THE GENEALOGY OF BINDING MECHANISMS IN BRAZILIAN LAW: FROM THE PORTUGUESE “ASSENTOS” TO THE SUPERIOR COURTS THESES

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5902/1981369437204

Keywords:

Luso-Brazilian assentos, Binding precedents, Portuguese Law, Binding mechanisms.

Abstract

This essay seeks to trace a genealogy of the “binding mechanisms” in Brazilian law, which have been erroneously taken as ­common-law-like precedents. Based on a historical research, conducted by the hermeneutical-phenomenological “method”, in order not only to unveil the underlying political elements in the Portuguese “assentos” — which were always connected to a centralisation of political power, related to the sovereign’s prerogative for a so-called “authentic interpretation” — but also the strong connection between the assentos and the Brazilian binding mechanisms. These mechanisms, in Brazil, do little else than repeat the goal of conferring to the (supposedly) “Precedent Courts” the power of creating “interpretive laws” — nothing more than general, abstract, prescriptive norms — which would demand at least a constitutional reform.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Lenio Luiz Streck, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Professor Titular do Programa de Pós-Graduação em Direito da Unisinos, RS, e Unesa, RJ. Doutor e Pós-Doutor em Direito. Ex-Procurador de Justiça (MP/RS). Membro Catedrático da Academia Brasileira de Direito Constitucional – ABDCONST. Professor Emérito da EMERJ/RJ. Presidente de Honra do Instituto de Hermenêutica Jurídica (IHJ). Advogado

Igor Raatz dos Santos, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Pós-doutor em Direito sob a supervisão do professor Lenio Luiz Streck junto ao PPGD da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (2017). Doutor em Direito (2016) e Mestre em Direito pela mesma instituição (2010-2011). Especialista em Direito Processual Civil pela Academia Brasileira de Direito Processual Civil - ABDPC (2007-2008). Graduado em Direito pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS (2007). Membro do IIDP - Instituto Iberoamericano de Derecho Procesal. Membroda ABDpro - Associação Brasileira de Direito Processual. Professor do curso de graduação em Direito da Universidade FEEVALE. Professor em cursos da pós-graduação na área de direito processual civil e direito civil na IMED-Passo Fundo, PUCRS, UNIVATES, UNOESC, UNOCHAPECO, UNISC, UNIFRA e EMES - Escola da Magistratura do Espírito Santo. Professor visitante da UNISINOS e do Ministério Público do RS. Autor de artigos em revistas nacionais. Autor dos livros "Autonomia Privada e Processo Civil" (publicado em 2017) e "Tutelas Provisórias no Processo Civil brasileiro" (publicado em 2018). Advogado militante no Estado do Rio Grande do Sul. Sócio-fundador do escritório Raatz & Anchieta Advocacia

Gilberto Morbach, Universidade do Vale do Rio dos Sinos - UNISINOS

Mestrando em Direito Público, como bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Bacharel em Direito pela Universidade Feevale. Membro do Dasein - Núcleo de Estudos Hermenêuticos, coordenado pelo Prof. Dr. Lenio Luiz Streck, da Aristotelian Society for the Systematic Study of Philosophy (Aristotelian Society), e da ABDPro - Associação Brasileira de Direito Processual. Advogado, inscrito na seccional do Rio Grande do Sul da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RS) sob o n.º 111.505. Ênfase de pesquisa em Teoria do Direito, Filosofia no Direito, e Direito Processual Civil.

References

ALBERTO DO REIS, José. Código de processo civil anotado. Volume VI. Coimbra: Coimbra editora, 1985.

ALMEIDA COSTA, Mário Júlio de. História do Direito português. 3 ed. Coimbra: Almedina, 1996.

ALMEIDA JÚNIOR, João Mendes de. Direito judiciário brasileiro. São Paulo: Freitas Bastos, 1960.

AZEVEDO, Álvaro Villaça. Os assentos no direito processual civil. Justicia. Ano XXXIII. 3º Trimestre de 1971. V. 74. São Paulo: Ministério Público de São Paulo, 1971.

AZEVEDO, Luiz Carlos de. Lições de história do processo civil lusitano. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.

AZEVEDO, Luiz Carlos de. O reinado de D. Manuel e as Ordenações Manuelinas. Revista da Faculdade de Direito – USP. v. 95. São Paulo: Universidade de São Paulo, 2000.

CAVANNA, Adriano. Storia del diritto moderno in europa: le fonti e il pensiero giuridico. Vol. I. Milano: Dott. A. Giuffrè Editore, 1982.

CAZETTA JÚNIOR, José Jesus. Os assentos da Casa da Suplicação. Revista do advogado. Ano XXIV. N.º 84, dezembro de 2005.

CORRÊA TELLES, José Homem. Comentário crítico à lei da boa razão: em data de 18 de agosto de 1769. Lisboa: Typographia de Maria da Madre de Deus, 1865.

COSTA, Eduardo José da Fonseca. Tribunais superiores são órgãos transcendentais? Revista consultor jurídico – CONJUR. São Paulo: 03 out. 2016. Disponível em: https://www.conjur.com.br/2016-dez-03/eduardo-costa-tribunais-superiores-sao-orgaos-transcendentais. Acesso em: 6 dez. 2018.

COSTA, Moacyr Lobo da. A revogação da sentença. São Paulo: Ícone, 1995.

CRUZ E TUCCI, José Rogério. AZEVEDO, Luiz Carlos de. Lições de história do processo civil lusitano. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2009.

