Schopenhauer como educador: o esboço de misantropia filosófica de Nietzsche

Autores

  • Jarlee Salviano Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633996

Palavras-chave:

Schopenhauer, Nietzsche, terceira Consideração Extemporânea

Resumo

Em 1874 Nietzsche publicou sua terceira Consideração Extemporânea – Schopenhauer como educador. Trata-se de mais um importante episódio desta complicada relação entre os dois filósofos. A filosofia schopenhaueriana, pela sua extemporaneidade, sua crítica severa e solitária à cultura da época e à filosofia universitária, serve ao jovem Nietzsche na construção do modelo ideal da nova cultura dos homens superiores, no seio da qual seria possível o engendramento do autêntico filósofo e do gênio na arte. Trata-se então de verificar os detalhes desta luta que o autor das Extemporâneas trava consigo mesmo nesta tentativa de conciliar sua veneração por Schopenhauer e sua negação de princípios metafísicos da tradição, na qual será incluída posteriormente a filosofia de Schopenhauer.

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Biografia do Autor

Jarlee Salviano, Universidade Federal da Bahia, Salvador, BA

Doutor em Filosofia pela USP, Professor Adjunto da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Coordenador do GT Schopenhauer da ANPOF.

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Publicado

2012-07-01

Como Citar

Salviano, J. (2012). Schopenhauer como educador: o esboço de misantropia filosófica de Nietzsche. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 3(1 e 2), 91–100. https://doi.org/10.5902/2179378633996

Edição

Seção

Estudos Schopenhauerianos