Teores de carbono em espécies florestais da Caatinga
DOI:
https://doi.org/10.5902/1980509842456Palavras-chave:
Concentração de carbono, Sequestro de carbono, Floresta tropical seca, Teor de carbono nas folhas, Teor de carbono no lenhoResumo
Objetivou-se quantificar os teores de C nos reservatórios da biomassa vegetal de diferentes espécies da Caatinga, floresta tropical seca do Nordeste do Brasil. Foi realizado um estudo florístico e fitossociológico prévio e selecionadas nove espécies de maior densidade absoluta, que representou 87% do fragmento. Foram amostradas biomassa dos compartimentos folhas e lenho de cada uma das espécies para determinação do teor de C. Como resultado, houve diferença nos teores foliares de C entre as espécies. O teor de C foliar das espécies variou entre 448,0 e 454,3 g C por kg de biomassa seca e o teor de C do lenho das espécies variou entre 451,4 e 453,1 g C por kg de biomassa seca. Esses resultados sugerem a utilização de fator de conversão de biomassa para carbono específico por espécie em Caatinga, como alternativa ao fator genérico de 50% recomendado pelo IPCC. Esta pesquisa revela que o uso do fator recomendado pelo IPCC superestima estoques de C em Caatinga. Mais estudos são encorajados para confirmar esse resultado.
Downloads
Referências
AGÊNCIA PERNAMBUCANA DE ÁGUAS E CLIMA. APAC. Recife, 2019. Disponível em: http://www.apac.pe.gov.br/meteorologia/monitoramento-pluvio.php. Acesso em: 07 dez. 2019.
ALVARES, C. A. et al. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, Berlin, v. 22, p. 1-18, 2003. DOI: 10.1127/0941-2948/2013/0507
BERT, D.; DANJON, F. Carbon concentration variations in the roots, stem and crown of mature Pinus pinaster (Ait.). Forest Ecology and Management, Amsterdam, v. 222, n. 1/3, p. 279-295, 2006.
BROWN, M. B.; FORSYTHE, A. B. Robust tests for the equality of variances. Journal of the American Statistical Association, New York, v. 69, p. 364-367, 1974.
BROWN, S.; LUGO, A. E. The storage and production of organic matter in tropical forests and their role in the global carbon cycle. Biotropica, Hoboken, v. 14, p. 161-187, 1982.
DALLAGNOL, F. S. et al. Teores de carbono de cinco espécies florestais e seus compartimentos. Floresta e Ambiente, Seropédica, v. 18, n. 4, p. 410-416, 2012.
EMBRAPA. Sistema Brasileiro de Classificação de Solos. 5. ed. Brasília, 2018. 590 p.
INTERGOVERNMENTAL PANEL ON CLIMATE CHANGE. Intergovernmental Panel on Climate Change Guidelines for National Greenhouse Gas Inventories. [S. l.], 2006. v. 4. 83 p. Disponível em: https://www.ipcc-nggip.iges.or.jp/public/2006gl/vol4.html. Acesso em: 17 mar. 2021.
LANA, M. D. et al. Carbon Content in Shrub-tree Species of the Caatinga. Floresta e Ambiente, Seropédica, v. 26, n. 2, e20170617, 2019.
MA, S. et al. Variations and determinants of carbon content in plants: a global synthesis. Biogeosciences, [s. l.], v. 15, n. 3, p. 693-702, 2018.
MARTIN, A. R.; THOMAS, S. C. A reassessment of carbon content in tropical trees. PloS one, [s. l.], v. 6, n. 8, e23533, 2011.
MOURA, P. M. et al. Carbon and nutrient fluxes through litterfall at four succession stages of Caatinga dry forest in Northeastern Brazil. Nutrient Cycling in Agroecosystems, Dordrecht, v. 105, p. 25-38, 2016. DOI: https://doi.org/10.1007/s10705-016-9771-4.
PEARSON, T. R. H. et al. Greenhouse gas emissions form tropical forest degradation: an underestimated source. Carbon Balance Management, [s. l.], v. 12, p. 1-11, 2017. DOI: 10.1186/s13021-017-0072-2.
PENMAN, J. et al. (ed.). Good practice guidance for land use, land-use change and forestry. Kanagawa: IPCC, 2003.
POMPA-GARCIA, M. et al. Tissue carbon concentration of 175 Mexican forest species. iForest-Biogeosciences and Forestry, [s. l.], v. 10, n. 4, p. 754, 2017.
POORTER, H.; BERGKOTTE, M. Chemical composition of 24 wild species differing in relative growth rate, Plant Cell Environmental, [s. l.], v. 15, p. 221-229, 1992.
SANER, Philippe et al. Carbon stocks and fluxes in tropical lowland dipterocarp rainforests in Sabah, Malaysian Borneo. PloS one, [s. l.], v. 7, n. 1, e29642, 2012.
SANTOS, W. B. Vegetação lenhosa em altitudes no semiárido pernambucano: estrutura, potencial energético e fatores ambientais. 2018. Tese (Doutorado) - Universidade Federal Rural de Pernambuco, Recife, 2018.
SHAPIRO, S. S.; WILK, M. B. An analysis of variance test for normality (complete samples). Biometrika, [s. l.], v. 52, p. 591-611, 1965. DOI: 10.2307/2333709.
SOEPADMO, E. Tropical rain forests as carbon sinks. Chemosphere, Oxford, v. 27, p. 1025-1039, 1993.
THOMAS, S. C.; MALCZEWSKI, G. Wood carbon content of tree species in Eastern China: Interspecific variability and the importance of the volatile fraction. Journal of Environmental Management, London, v. 85, n. 3, p. 659-662, 2007.
USSIRI, D.; LAL, R. Introduction to global carbon cycling: an overview of the global carbon cycle. In: CARBON Sequestration for climate change mitigation and adaptation. [S. l.]: Springer, 2017. p. 61-76.
VASHUM, K. T.; JAYAKUMAR, S. Methods to estimate above-ground biomass and carbon stock in natural forests-a review. Journal of Ecosystem & Ecography, [s. l.], v. 2, p. 116-123. DOI: 10.4172 / 2157-7625.1000116.
VIEIRA, G. et al. Teores de carbono em espécies vegetais da caatinga e do cerrado. Revista Acadêmica Ciência Animal, [s. l.], v. 7, p. 145-155, 2009. DOI: 10.7213/cienciaanimal.v7i2.9846
WRIGHT, J. P. et al. Conventional functional classification schemes underestimate the relationship with ecosystem functioning. Ecology Letters, Oxford, v. 9, p. 111-120, 2006. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1461-0248.2005.00850.x
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Ciência Florestal
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A CIÊNCIA FLORESTAL se reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vistas a manter o padrão culto da lingua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As provas finais serão enviadas as autoras e aos autores.
Os trabalhos publicados passam a ser propriedade da revista CIÊNCIA FLORESTAL, sendo permitida a reprodução parcial ou total dos trabalhos, desde que a fonte original seja citada.
As opiniões emitidas pelos autores dos trabalhos são de sua exclusiva responsabilidade.