Secagem na viabilidade e desenvolvimento embrionário de sementes de <i>Ilex paraguariensis</i>

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509824451

Palabras clave:

Dormência, Dessecação, Espécie nativa, Erva-mate

Resumen

A germinação de erva-mate tem sido apontada como baixa, irregular e lenta, com diferentes graus de dormência, tornando a produção de mudas um grande desafio. Estudos destinados a esclarecer os principais mecanismos de dormência presentes em sementes de erva-mate são de grande importância, porém, escassos. Diante disso, objetivou-se avaliar os efeitos da secagem na viabilidade e no desenvolvimento embrionário de sementes da espécie. A avaliação do efeito da secagem foi realizada mediante determinação do teor de água, teste de tetrazólio e desenvolvimento embrionário. Para avaliar a tolerância à dessecação, as sementes foram acondicionadas em uma bandeja plástica sem tampa, colocada em prateleira de câmara fria e seca (CFS), regulada com 25 ± 3% de umidade relativa do ar e temperatura de 10 ± 1°C, por 70 dias. A cada sete dias, as sementes foram retiradas da CFS e submetidas ao teste de tetrazólio e à avaliação do teor de água. O desenvolvimento embrionário foi avaliado a partir dos embriões excisados, oriundos do teste de tetrazólio. O teste de germinação foi conduzido no substrato areia, em caixas gerbox, acondicionadas em câmara de germinação regulada a 25°C e fotoperíodo de 12 horas. Das sementes que não foram submetidas à secagem, apenas 8% germinaram, resultado da imaturidade embrionária das sementes recém-colhidas. A secagem por 70 dias promoveu o desenvolvimento embrionário, mas afetou a viabilidade das sementes, sendo recomendada, portanto, sua secagem por até 49 dias para melhorar a germinação e posterior produção de mudas.

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Biografía del autor/a

Maria Cecilia Mireski, Universidade Federal do Paraná - UFPR, Curitiba, PR

Engenheira Agrônoma, formada pela Universidade Federal de Santa Catarina. Efetuou estágio na Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), unidade Embrapa Florestas (2015/2016), na área de sementes florestais. Possui experiência nas áreas de tecnologia de sementes (análise de sementes florestais), fitopatologia e microbiologia. Mestre em Engenharia Florestal pela Universidade Federal do Paraná.

Roberta Sales Guedes, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, SC

Graduada em Licenciatura Plena e Bacharelado em Ciências Biológicas, pela UEPB (2006). Dra. em Agronomia (UFPB - 2012). Atualmente é professora na UFSC, lecionando as disciplinas de Fisiologia e Tecnologia de Sementes. Atual junto ao Programa de Pós-graduação em Agroecossistemas. Tem experiência na área de Produção e Tecnologia de Sementes, atuando principalmente nos seguintes temas: sementes florestais nativas, propagação de espécies nativas, ecofisiologia da germinação, análise de sementes, dormência, armazenamento e vigor de sementes.

Ivar Wendling, Embrapa Florestas, Colombo, PR

Possui graduação em Engenharia Florestal pela Universidade Federal de Santa Maria (1996), mestrado (1998) e doutorado (2002) em Ciências Florestais pela Universidade Federal de Viçosa e Pós-doutorado pela University of the Sunshine Coast, QLD, Australia (2013). Desde outubro de 2001 é pesquisador da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa Florestas, onde foi Chefe de Pesquisa e Desenvolvimento de 2008 a 2011. É membro do corpo editorial das Revistas Scientia Forestalis e Cerne e revisor científico de 27 periódicos indexados. Tem experiência na área de Recursos Florestais e Engenharia Florestal, com ênfase em erva-mate (Ilex paraguariensis) e araucária (Araucaria angustifolia).

Antonio Carlos de Souza Medeiros, Pesquisador Autônomo, Curitiba, PR

Possui graduação em Eng. Agronômica pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (1972), mestrado em Agronomia pela Universidade de São Paulo (1985) e doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (1996). Atualmente é orientador de mestrado e doutorado da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, convidado - M Vertical Soluções em Altura Ltda. e presidente da Associação Semente Sul.

Martha Lucía Peña Peña, Embrapa Florestas - Colaboradora do projeto de pesquisa sobre a avaliação de procedências e progênies e, multiplicação vegetativa de erva-mate (Ilex paraguariensis).

Possui Graduação em Ciências Biológicas pela Pontificia Universidad Javeriana, Bogotá, Colômbia, aperfeiçoamento na unidade de biotecnologia (cultura de tecidos vegetais) do Centro Agronômico Tropical de Investigación y Enseñanza - CATIE, Costa Rica, mestrado em Agronomia (Ciência do Solo) com dissertação em indicadores microbiológicos de solo na avaliação da recuperação de área degradada de floresta e, doutorado em Agronomia (Produção Vegetal) com tese na área de propagação de espécies nativas pela Universidade Federal do Paraná.

Citas

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Publicado

2019-09-30

Cómo citar

Mireski, M. C., Guedes, R. S., Wendling, I., Medeiros, A. C. de S., & Peña Peña, M. L. (2019). Secagem na viabilidade e desenvolvimento embrionário de sementes de <i>Ilex paraguariensis</i>. Ciência Florestal, 29(3), 1354–1362. https://doi.org/10.5902/1980509824451

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