Perspetivas de famílias sobre as práticas de Intervenção Precoce na Infância: o que nos diz a literatura
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984686X29789Palavras-chave:
Intervenção Precoce na Infância, abordagem centrada na família, participaçãoResumo
O desenvolvimento das práticas de Intervenção Precoce na Infância é incompleto sem a participação das famílias. Esta dimensão constitui a componente diferenciadora da abordagem centrada na família - eixo das práticas recomendadas internacionalmente para a Intervenção Precoce na Infância.
Assim, conhecer as perspetivas das famílias, apresentadas em estudos empíricos, acerca as práticas de Intervenção Precoce na Infância é o propósito deste estudo.
Com a formulação de critérios de seleção, que se basearam no ano de publicação; tipo/natureza do estudo; objetivos e sujeitos; procedemos a uma pesquisa abrangente da literatura publicada entre 2011 e 2017, existente nas bases de dados b-on, ERIC, Scopus e Scielo.
Após a leitura de 1002 títulos de estudos, identificámos 79 estudos, dos quais lemos o resumo e deste passámos para a leitura integral do estudo. Pelo que encontrámos 14 estudos que preencheram os critérios de seleção e alvos de avaliação.
A análise dos resultados foi guiada pelas orientações para a implementação da abordagem centrada na família e, assim, composta em quatro categorias: (1) práticas relacionais; (2) práticas participativas; (3) qualidade técnica do profissional; (4) equipa transdisciplinar.
Estes estudos fornecem evidências da importância e utilidade da Intervenção Precoce na Infância e dos seus benefícios para as crianças e suas famílias. Os serviços prestados foram positivamente úteis na compreensão das necessidades e competências das famílias e das suas crianças e contribuíram para o seu desenvolvimento. Emergem contributos de indicadores de competências profissionais.
Downloads
Referências
ALOTAIBI, F.; ALMALKI, N. Parents’ Perceptions of Early Interventions and Related Services for Children with Autism Spectrum Disorder in Saudi Arabia. International Education Studies, v. 9, n. 10, p. 128-140, 2016. doi: 10.5539/ies.v9n10p128
AMADO, J. Manual de Investigação Qualitativa em Educação. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013.
BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2013.
BAYHAN, P.; SIPAL, R. F. Early intervention services in Turkey: Perspectives of south-eastern families. International Social Work, v. 54, n. 6, p. 781–799, 2011. doi: 10.1177/0020872811404262
BRANDÃO, M. T.; CRAVEIRINHA, F. P. Redes de apoio social em famílias multiculturais, acompanhadas no âmbito da intervenção precoce: Um estudo exploratório. Análise Psicológica, v. 1, n. XXIX, p. 27-45, 2011.
BRYMAN, A. Social Research Methods. Oxford: Oxford University Press, 2012.
CARVALHO et al., Práticas recomendadas em Intervenção Precoce na infância. Um guia para profissionais. Coimbra: ANIP, 2016.
COOGLE, C. G.; GUERETTE, A. R.; HANLINE, M. F. Early Intervention Experiences of Families of Children with an Autism Spectrum Disorder: A Qualitative Pilot Study. Early Childhood Research & Practice, v. 15, n. 1, 2013. Disponível em http://ecrp.uiuc.edu/v15n1/coogle.html
DUNST, C. J.; TRIVETTE, C. M.; HAMBY, D. W. Meta-Analysis of Family-Centered Helpgiving Practices Research. Mental Retardation and Developmental Disabilities Research Reviews, n. 13, p. 370-378, 2013.
DUNST, C. J.; RABB, M.; TRIVETTE, C. M.; SWANSON, J. Oportunidades de aprendizagem para a criança no quotidiano da comunidade. In MCWILLIAM, R. A., Trabalhar com as Famílias de Crianças com Necessidades Especiais, p.73-106, Porto: Porto Editora, 2012.
DUNST, C. J.; BRUDER, M. B.; ESPE-SHERWINDT, M. Family Capacity-Building in Early Childhood Intervention: Do Context and Setting Matter? School Community Journal, v. 24, n. 1, p. 37-48, 2014.
ERWIN, E. J.; BROTHERSON, M. J.; SUMMERS, J. A. Understanding Qualitative Metasynthesis: Issues and Opportunities in Early Childhood Intervention Research. Journal of Early Intervention, v. 33, n. 3, p. 186-200, 2011.
ESPE-SHERWINDT, M. Family-centred practice: collaboration, competency and evidence. Journal compilation, UK: Blackwell Publishing, 2008.
FORDHAM, L.; GIBSON, F.; BOWES, J. Information and professional support: key factors in the provision of family-centred early childhood intervention services. Child: care, health and development, v. 38, n. 5, p. 647–653, 2011. doi:10.1111/j.1365-2214.2011.01324.x
FOX, S. E.; LEVITT, P.; NELSON, C. A. How the Timing and Quality of Early Experiences Influence the Development of Brain. Child Development, v. 81, n. 1, p. 28–40, 2010.
