Perfis de fluxos turbulentos usados para a estimativa da altura da camada limite noturna na Amazônia Central
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X87724Palavras-chave:
Floresta amazônica, Torre ATTO, Fluxos turbulentosResumo
A Camada Limite Atmosférica (CLA) é uma porção da baixa troposfera que interage e é influenciada pela superfície. É um parâmetro chave para micrometeorologia, química da atmosfera e outras áreas de estudos. Contudo, a estimativa da altura da camada limite noturna (CLN) não é nada trivial, e as técnicas que foram usadas até hoje nunca estimaram o topo da CLN com os perfis dos fluxos turbulentos (técnica mais adequada para este fim). Neste trabalho propõe-se uma metodologia inovadora para calcular a altura da CLN, tendo sido utilizados dados de 13 anemômetros sônicos tridimensionais instalados nas torres do sítio experimental ATTO, localizados na Amazônia Central. Foram usados dois dias, uma característica de período chuvoso e outro de período seco. Os resultados indicaram que uma metodologia de convergência de fluxos é promissora para determinar a altura da CLN. Observe-se que, durante a estação seca, as alturas foram menores (média de 86,60 m) em comparação com o período chuvoso (média de 160,42 m). As alturas mais elevadas durante a estação chuvosa podem ser atribuídas à maior presença de nuvens nesse período, resultando em uma maior quantidade de radiação de onda longa emitida por essas nuvens. Isso influencia no aumento da turbulência devido ao saldo radiativo disponível e, consequentemente, resulta em níveis da CLN mais elevados, esses resultados serão aprofundados com a utilização de um maior número de dados.
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