Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM https://periodicos.ufsm.br/revistadireito <div id="journalDescription"> <p style="text-align: justify;">A Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM (RECDUFSM) foi criada em 2006. A publicação de seus artigos ocorre por meio do sistema de <strong>publicação contínua</strong>. É vinculada ao <a href="http://www.ufsm.br/ppgd" target="_blank" rel="noopener">Programa de Pós-graduação em Direito da UFSM</a> e ao <a href="http://www.ufsm.br/direito" target="_blank" rel="noopener">Curso de Direito da UFSM</a>. É destinada a profissionais e pesquisadores do Brasil e do exterior, aceitando somente artigos <strong>inéditos</strong> nos seguintes idiomas: português, inglês, espanhol, italiano ou francês. Tem por finalidade a publicação de artigos científicos que contribuam para a expansão do conhecimento na área das Ciências Jurídicas e Sociais.</p> <p style="text-align: justify;"><strong>eISSN 1981-3694 | Qualis/CAPES (2017-2020) = A2</strong></p> </div> pt-BR <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/" rel="license"><img style="border-width: 0;" src="https://i.creativecommons.org/l/by-nc-nd/4.0/88x31.png" alt="Licença Creative Commons" /></a><br />Este obra está licenciado com uma Licença <a href="http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0/" rel="license">Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional</a>. revistadireito@ufsm.br (Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM) revistadireito@ufsm.br (Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM) Fri, 01 Nov 2024 00:00:00 -0300 OJS 3.3.0.10 http://blogs.law.harvard.edu/tech/rss 60 Teoria das incapacidades à luz do estatuto da pessoa com deficiência https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/43246 O Estatuto da Pessoa com Deficiência (Lei nº. 13.146/2015), também conhecido como Lei Brasileira de Inclusão, tem suscitado o debate entre os civilistas e sofrido críticas severas, especialmente pelas mudanças que operou no regime das incapacidades e no instituto da curatela, sem considerar a instituição do mecanismo da tomada de decisão apoiada. Tais modificações buscam a harmonia entre o ordenamento jurídico brasileiro e os princípios e diretrizes da Convenção Internacional sobre os Direitos da Pessoa com Deficiência (Convenção de Nova York), ratificada pelo Brasil, com eficácia de emenda constitucional. Assim, a Convenção de Nova York atribuí uma presunção de plena capacidade à pessoa com deficiência, além de prezar pela sua inclusão e sua efetiva participação na sociedade em igualdade de condições com as demais pessoas. Diante disso, o presente trabalho busca, através do método dedutivo, realizar uma revisão da bibliografia especializada relativa aos direitos das pessoas com deficiência no âmbito do Direito Civil Constitucional e da Convenção Internacional das Nações Unidas sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência. Edwirges Elaine Rodrigues, Maria Amália de Figueiredo Pereira Alvarenga Copyright (c) 2024 Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/43246 Thu, 19 Dec 2024 00:00:00 -0300 Segmentações para o debate democrático: temas valorativos e técnicos https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/69571 <p>O debate democrático é relevante para a tomada de decisões transparentes, mas sua concretização é um desafio em ambiente marcado por milícias digitais, discursos de ódio e manipulações de informações. Este estudo defende o debate popular democrático como argumentação pública racional, separando matérias, espaços e sujeitos: assuntos associados a valores (éticos, morais, padrões comportamentais e assemelhados) devem ser submetidos a todos com a utilização de ferramentas eletrônicas, em redes sociais e em portais estatais, sem restrição de sujeitos; temas técnicos (científicos, empíricos e de experiência) devem discutidos por todos que tenham conhecimento útil em postais estatais qualificados (especialmente por agências reguladoras), mantendo neutralidade ideológica legitimidade e imparcialidade; e matérias com áreas de intersecção (concomitantemente valorativas e técnicas) devem ter debate também segmentado e transparente, e a decisão final precisa conciliar os elementos por ponderação. O sistema jurídico brasileiro é compatível com essa segmentação. Embora o pensamento moderno seja construído a partir do uso da razão, critérios técnicos e aspectos valorativos ambos devem ser respeitados dada a complexidade do ser humano, e o debate segmentado mediante argumentação pública racional permite enfrentar demagogos, populistas, fanáticos, e outras degenerações que comprometem as instituições democráticas e pluralistas. O método de investigação é o indutivo com técnicas de pesquisa documentais.