Formar professores, um gesto de resistência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1983734832839

Palavras-chave:

Formação docente, Subjetividade, Experiência, Política, ética

Resumo

O gesto de resistência descrito neste texto é constituído pelo cruzamento de duas linhas de força que se entrelaçam: a primeira, consiste na confissão da pobreza de experiência de um professor formador de professores; e a segunda é uma problematização sobre a formação de professores como lugar de resistência capaz de permitir a criação de formas outras de estar no mundo. Tal tessitura se abre para uma segunda problematização em relação ao que é vivido no Brasil desde o ano de 2016 e do quanto esse gesto de formar professores é uma atividade que nesse momento desafia a sociedade na medida que pode ser um lugar de instituição de novas formas de vida. São coisas diferentes colocadas em relação a partir do pensamento de Michel Foucault para fazer conversar entre si de um modo que seja possível transformar as nossas relações com a atualidade.

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Biografia do Autor

Daniel Bruno Momoli, Universidade Alto Vale do Rio do Peixe e Faculdade SENAC

Mestre e Doutorando em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS. Especialista em Educação Interdisciplinar pelo Instituto de Desenvolvimento do Alto Uruguai - IDEAU. Graduado em Licenciatura em Artes pela Universidade do Oeste de Santa Catarina. É Professor das áreas de teorias e ensino das artes na Universidade do Alto Vale do Rio do Peixe - UNIARP em Caçador e da Faculdade SENAC. É membro dos Grupos de Pesquisa Arte na Pedagogia-GPAP (Mackenzie); ARTEVERSA-Grupo de estudo e pesquisa em arte e docência (UFRGS). Além de atuar como pesquisador voluntário do Grupo Pensu: estudo e pesquisa sobre ensino superior.

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Publicado

2018-12-08

Como Citar

Momoli, D. B. (2018). Formar professores, um gesto de resistência. Revista Digital Do LAV, 11(3), 067–081. https://doi.org/10.5902/1983734832839