Estimativa e espacialização da produtividade final da soja em anos de La Niña no Rio Grande do Sul
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X86829Palavras-chave:
Glycine max L, Geoestatística, Déficit hídricoResumo
A soja, principal cultura de primavera-verão no RS, tem tido reduções de produtividade em função da deficiência hídrica, recorrente no estado. Assim, objetivou-se estimar a produtividade final (%) da soja em diferentes locais e datas de semeadura, para solos de textura média e realizar mapas de variabilidade espacial desta variável no estado do RS, para anos de Lã Niña. A estimativa da produtividade final foi realizada pelo aplicativo Sisdagro INMET para datas de semeadura com intervalo de 7 dias entre novembro e dezembro, para os anos agrícolas 2019/20, 2020/21 e 2021/22, em 47 municípios do RS. Por meio krigagem ordinária elaborou-se mapas temáticos da produtividade final (%), média dos três anos. A produtividade média da soja foi estimada em 43,3%, sendo mínima de 17,7% em Uruguaiana para a semeadura no dia 15 /11 e máxima de 82,3% em Bom Jesus, para a semeadura no dia 27/12. Os valores de produtividade variaram de 37,7% a 48,8 % para a semeadura entre 1/11 e 27/12, indicando um padrão linear de incremento produtivo com o atraso da semeadura. A produtividade final (%) da soja apresentou dependência espacial e um padrão similar de variabilidade para as diferentes datas de semeadura em anos de Lã Niña.
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