&nbsp;&nbsp;</p> Neuro José Zambam, José Carlos Francisco Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/69571 Fri, 13 Dec 2024 00:00:00 -0300 O mito da beleza e a vulnerabilidade agravada da mulher na sociedade de consumo https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/64495 <p class="Resumo">A sociedade moderna impôs às mulheres um padrão de beleza que pode ser considerado inalcançável, tendo em vista que, para além de sua concepção enquanto forma de controle e coerção social – pois as mulheres iniciavam seu processo de emancipação da esfera privada em direção à esfera pública – esse padrão acabou sendo absorvido pelo mercado de consumo uma vez que este observou a possibilidade de alto lucro em face do chamado “mito da beleza”. Sendo assim, valendo-se de um padrão estético-comportamental utópico, o mercado de consumo investe, aprofunda e renova necessidades artificiais com o objetivo único de lucro, tornando o corpo físico e a beleza um bem de consumo. Esse assédio do mercado acaba por agravar a vulnerabilidade da mulher, acentuando as diferenças históricas de gênero que levam à uma sociedade excludente, machista e patriarcal. O artigo, através do método dedutivo-hipotético e por meio de pesquisa teórico-bibliográfica apresenta o chamado “mito da beleza”, desde o seu caráter originário – de controle social institucional - até o seu fundamento econômico.</p> Dennis Verbicaro, Pastora Teixeira Leal, Lorena Meirelles Esteves Copyright (c) 2024 Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/64495 Fri, 13 Dec 2024 00:00:00 -0300 Deep fake, direitos da personalidade e o direito penal: uma análise dos impactos tecnológicos na era digital https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/85239 <p>A tecnologia trouxe mudanças significativas para a sociedade, e uma dessas inovações, conhecida como Deep Fake, ganha destaque nas discussões contemporâneas. Este artigo tem como objetivo analisar os impactos da tecnologia Deep Fake no contexto dos direitos da personalidade e do Direito Penal. Com o advento da era digital, a criação de vídeos e áudios sintéticos hiper-realistas tem levantado questões éticas, legais e sociais. Neste cenário, é fundamental compreender como a tecnologia Deep Fake afeta direitos fundamentais, como a privacidade, a imagem e a reputação das pessoas, bem como o Direito Penal lida com esse fenômeno. O estudo abordará os conceitos e a evolução da tecnologia Deep Fake, examinando casos emblemáticos de seu uso indevido. Além disso, investigará as implicações nos direitos da personalidade, destacando a necessidade de adaptação do Direito Penal para enfrentar essa nova ameaça. A metodologia utilizada foi a hipotético-dedutiva, por meio do método teórico-bibliográfico, com coletas de dados realizados em sites de busca acadêmica, bibliotecas e revistas científicas que abordam a temática. &nbsp;Por fim, o artigo irá propor recomendações e soluções para proteger os indivíduos contra os abusos da tecnologia Deep Fake e garantir a preservação dos direitos da personalidade na era digital.</p> Giovanna Aleixo Gonçalves Oliveira, Gustavo Noronha de Ávila Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/85239 Thu, 19 Dec 2024 00:00:00 -0300 Compliance como ferramenta de combate contra a corrupção: um estudo de direito comparado acerca dos instrumentos legais anticorrupção https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/48230 <p>O presente artigo tem como objetivo realizar um estudo de direito comparado sobre compliance e instrumentos legais anticorrupção. No Brasil, o debate sobre o tema deriva principalmente dos protestos de combate à corrupção, que culminaram na promulgação da Lei Anticorrupção, regulamentada em detalhes pelo Decreto nº 8.420/15. Ambas as normas são importantes para enfrentar os escândalos de corrupção no país, especialmente no contexto de COVID-19. Baseado nesses fatos, o artigo pretende discutir o assunto e oferecer algumas conclusões sobre a matéria. O método adotado é o dedutivo e a pesquisa é do tipo bibliográfico-documental.</p> Caroline da Rosa Pinheiro, Raphael Vieira da Fonseca Rocha Copyright (c) 2024 Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/48230 Fri, 13 Dec 2024 00:00:00 -0300 Os principais contornos da regulação chinesa sobre inteligência artificial https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/85013 <p>Nesse artigo analisaremos aspectos normativos e regulatórios da Inteligência Artificial (IA) na China. Através de revisão bibliográfica internacional, analisa-se os principais fatores motivadores para o desenvolvimento de IA naquele país, visando permitir paralelos e identificar possíveis pontos de contato com a discussão do tema no cenário brasileiro. Assim, aponta-se os motivos regulatórios que levam a China a investir em IA como forma de salvaguardar os interesses nacionais. Em seguida, são discutidas as tendências e desafios regulatórios para IA sob a perspectiva chinesa, incluindo seu polêmico uso para coleta de dados pessoais sem autorização e classificação social segundo Sistema de Crédito Social (SCS). Depois, traça-se um panorama dos principais documentos normativos que tutelam e fomentam IA na China. Após, analisam-se as perspectivas regulatórias de aplicação de IA na área da saúde pública chinesa. Por fim, conclui-se que o estudo pode ser útil ao contexto brasileiro, desde que reconhecidas as grandes diferenças culturais entre as duas sociedades.