Modelagem das relações morfométricas com a produção de pinhas de <i>Araucaria angustifolia<i/> (Bertol.) Kuntze no sul do Brasil

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509847843

Palavras-chave:

Regressão, Pinheiro Brasileiro, Floresta Ombrófila Mista

Resumo

As relações morfométricas referem-se ao espaço que uma árvore precisa para se desenvolver e auxiliam nas práticas de manejo da floresta. Diante disso, o estudo objetivou ajustar modelos entre as relações morfométricas e a quantidade de pinhas de sítios florestais de Araucaria angustifolia (Bertol.) Kuntze localizados em Lages, Bom Jardim da Serra e Painel, Santa Catarina. A amostragem voltou-se para as árvores femininas produtoras de pinhas, sendo mensuradas as variáveis circunferência a 1,30 metros da superfície do solo, altura total, número de pinhas, altura de inserção de copa e os quatro raios de copa. Posteriormente, foram calculados o diâmetro a 1,30 metros da superfície do solo, o comprimento de copa, a área de copa, a proporção de copa, o diâmetro de copa, índice de abrangência, índice de saliência, grau de esbeltez, formal de copa e o número potencial de árvores por hectare para cada área de copa. Com o conjunto de dados, foram calculadas as estatísticas descritivas de cada variável e realizada a análise da correlação de Pearson, que possibilitou a modelagem da quantidade de pinhas em função das variáveis morfométricas com maior correlação. Os resíduos dos modelos ajustados foram submetidos aos testes de normalidade, homogeneidade das variâncias e interdependência de erros, sendo utilizados os modelos lineares generalizados. A média de produção de pinhas e das variáveis dendromorfométricas mais elevadas foram encontradas no sítio florestal de Lages. As variáveis independentes diâmetro, proporção de copa, comprimento de copa e diâmetro de copa apresentaram correlação de 0,23, 0,15, 0,18 e 0,20%, respectivamente. Os resultados dos modelos mostraram que a quantidade de pinhas tem maior relação com o diâmetro e variáveis de copa, indicando que o manejo florestal deve proporcionar espaço lateral para o bom desenvolvimento das copas, pois auxilia na produção de pinhas e na redução da competição.

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Biografia do Autor

Kemely Alves Atanazio, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG

Engenheira Florestal, Ma., Doutoranda pelo Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa, CEP 36570-101, Viçosa (MG), Brasil.

André Felipe Hess, Universidade do Estado de Santa Catarina, Lages, SC

Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Departamento de Engenharia Florestal, Universidade do Estado de Santa Catarina, CEP 88520-000, Lages (SC), Brasil.

Sandra Mara Krefta, Eco Empreendimentos Ambientais, Chapecó, SC

Engenheira Florestal, Ma., Eco Empreendimentos Ambientais, CEP 89801-080, Chapecó (SC), Brasil.

Luis Paulo Baldissera Schorr, Universidade Federal de Lavras, Lavras, MG

Engenheiro Florestal, Me., Doutorando em Engenharia Florestal, Universidade Federal de Lavras, CEP 37200-900, Lavras (MG), Brasil.

Isadora de Arruda Souza, Klabin S/A, Telêmaco Borba, PR

Engenheira Florestal, Ma., Klabin S/A, CEP 84261-060, Telêmaco Borba (PR), Brasil.

Carlos Alberto Ramos Domiciano, Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, MG

Engenheiro Florestal, Mestrando pelo Departamento de Engenharia Florestal, Universidade Federal de Viçosa, CEP 36570-101, Viçosa (MG), Brasil.

Tarik Cuchi, Universidade Estadual do Centro-Oeste, Irati, PR

Engenheiro Florestal, Me., Doutorando em Ciências Florestais, Universidade Estadual do Centro-Oeste, CEP 84505-677, Irati (PR), Brasil.

Giselli Castilho Moraes, Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará, Itaituba, PA

Engenheira Florestal, Ma., Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Estado do Pará, CEP 68180-260, Itaituba (PA), Brasil.

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Publicado

22-09-2022

Como Citar

Atanazio, K. A., Hess, A. F., Krefta, S. M., Schorr, L. P. B., Souza, I. de A., Domiciano, C. A. R., Cuchi, T., & Moraes, G. C. (2022). Modelagem das relações morfométricas com a produção de pinhas de <i>Araucaria angustifolia<i/> (Bertol.) Kuntze no sul do Brasil. Ciência Florestal, 32(3), 1247–1267. https://doi.org/10.5902/1980509847843

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