Vivências de surdos na Educação Básica: da dependência à autonomia
dalla dipendenza all'autonomia
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X71509Palavras-chave:
Pesquisa qualitativa, Inclusão educacional, SurdosResumo
Esta pesquisa é de cunho qualitativo e, a partir da aplicação da Teoria Fundamentada nos Dados (TFD) – na perspectiva de Strauss e Corbin – teve como objetivo analisar as percepções de estudantes surdos sobre seu processo de escolarização ao narrarem suas experiências na Educação Básica. Esta investigação se justifica tendo em vista que, no Brasil, apesar de existirem leis e políticas públicas que reconhecem o direito linguístico da população surda quanto à Língua Brasileira de Sinais (Libras) e à uma educação bilíngue, ainda existem barreiras e dificuldades para os surdos terem acesso a uma educação de qualidade, como a escassez de currículo e práticas pedagógicas contextualizadas com suas necessidades educativas especiais. Foram coletados relatos de quatro pessoas surdas, com idades entre 20 e 25 anos, a partir de rodas de conversa realizadas em 2019, promovidas pelo Núcleo de Educação e Diversidade na Amazônia/NEDAM-UFRA, em Belém-PA. Como resultados, obteve-se as macros categorias ‘Escolas e perspectivas de aprendizagem’, ‘Preencher as lacunas da aprendizagem’ e ‘Da dependência à busca pela autonomia’, para explicar o fenômeno ‘Vivência de surdos na Educação Básica’. Os dados demonstraram que a escola regular foi o ambiente em que as maiores dificuldades foram experenciadas pelos estudantes surdos, no qual o tipo de acessibilidade oferecido foi determinante para a criação de estratégias. Grande parte das dificuldades afetou o contato dos estudantes com a Libras, o aprendizado da língua portuguesa assim como a autonomia e independência destes sujeitos – tendo impacto, também, na formação de suas identidades.
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