Biorremediação Passiva: Um Estudo Preliminar sobre o Óleo Vegetal de Soja

Autores

  • Sérgio Thode Filho Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ.
  • Thuanny Moraes de Almeida Mestranda em Ciência e Tecnologia de Polímeros - IMA/UFRJ. Discente de Iniciação Científica do LMGR
  • Cintia Patrícia Santos da Paixão Graduanda em Gestão Industrial pelo IFRJ. Discente de Iniciação Científica do LMGR
  • Monica Regina da Costa Marques Professora do PPG-MA da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ
  • Elmo Rodrigues da Silva Professor do PPG-MA da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X17729

Palavras-chave:

biorremediação passiva, óleos vegetais, resíduos sólidos, contaminação do solo.

Resumo

O crescimento acelerado da população e seu consumo excessivo por bens e serviços têm provocado  impactos ambientais cada vez mais significativos. Com isso, os resíduos gerados por ela impactam diretamente o meio urbano e os ambientes naturais. As estimativas de produção de óleo vegetal comestível são de três bilhões de litros por ano no país. No município do Rio de Janeiro, mais de 20 milhões de litros de óleo vegetal são consumidos por ano. Sabe-se que o óleo vegetal residual pode ocasionar danos aos corpos d’água, pois o óleo forma uma camada na superfície que impede a entrada da luz solar, diminuindo a fotossíntese e o oxigênio dissolvido, provocando a morte de organismos aquáticos. Os solos são também impactados quando recebe óleo vegetal virgem ou residual, pois este o impermeabiliza, desestruturando-o e causando enchentes. Uma das técnicas in situ comumente utilizadas para minimizar o impacto nos solos é através da biorremediação passiva ou atenuação natural, na qual o poluente/contaminante permanece no local impactado e, por meio de processos naturais, como biodegradação, volatilização, diluição e sorção, ocorre a descontaminação do ambiente. O presente trabalho objetiva avaliar a técnica de biorremediação natural, utilizando testes in vitro, como forma de remediar um solo contaminado artificialmente com óleo vegetal de soja virgem. A técnica de biorremediação passiva ou atenuação natural mostrou ser uma boa alternativa na descontaminação de ambientes contaminados por óleos vegetais. A taxa de biodegradação do óleo vegetal foi máxima em torno do trigésimo dia. Após este período, a atividade bacteriana aeróbia apresenta diminuição na produção, provavelmente devido ao consumo total de oxigênio do meio.

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Biografia do Autor

Sérgio Thode Filho, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ.

Administrador de Empresas, Especialista em Logística e Gestão da Qualidade, Mestre em Engenharia de Produção, Doutorando em Ciências Ambientais. Atualmente, Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro - IFRJ, Campus Duque de Caxias e Coordenador de Pesquisa e Inovação. Atua com desenvolvimento de Tecnologias Ambientais e Bioprodutos no Laboratório Multidisciplinar de Gerenciamento de Resíduos (LMGR) em projetos de Reuso de Óleo Vegetal Residual, Prospecção de Novas Fontes de Biocombustíveis, Reuso da Borra de Café, Reuso de Resíduos de Poda de Árvores Urbanas, Valoração Econômica de Danos Ambientais, Obtenção de Bioplástico a partir do resíduo do soro de leite e derivados UFRJ-IMA / IFRJ-LMGR e Ações de Educação Ambiental.

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Publicado

2015-05-30

Como Citar

Thode Filho, S., Almeida, T. M. de, Paixão, C. P. S. da, Marques, M. R. da C., & Silva, E. R. da. (2015). Biorremediação Passiva: Um Estudo Preliminar sobre o Óleo Vegetal de Soja. Ciência E Natura, 37(2), 401–404. https://doi.org/10.5902/2179460X17729

Edição

Seção

Química

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