Microencapsulação de Probióticos por Gelificação Iônica Externa Utilizando Pectina
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X19712Palavras-chave:
Probióticos, microencapsulação, pectina, gelificação iônica externaResumo
O aumento da expectativa de vida mundial tem despertado o interesse dos consumidores por alimentos saudáveis, impulsionando o desenvolvimento de alimentos funcionais contendo probióticos, dos quais destacam-se os gêneros, Lactobacillus spp, Bifidobacterium spp e Enterococcus spp, conhecidos por realizar efeitos benéficos no cólon. Diversas técnicas de microencapsulação e materiais de revestimento tem sido exploradas, a gelificação iônica externa tem demonstrado ser viável na preservação das culturas probióticas. Polímeros naturais tem sido estudados, como a pectina, matéria-prima que pode ser obtida a partir da extração de resíduos da indústria cítrica. As pectinas são classificadas de acordo com o seu grau de metoxilação, o que influencia na sua capacidade de hidratação e formação de gel. Por ser um fibra dietética, a pectina atua como substrato para a microbiota do cólon, estimulando-a. Por estas características, a utilização de pectina como material de revestimento de micropartículas probióticas apresenta-se como uma alternativa para a realização de trabalhos que visem o estudo da produção, caracterização, viabilidade de micropartículas e das culturas in vitro. Esta revisão tem por objetivo apresentar a microencapsulação de probióticos através do método de gelificação iônica externa, assim como abordar os materiais de revestimento de microcápsulas, com ênfase na utilização de pectina.
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