</p> Antonio Marcio da Cunha Guimaraes, Felipe Grizotto Ferreira, David Felice Falivene Baptista Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/85013 Fri, 13 Dec 2024 00:00:00 -0300 A interlocução entre a teoria da ação comunicativa e a tomada de decisão: a influência dos nudges no direito penal https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/71812 <p>Hodiernamente, o Direito necessita de novas roupagens no que se refere a sua interpretação e argumentação e nesse diapasão, a filosofia da linguagem teve um papel importante para a hermenêutica jurídica. Habermas desenvolveu a Teoria do Agir Comunicativo, pondo a comunicação em foco, por meio da democracia participativa. Ante essa circunstância, a arquitetura de escolhas vem ganhando espaço em vários ramos do Direito, mas ainda pouco abrangido pelo Direito Penal e Processual Penal. Assim, este estudo tem como objetivo geral a aplicação do conceito de <em>nudges</em>, advindo da Economia Comportamental ao Direito Penal e Processual Penal. Como objetivos específicos há a análise da Teoria do Agir Comunicativo; uma explicação sobre os <em>nudges </em>e como o conceito foi formulado. Por fim, demonstrar-se-á sua aplicabilidade em temáticas, bem como análise de <em>leading cases.</em> Para tanto, a metodologia a ser utilizada é o método dedutivo e pesquisa bibliográfica. Ao final, verificar-se-á a influência dos <em>nudges</em> no discurso jurídico, tanto em termos de legislação, quanto a aplicabilidade por meio do convencimento da parte que decidirá a lide.</p> Renata Marafon, Priscila Elise Alves Vasconcelos, Ana Flavia Costa Eccard Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/71812 Fri, 01 Nov 2024 00:00:00 -0300 É possível narrar a violência estatal? Escrita literária diante da lei https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/85381 <p>O presente trabalho tem como objetivo analisar os desdobramentos e o funcionamento da narrativa jurídica durante o golpe civil-militar na Argentina (1976-1983), por meio de categorias teóricas oferecidas pela literatura. A proposta investiga as formas pelas quais a escrita literária oferece relatos alternativos à hegemonia discursiva e externaliza as ilegalidades cometidas por órgãos estatais. O estudo é desenvolvido com metodologia qualitativa. Utiliza as estruturas interpretativas oferecidas pelas ferramentas conceituais propostas pelos estudos epistemológicos de “direito e literatura”. As fontes formais com as quais trabalhamos incluem as normas legais do período indicado e a obra literária <em>Respiración Artificial</em> (1980) de Ricardo Piglia. A pesquisa pretende concluir que um estudo do direito literário tornaria visível o caráter denunciatório da literatura e suas capacidades de exigir a ressignificação e o restabelecimento da justiça.</p> Gonzalo Ana Dobratinich Copyright (c) 2024 http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/85381 Fri, 01 Nov 2024 00:00:00 -0300 Constitucionalismo de exceção, pós democracia e o discurso dos agentes judiciários em Portugal https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/65538 <p class="Resumo">Este trabalho analisa o discurso de entrevistas realizadas a membros do Poder Judicial português, com o objetivo de averiguar se o Judiciário tem ecoado o discurso da crise econômico-financeira e das medidas excepcionais de austeridade, com um corte em matéria laboral. A orientação científica epistemológica do trabalho é a Ecologia dos Saberes. Pela qual conjuga a Análise do Discurso de linha francesa, à filosofia da linguagem de Bakhtin às contribuições das Sociologias do Direito e das Ausências. Nossa hipótese de trabalho é que, os membros do Poder Judicial português, como agentes sociais, atravessados pelo discurso da austeridade, enunciam marcas discursivas do Constitucionalismo de Exceção e da Pós-Democracia, corroborando a formação ideológica e simbólica que dá substrato à cosmovisão neoliberal financeira de inexistência de direitos laborais, degradação ontológica de seus titulares, desdiferenciação funcional do Direito e deslegitimação ética.</p> Luana Paixão Dantas do Rosário Copyright (c) 2024 Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/65538 Fri, 01 Nov 2024 00:00:00 -0300 Secularização da teoria constitucional sob a ótica da teologia política de Carl Schmitt: uma leitura teológica do conceito de “guardião da constituição” https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/49978 <p>A Teologia Política de Carl Schmitt expõe a existência de analogias sistemáticas e metodológicas entre direito e teologia. Para ele, o paralelismo existente entre teologia e direito reflete a necessária unidade da religião e da política na representação de ordens concretas (normativas), uma vez que tanto na teologia quanto no direito, a representação da unidade política é que possibilita a existência de uma ordem jurídica concreta. Dessa correlação, a presente pesquisa busca investigar o caráter teológico contido na construção do conceito de “guardião da Constituição”. Em uma pesquisa desenvolvida a partir de uma análise dedutiva, teórica e contextual das obras do autor e de seus comentaristas, validou-se a hipótese proposta, segundo a qual as interfaces entre direito e religião evidenciadas por Schmitt permitem estabelecer uma relação entre a defesa de um “guardião da Constituição” com a existência de um Deus-todo-poderoso no mundo religioso, concluindo-se na afirmação da possibilidade de uma espécie de analogia em que o soberano assume o papel místico de proteger a constituição material, isto é, a unidade política do povo, tal como Deus protege seus fiéis e guarda as leis divinas.</p> Caetano Dias Corrêa, Júlia Scholz Karl Copyright (c) 2024 Revista Eletrônica do Curso de Direito da UFSM http://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 https://periodicos.ufsm.br/revistadireito/article/view/49978 Tue, 26 Nov 2024 00:00:00 -0300