Schopenhauer, os afetos e o pior dos mundos possíveis
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378665897Palabras clave:
Afetos, Paixões, PessimismoResumen
Em contraposição ao otimismo de Leibniz, Schopenhauer afirma, nos Complementos a O Mundo como Vontade e Representação, que vivemos no "pior dos mundos possíveis", pois um "pouquinho pior" que fosse, não poderia subsistir. É dada já a miséria na sua medida exata, como afirmara o pessimista filósofo em sua tese sobre a quota de sofrimento, apresentada no Tomo 1 da referida obra. A causa mais imediata deste infortúnio, diz ele, são os afetos veementes e paixões violentas. Estas duas afecções, sempre citadas seguidas destes respectivos atributos, são apresentadas quando o filósofo se refere a certa "desmesura" da atividade da vontade, que conduz o indivíduo ao engano, à violência, à dor. Trata-se de verificar então a exata configuração destes dois conceitos, suas diferenças e importância para a doutrina schopenhaueriana da negação da vontade. Ver-se-á que afetos e paixões são inclinações, excitações irresistíveis, que impossibilitam a eficácia da apresentação de contramotivos e consequentemente da liberdade intelectual: sejam inclinações súbitas (afetos) ou profundamente enraizadas (paixões).
Descargas
Citas
BRUM, J. T. O legado espanhol – Calderón e Gracián inspiradores de Schopenhauer. In: SALLES, João C. (Org.) Schopenhauer e o idealismo alemão. Salvador: Ed. Quarteto, 2004.
KANT, I. Kant im Kontext PLUS – Werke auf CD-ROM – 2. erw. u. neu durchges. Aufl. 1997 – ISBN 3-932094–02-6
KANT, I. Crítica da Faculdade de Julgar. Tradução de Fernando Costa Mattos. Petrópolis, RJ: Vozes; Bragança Paulista, SP: Ed. Univ. São Francisco, 2016.
LEIBNIZ, G. W. Discurso de metafísica e outros textos. Tradução de Marilena Chaui e Alexandre da Cruz Bonilha. São Paulo: Martins Fontes, 2004.
MARTINS, A. Nietzsche, Espinosa, o acaso e os afetos – encontros entre o trágico e o conhecimento intuitivo. Revista O que nos faz pensar, n. 14. Rio de janeiro, PUC-RJ, p. 183-198, 2000.
MENEZES, A. P. Para pensar o afeto. Revista latinoamericana de psicopatologia fundamental, ano X, n. 2, p. 231-254, jun/2007.
PENNA, C. O campo dos afetos: fontes de sofrimento, fontes de reconhecimento. Dimensões pessoais e coletivas. Cadernos de Psicanálise (CPRJ), Rio de Janeiro, v. 39, n. 37, p. 11-27, jul./dez. 2017.
RAMACCIOTTI, B. L. Espinosa e Nietzsche: conhecimento como afeto ou paixão mais potente? Cadernos Espinosanos, São Paulo, n. 31, p. 57-80, jul-dez 2014.
SCHOPENHAUER, A. Schopenhauer im Kontext –Werke auf CD-ROM – 2001 – ISBN 3-932094–04-2
SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação. Tradução de Jair Barboza. São Paulo: Editora da Unesp, 2005.
SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação – Tomo 2 (Suplementos). Tradução de Jair Barboza. São Paulo: Editora da Unesp, 2015.
SEVERAC, P. Conhecimento e afetividade em Espinosa. In: MARTINS, A. (org.). O mais potente dos afetos: Spinoza & Nietzsche. São Paulo: Martins Fontes, 2009.
Publicado
Versiones
- 2022-03-23 (2)
- 2021-12-28 (1)
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2021 Voluntas: Revista Internacional de Filosofia
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
La sumisión de los originales para este periódico implica la transferencia, por parte de autores, de los derechos de publicación impresa y digital. Los derechos autorales para los artículos publicados son del autor, con derechos del periódico sobre la primera publicación. Los autores sólo podrán utilizar los mismos resultados en otras publicaciones indicando claramente este periódico como el medio de publicación original. En virtud de ser un periódico de acceso abierto, está permitido el uso gratuito de los artículos en aplicaciones educacionales, científicas, no comerciales, desde que referenciada la fuente (por favor, vea la licencia Creative Commons en el pie de página de este periódico).