Schopenhauer, os afetos e o pior dos mundos possíveis
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378665897Schlagworte:
Afetos, Paixões, PessimismoAbstract
Em contraposição ao otimismo de Leibniz, Schopenhauer afirma, nos Complementos a O Mundo como Vontade e Representação, que vivemos no "pior dos mundos possíveis", pois um "pouquinho pior" que fosse, não poderia subsistir. É dada já a miséria na sua medida exata, como afirmara o pessimista filósofo em sua tese sobre a quota de sofrimento, apresentada no Tomo 1 da referida obra. A causa mais imediata deste infortúnio, diz ele, são os afetos veementes e paixões violentas. Estas duas afecções, sempre citadas seguidas destes respectivos atributos, são apresentadas quando o filósofo se refere a certa "desmesura" da atividade da vontade, que conduz o indivíduo ao engano, à violência, à dor. Trata-se de verificar então a exata configuração destes dois conceitos, suas diferenças e importância para a doutrina schopenhaueriana da negação da vontade. Ver-se-á que afetos e paixões são inclinações, excitações irresistíveis, que impossibilitam a eficácia da apresentação de contramotivos e consequentemente da liberdade intelectual: sejam inclinações súbitas (afetos) ou profundamente enraizadas (paixões).
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