, 104, 467–483.

Canteri, M. H. G. et al. (2012). Pectina: da matéria-prima ao produto final. Polímeros, 22 (2), 149-157.

Coelho, M. T. (2008). Pectina: Características e aplicações em alimentos. In: Disciplina de Seminário de Alimentos. Universidade Federal de Pelotas, Pelotas, RS.

Collado, M. C., et al. (2009). The impact of probiotic on gut health. Current Drug Metabolism, 10 (1), 68–78.

Corthesy, B., et al. (2007). Cross talk between probiotic bacteria and the host immune system. Journal of Nutrition, 137 (3), 781S–790S.

FAO. Food and Agriculture Organization of the United Nations (2002). Guidelines for the Evaluation of Probiotics in Food. London, Ontario, Canada.

Jackson, L. S.; Lee, K. (1991). Microencapsulation and Food Industry. LWT – Food Science and Technology 24, (4), 289-297.

Kailasapathy, K.; Chin, J. C. (2000). Survival and therapeutic potential of probiotics organisms with reference to Lactobacillus acidophilus and Bifido¬bacterium spp. Immunology e Cell Biology, 78, 80–88.

Kailasapathy, K., (2009). Encapsulation technologies for functional foods and nutraceutical product development. CAB Reviews: Perspectives in Agriculture, Veterinary Science, Nutrition and Natural Resources, 4 (6).

Koblitz, M. G. B. Bioquímica de alimentos: teoria e aplicações práticas. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2010, 242 p.

Krasaekoopt, W., Bhandari, B., Deeth, H., (2003). Evaluation of encapsulation techniques of probiotics for yoghurt. International Dairy Journal 13 (1), 3–13.

Laurenti, E.; Garcia, S. (2013). Eficiência de materiais encapsulantes naturais e comerciais na liberação controlada de probiótico encapsulado. Brazilian Journal of Food Technology, 16 (2), 107-115.

Liu, X. D. et al. (2012). Characterization of structure and diffusion behaviour of ca-alginate beads prepared with external or internal calcium sources. Journal of microencapsulation, 19 (6), 775 – 782.

Martin, M. J. et al. (2015). Microencapsulation of bacteria: A review of different technologies and their impact on the probiotic effects. Innovative Food Science and Emerging Technologies 27, 15–25.

Mukai Corrêa, R. Produção de micropartículas por gelificação iônica para alimentação de larvas de peixe: Estudos em Sistema-Modelo com inclusão de micropartículas lipídicas ou emulsão lipídica e Testes in vivo. 2008. 177 p. Tese (Doutorado em Alimentos e Nutrição) - Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.

Muzzarelli, R. A. A. et al. (2012). Current views on fungal chitin/chitosan, human chitinases, food preservation, glucans, pectins and inulin: A tribute to Henri Braconnot, precursor of the carbohydrate polymers science, on the chitin bicentennial. Carbohydrate Polymers, 87, 995– 1012.

Oelschlaeger, T. A. (2010). Mechanisms of probiotic actions – a review. International Journal of Medical Microbiology, 300 (1), 57–62.

Paiva, E. P. et al. (2009). Pectina: Propriedades Químicas e Importância sobre Estrutura da Parede Celular de Frutos Durante o Processo De Maturação. In: Propiedades químicas de las pectinas. Revista Iberoamericana de Polímero, 10, 4, 196-211.

Rosenthal, A. Tecnologia de Alimentos e Inovação: Tendências e Perspectivas. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 2008, 193 p.

Saad, S. M. I. Probióticos e prebióticos em alimentos: fundamentos e aplicações tecnológicas. São Paulo: Varela, 2011, 668 p.

Saad, S. M. I., (2006). Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences 42 (1), 1-16.

Simeoni, C. P. et al. (2014). Microencapsulação de probióticos: inovação tecnológica na indústria de alimentos. Revista Eletrônica em Gestão, Educação e Tecnologia Ambiental, 18, ed. esp. mai, 66-75.

Singh, K. et al. (2011). Probiotics: a review. Asian Pacific Journal of Tropical Biomedicine, S287-S290.

Stefe, C. A. et al. (2008). Probióticos, prebióticos e simbióticos: artigo de revisão. Saúde & Ambiente em Revista, 3 (1), 16-33.

Tuomola, E. M., et al. (1999). The effect of probiotic bactéria on the adhesion of pathogens to human intestinal mucus. FEMS Immunology and Medical Microbiology 26 (2), 137–142.

Ventura, I; Bianco-Peled, H. (2015). Small-angle X-ray scattering study on pectin–chitosan mixedsolutions and thermoreversible gels. Carbohydrate Polymers, 123, 122–129.

Weichselbaum, E. (2009). Probiotics and health: a review of the evidence. Nutrition Bulletin, 34 (4), 340–373.

Yokoi, H. et al. (2002). Flocculation properties of pectin in various suspensions. Bioresource Technology, 84, 287-290.

Yao, K. D., Tu, H., Cheng, F., Zhang, J. W., & Liu, J. (1997). pH-sensitivity of the swelling of a chitosan-pectin polyelectrolyte complex. Die Angewandte Makromolekulare Chemie, 245, 63–72.

Downloads

Publicado

2015-12-15

Como Citar

Menezes, M. F. S. C. de, Rodrigues, L. Z., Cavalheiro, C. P., Etchepare, M. A., & Menezes, C. R. de. (2015). Microencapsulação de Probióticos por Gelificação Iônica Externa Utilizando Pectina. Ciência E Natura, 37, 30–37. https://doi.org/10.5902/2179460X19712

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

1 2 > >>