Conflitos do uso de solo em áreas de preservação permanente em Candelária (RS)
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X40485Palavras-chave:
Área de Preservação Permanente (APP), Conflito do uso do solo, Sistema de Informações Geográficas (SIG)Resumo
O processo de urbanização das cidades brasileiras gerou diversos problemas ao meio ambiente, dentre eles, as ocupações e os usos irregulares em Áreas de Preservação Permanente (APP). O uso do solo em faixas marginais, atrelado à remoção da vegetação, causa a degradação ambiental, motivando a instabilidade dos ecossistemas. Por esse motivo, o presente estudo tem como objetivo identificar e analisar os conflitos de uso e ocupação do solo em APP no perímetro urbano do município de Candelária, Rio Grande do Sul. A metodologia utiliza dados geográficos e estatísticos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e bases espaciais disponibilizadas pelo poder público municipal. A sistematização dos dados e a elaboração dos mapas foi realizada em Sistema de Informações Geográficas (SIG). Candelária apresenta córregos que cortam a malha urbana e deságuam no Rio Pardo, sendo assim, há APPs de dimensões consideráveis na área urbana. A pesquisa mostra que existem usos indevidos em APP, como edificações, assentamentos irregulares e cultivos agrícola. Por fim, os resultados apontam que o município apresenta significativa área de proteção sendo impactada pela ação humana, com isso, reduzindo cada vez mais a mata nativa.
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