GAVIDIA-PAYNE, S.; MEDDIS, K.; MAHAR, N. Correlates of child and family outcomes in an Australian community based early childhood intervention program. Journal of Intellectual & Developmental Disability, v. 40, n. 1, p. 57–67, 2015. Disponível em http://dx.doi.org/10.3109/13668250.2014.983056
GOLUBOVIC, S.; MARKOVIC. J.; PEROVIC, L. Things that can be changed in early intervention in childhood. Med Pregl, v. LXVIII, n. 7-8, p. 267-272, 2015. doi: 10.2298/MPNS1508267G
HANSON, M. J.; LYNCH, E. W. Trabalhar com famílias de meios sociais e culturais diferentes. In MCWILLIAM, R. A., Trabalhar com as Famílias de Crianças com Necessidades Especiais, p.165-196. Porto: Porto Editora, 2012.
HIEBERT-MURPHY, D.; TRUTE, B.; WRIGHT. Parents’ Definition of Effective Child Disability Support Services: Implications for Implementing Family-Centered Practice. Journal of Family Social Work, v. 14, p. 44–158, 2011.
LEITE, C. S. C.; PEREIRA, A. P. S. Early intervention in Portugal: family support and benefits. Support for Learning, v. 28, n. 4, p. 146-153, 2013. doi: 10.1111/1467-9604.12034
LYNCH, E.W. Families in the 21st Century. In HANSON, M.J.; LYNCH, E.W., Understanding Families: Supportive Approaches to Diversity, Disability and Risk, pp.1-22. Baltimore: Brookes Publishing, 2013.
MAS, J. M. et al. Family Quality of Life for Families in Early Intervention in Spain. Journal of Early Intervention, v. 38, n. 1, p. 59–74, 2016. doi: 10.1177/1053815116636885
MAYORGA-FERNÁNDEZ, M. J.; MADRID-VIVAR, D.; GARCÍA-MARTÍNEZ, M. P. Aprender a trabajar con las familias en Atención Temprana: estudio de caso. Escritos de Psicología, v. 8, n. 2, 2015. Disponível em http://dx.doi.org/10.5231/psy.writ.2015.1306
MCWILLIAM, R. Routines-based Early Intervention. Supporting Young Children and Their Families. Baltimore: Paul H. Brookes Publishhing, 2010.
PIGHINI, M. J. et al. Learning from parents’ stories about what works in early intervention. International Journal of Psychology, v. 49, n. 4, p. 263–270, 2014. doi: 10.1002/ijop.12024
REIS, H.; ESPE-SHERWINDT, M.; SERRANO, A. M. O Perfil de Envolvimento e as Necessidades dos Irmãos das Crianças com Perturbação do Espectro do Autismo: Estudo descritivo realizado nos distritos do Porto, Viseu e Lisboa. INCLUSÃO, v. 10, p. 71-84, 2010.
SANTOS, P. (2007). Promovendo um processo de construção de uma cultura de Intervenção Precoce. Dissertação de doutoramento. Aveiro: Universidade de Aveiro. Disponível em http://hdl.handle.net/10773/1104
SERRANO, A. M. Redes Sociais de Apoio e Sua Relevância para a Intervenção Precoce. Porto: Porto Editora, 2007.
SHONKOFF, J. P. Building a New Biodevelopmental Framework to Guide the Future of Early Childhood Policy. Child Development, v. 1, n. 1, p. 357–367, 2010.
SWAFFORD, M. D. et al. Perceptions of Family-Centered Practices. Journal of Early Intervention, v. 37, n. 2, p. 138-154, 2015. doi: 10 .117 7 /1053815115602880
THOMPSON, S. D.; BRUNS, D. A. Perceptions of Early Intervention Services: Adolescent and Adult Mothers in Two States. Early Childhood Research & Practice, v. 15, n. 1, 2013. Disponível em http://ecrp.uiuc.edu/v15n1/thompson.html
ZHENG, Y. et al. Early Childhood Intervention in China from the Families’ Perspective. International Journal of Disability, Development and Education, v. 63, n. 4, p. 431-449, 2016. doi: 10.1080/1034912X.2015.1124988
ZIVIANI, J. et al. Early intervention services of children with physical disabilities: Complexity of child and family needs. Australian Occupational Therapy Journal, v. 61, p. 67–75, 2014. doi: 10.1111/1440-1630.12059
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International (CC BY-NC 4.0)
DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E DIREITOS AUTORAIS
Declaramos o artigo a ser submetido para avaliação na Revista Educação Especial (UFSM) é original e inédito, assim como não foi enviado para qualquer outra publicação, como um todo ou uma fração.
Também reconhecemos que a submissão dos originais à Revista Educação Especial (UFSM) implica na transferência de direitos autorais para publicação digital na revista. Em caso de incumprimento, o infrator receberá sanções e penalidades previstas pela Lei Brasileira de Proteção de Direitos Autorais (n. 9610, de 19/02/98).