A arte-educação no ensino médio: desafios à formação estética
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644432158Palavras-chave:
Formação Estética, Arte-Educador, Sociedade Administrada.Resumo
O artigo busca compreender e refletir, por meio de uma abordagem hermenêutica, a atuação do arte-educador do ensino médio diante das condicionantes da sociedade administrada, a partir das percepções dos professores de arte das escolas públicas do Distrito Federal. Para tal foi aplicado um questionário para identificar os desafios desses profissionais nas suas práticas de ensino, por exemplo as poucas horas-aula destinadas às aulas de arte, a incompatibilidade entre a formação específica do arte-educador na graduação e seu exercício polivalente na sala de aula e o não reconhecimento do trabalho em arte-educação perante seus pares e a sociedade. Os dados são discutidos a partir da teoria estética de Adorno (2008), que aponta a potencialidade crítica da arte e seu compromisso social na contemporaneidade. Estima‑se que, em uma perspectiva estética, a arte no ensino médio poderia se colocar como um espaço de formação para o espírito humano, em que a sensibilidade crítica não estivesse contra a ciência, mas vislumbrada como pertencente à integralidade do indivíduo e como forma de resistência diante da massificação sociocultural.
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