Schopenhauer em Signos: maquinismo e livre-arbítrio no magnetismo do amor

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378656907

Palavras-chave:

Nestor Victor, Filosofia, Literatura Brasileira, Schopenhauer

Resumo

A publicação de Signos (1897), de Nestor Victor, é um marco na expansão conceitual do Simbolismo no Brasil e nas reflexões acerca dos problemas da civilização no fim de século. Verifica-se nos seus contos a presença do heterodiscurso, sendo fundamental a voz de Arthur Schopenhauer, tendo como referência a sua obra Metafísica do Amor. Por outro lado, o narrador desenvolverá uma voz que se oporá ao maquinismo do amor, a essa determinação dos sentimentos pelo dever biológico. No universo de Signos, levando-se em conta a grande verdade sobre a natureza, revelada pelo filósofo, os casais não mais se encontrarão, uma vez que a paixão se esgota no tédio por causa da violência do instinto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Roberto da França Neves, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ.

Mestre em Literatura Comparada e Literatura Brasileira em pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Referências

BAKHTIN, Mikhail. Questões de literatura e estética. São Paulo: Editora 34, 2015 [1975].

BOTTMANN, Denise Guimarães. “Arthur Schopenhauer no Brasil (1887-2015)”. Universidade de Brasília, Brasil. Belas Infiéis, v.5, n.1, 2016, p.251-9.

BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. São Paulo: Cultrix, 1995.

CARPEAUX, Otto Maria. História da Literatura Ocidental IV. Rio de Janeiro: O Cruzeiro, 1964.

CHEVITARESE, Leandro. “A eudemonologia empírica de Schopenhauer: a “liberdade que nos resta” para a prática de vida”. Arthur Schopenhauer no Brasil: em memória dos 150 anos da morte de Schopenhauer. João Pessoa: Ideia, 2010. p.127-46.

CORRÊA DA SILVA, Luan. Metafísica prática em Schopenhauer. Tese de doutorado. Florianópolis: UFSC, 2017.

CRUZ E SOUSA. João da. Cruz e Sousa: Obra completa. Org. Andrade Muricy. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1961.

MICHAUD, Guy. Message poétique du Symbolisme. 3 volumes. Paris: Nizet, 1947.

MURICY, Andrade. “Simbolismo – Impressionismo – Transição”. In: COUTINHO, Afrânio (org.). A literatura no Brasil. Rio de Janeiro: Editorial Sul Americana, 1969.

MURICY, Andrade. O símbolo à sombra das araucárias (Memórias). Conselho Federal de Cultura, 1976.

MURICY, Andrade. Panorama do movimento simbolista no Brasil I. Brasília: MEC; INL, 1987 [1974].

PEYRE, Henri. A literatura simbolista. São Paulo: Cultrix, 1983 [1976].

SANTOS, Valci Vieira dos. Tragicidade nas poéticas de Cesário Verde e Cruz e Sousa. Campinas: Pontes Editores, 2017.

SCHOPENHAUER, Arthur. Metafísica do Amor. Metafísica da Morte. Tradução: Jair Barboza. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e representação. Tradução: M.F. Sá Correia. Rio de Janeiro: Contraponto, 2016.

TIEGHEM, Philippe Van. Petite histoire des grandes doctrines littéraires en France. Paris: Presses Universitaires de France, 1950.

VICTOR, Nestor. Elogio do Amigo. São Paulo: Edição da “Revista do Brasil”, Monteiro Lobato & C. 1921.

VICTOR, Nestor. Obra crítica de Nestor Vítor I, III. Rio de Janeiro: Ministério da Educação e Cultura; Casa de Rui Barbosa, 1969, 1979.

VICTOR, Nestor. Signos. Rio de Janeiro: Tipografia Correia, Neves C., 1897.

WILSON, Edmund. Axel’s Castle (A study in the Imaginative Literature of 1870-1930). London: Collins, 1971 [1931].

Downloads

Publicado

2021-01-15

Como Citar

Neves, R. da F. (2021). Schopenhauer em Signos: maquinismo e livre-arbítrio no magnetismo do amor. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 11(3), 189–206. https://doi.org/10.5902/2179378656907