CRUZ E TUCCI, José Rogério. AZEVEDO, Luiz Carlos de. Precedente judicial como fonte do Direito. São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004.

DA CRUZ, Guilherme Braga. Obras esparsas, volume II: estudos de história do Direito. Direito moderno. 2ª Parte. Coimbra: Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra, 1981.

FERNANDES, Ernesto. RÊGO, Anibal. História do Direito português: súmulas das lições proferidas pelo Exmo. Prof. Doutor Marcelo Caetano no curso do 1º ano jurídico de 1940-41 na Faculdade de Direito de Lisboa. Lisboa, 1941.

GADAMER, Hans-Georg. Hermenêutica em retrospectiva: a virada hermenêutica. Vol. II. Tradução de Marco Antônio Casanova. Petrópolis: Vozes, 2007.

GROSSI, Paolo. Justiça como lei ou lei como justiça? Observações de um historiador. Mitologias jurídicas da modernidade. Fundação Boiteux, 2004.

HESPANHA, António Manuel. Governo da lei ou governo dos juízes? O primeiro século do supremo tribunal de justiça em Portugal. História constitucional. n. 12, 2011. Disponível em http://www.historiaconstitucional.com. Acesso em: 11 out. 2018.

LOPES FILHO, Juraci Mourão. Os precedentes judicias no constitucionalismo brasileiro contemporâneo. 2. ed. Salvador: JusPodivm, 2016.

MARCOS, Rui Manuel de Figueiredo. A legislação pombalina: alguns aspectos fundamentais. Coimbra: Almedina, 2006.

MARQUES, Mário Reis. História do Direito português medieval e moderno. Coimbra: Almedina, 2002.

MELLO, Patrícia Perrone Campos; BARROSO, Luís Roberto. Trabalhando com uma nova lógica: a ascensão dos precedentes no Direito brasileiro. Revista da AGU, v. 15, n. 3. Brasília: Fórum, jul./set. 2016.

MITIDIERO, Daniel. Precedentes: da persuasão à vinculação. São Paulo: RT, 2016.

NASCIMENTO, Walter Vieira. Lições de história do direito. Rio de Janeiro: Forense, 1998.

NEVES, Antonio Castanheira. O instituto dos “assentos” e a função jurídica dos supremos tribunais. Coimbra: Coimbra, 1983.

PICARDI, Nicola. Introdução ao code louis (ordonnance civile, 1667). Jurisdição e processo. Rio de Janeiro: Forense, 2008.

RAATZ, Igor. O que há de novo no “papel iluminista” do Supremo Tribunal Federal? Revista consultor jurídico – CONJUR. São Paulo: 03 mar. de 2018 Disponível em: https://www.conjur.com.br/2018-mar-31/igor-raatz-papel-iluminista-supremo . Acesso em: 24 nov.2018.

RAATZ, Igor. Precedentes à brasileira: uma autorização para "errar" por último?. Revista consultor jurídico – CONJUR. São Paulo: 03 out. 2016. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2016-out-03/igor-raatz-precedentes-autorizacao-errar-ultimo . Acesso em: 11 nov.2018.

ROSSONI, Igor Bimkowski. Os assentos da casa de suplicação como ápice da centralização burocrático-jurisdicional do Estado Português. Revista magister de direito civil e processual civil. V. 47, mar./abr. 2012. Porto Alegre: Magister, 2012.

SILVA, Nuno J. Espinosa Gomes da. História do Direito português: fontes de direito. 2. ed. Lisoba: Fundação Calouste Gulbenkian, 1991.

SOUSA, Joaquim José Caetano Pereira e. Segundas linhas sobre o processo civil, ou antes addicções às primeiras, do bacharel Joaquim José Caetano Pereira e Sousa. Lisboa: Imprensa Nacional, 1855.

STEIN, Ernildo. Aproximações sobre hermenêutica. Porto Alegre: EDIPUCRS, 1996.

STRECK, Lenio Luiz. Precedentes Judiciais e Hermenêutica: o sentido da vinculação no CPC/2015. Salvador: Juspodivm, 2018.

STRECK, Lenio Luiz. ABBOUD, Georges. O que é isto – o precedente judicial e as súmulas vinculantes? 2. ed. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2014.

STRECK, Lenio Luiz. Súmulas, vaguezas e ambigüidades: necessitamos de uma “teoria geral dos precedentes”? Direitos Fundamentais & Justiça. Ano 2. N º 5. Out./Dez. Porto Alegre: HS Editora Ltda., 2008.

STRECK, Lenio Luiz. A hermenêutica jurídica e o efeito vinculante da jurisprudência no Brasil: o caso das súmulas. Boletim da faculdade de direito [da] Universidade de Coimbra. Coimbra, v. 82, p. 213-217, jan. 2006.

TARUFFO, Michele. Aspetti del precedente giudiziale. In: Criminalia: Annuario di Scienze Penalistiche. Pisa: Edizioni ETS, 2014.

Published

2019-04-08

How to Cite

Streck, L. L., Santos, I. R. dos, & Morbach, G. (2019). THE GENEALOGY OF BINDING MECHANISMS IN BRAZILIAN LAW: FROM THE PORTUGUESE “ASSENTOS” TO THE SUPERIOR COURTS THESES. Revista Eletrônica Do Curso De Direito Da UFSM, 14(1), e37204. https://doi.org/10.5902/1981369437204

Issue

Section

Artigos científicos