ULTRALIBERALISM, POLITICAL EVANGELICALISM AND MISOGINY: THE TRIUMPHANT FORCE OF PATRIARCHALISM IN BRAZILIAN POST-IMPEACHMENT SOCIETY

Authors

DOI:

https://doi.org/10.5902/1981369427291

Keywords:

Brazil, Evangelicalism, Impeachment, Misogyny, Patriarchy.

Abstract

The article looks at the post-impeachment Brazilian political-social scenario of 2016, seeking to understand the conditioning causes of this process and its reflexes in Brazilian politics and society. It aims to respond to the following research problem: to what extent the process of impeachment that took place in Brazil in 2016, rather than a simple juridical-political process, represented a milestone in (re) articulation and advancement of patriarchalism, anchored especially in an alliance between the ultraliberals and the fundamentalists that, based on a misogynist and conservative rhetoric, paved the way for the advancement of the policies of dismantling the social state that was minimally structured in Brazil, evidencing the occurrence of a process called, based on the social-democratic theory of Nancy Fraser, for "political evangelicalism"? To answer the question, the text is structured in three parts: at first, it performs an analysis of patriarchalism, considering that it is the (still) predominant model in Brazilian society; in a second moment, it addresses the juridical-political events of the impeachment suffered by Dilma Rousseff, demonstrating that this process was formed from a (re) articulation of the advance of the patriarchal forces; finally, it presents "political evangelicalism", as coined by Nancy Fraser, as the movement that sustains patriarchalism, insofar as it makes possible the alliance of religious fundamentalism with the movement of ultraliberal advancement. In the research, the phenomenological method is used, notably from the contributions of Martin Heidegger and Hans-Georg Gadamer.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Maiquel Ângelo Dezordi Wermuth, UNISINOS - Universidade do Vale do Rio dos Sinos; UNIJUÍ - Universidade Regional do Nororeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Doutor em Direito Público (UNISINOS). Professor do Mestrado em Direitos Humanos da UNIJUÍ - Universidade Regional do Nororeste do Estado do Rio Grande do Sul e do Curso de Graduação em Direito da UNISINOS.

Joice Graciele Nielsson, UNIJUÍ - Universidade Regional do Nororeste do Estado do Rio Grande do Sul

Doutora em Direito (UNISINOS); Professora do Curso de Direito (UNIJUÍ).

References

AMORÓS, Célia. Hacia uma crítica de la razón patriarcal. Barcelona: Anthropos, 1997.

BAUMAN, Zygmunt. Estranhos à nossa porta. Rio de Janeiro: Zahar, 2017.

BIROLLI, Flávia. GERALDES, Elen Cristina [et. al] (Orgs). Mídia, misoginia e golpe. Brasília: FAC-UnB, 2016.

BLANCO, Ramon. A doutrina de choque temerária. Le Monde Diplomatique Brasil, ano 10, nº 116, p. 11, mar. 2017.

BOITEUX, Luciana. Misoginia no golpe. In: PRONER, Carol. [et. al.] (orgs). A Resistência ao Golpe de 2016. Bauru: Canal 6, p. 261-266, 2016.

BUTLER, Judith. Cuerpos que importan: sobre los límites materiales y discursivos del “sexo”. 1. ed. Buenos Aires: Paidós, 2002.

BUTLER, Judith. Fundamentos contingentes: o feminismo e a questão do "pós-modernismo". Cadernos Pagu, n. 11, vol. 11-42, 1998.

BUTLER, Judith. Problemas de Gênero: Feminismo e subversão da identidade. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2010.

BUTLER, Judith. Vida Precária: el poder del duelo y la violencia. Buenos Aires: Paidós, 2009.

CHALHOUB, Sidney. Trabalho, lar e botequim: o cotidiano dos trabalhadores no Rio de Janeiro da belle époque. 2. ed. Campinas: UNICAMP, 2001.

ESTÉS, Clarisse Pinkola. Mulheres que correm com os lobos. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.

FIRESTONE, Sulamith. Dialéctica del sexo. Barcelona: Kairos, 2009.

FRASER, Nancy. Fortunas del feminismo. Traficantes de Sueños: Madrid, 2015.

FRASER, Nancy. Mapeando a imaginação feminista: da redistribuição ao reconhecimento e à representação. Estudos Feministas, v. 15, n. 2, p. 240, Florianópolis, maio/ago. 2007.

FRASER, Nancy. O feminismo, o capitalismo e a astúcia da história. Mediações, v. 14, n. 2, p. 11-33, Londrina, jul./dez. 2009.

FRIEDAN, Betty. Mística feminina. Petrópolis: Vozes, 1971.

FLORES, Joaquín Herrera. De habitaciones propias y otros espacios negados: una teoría crítica de las opresiones patriarcales. Bilbao: Instituto de Derechos Humanos Universidad de Deusto, 2005.

GRUBBA, Leilane Serratine; AQUINO, Sérgio Fernandes. O individualismo e patriarcalismo dos direitos humanos como marco da ideologia-mundo. Revista do Programa de Pós-Graduação em Direito da UFC, v. 36, n. 2, jul./dez. 2016.

OKIN, Susan. Liberalismo político, justicia y género. In: CASTELLS, C. (Org.). Perspectivas feministas en teoría política. Barcelona: Paidós, 1996.

PINTO, Céli Jardim. Onde está o povo? 2017. Disponível em: <http://www.sul21.com.br/jornal/onde-esta-o-povo/>. Acesso em: 13 abr. 2017.

RANCIÈRE, Jacques. O ódio à democracia. São Paulo: Boitempo, 2014.

SALIBA, Maurício Gonçalves; SANTIAGO, Brunna Rabelo. Bailarinas não fazem política? Análise da violência de gênero presente no processo de impeachment de Dilma Rousseff. Revista Direitos Fundamentais e Democracia, v. 21, n. 21, p. 91-105, dez. 2016.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A difícil democracia: reinventar as esquerdas. São Paulo: Boitempo, 2016.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Os perigos da desordem jurídica no Brasil. In. PRONER, Carol; CITTADINO, Gisele; TENENBAUM, Marcio; RAMOS FILHO, Wilson. A resistência ao golpe de 2016. São Paulo: Projeto Editorial Praxis, 2016.

SEGATO, Rita Laura. La guerra contra las mujeres. Madrid: Traficantes de Sueños, 2016.

SILVA, Adriano Correia. Um fascismo liberal exótico e a nostalgia do Brasil Colônia. Revista do Instituto Humanitas UNISINOS, nº 490, ano XVI, p. 54-59, ago. 2016.

SILVA, Maurício Roberto da; PIRES, Giovani de Lorenzi; PEREIRA, Rogérios Santos. O Congresso Nacional, a mídia e as questões de gênero no limiar da “primavera das mulheres”. Motrivivência, v. 27, n. 46, p. 6-14, Florianópolis, dez. 2015.

SCHWARCZ, Lilia M.; STARLING, Heloisa M.. Brasil: uma biografia. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.

TELES, Edson. Na dissimulação democrático-liberal, o fascismo apresenta suas armas. Revista do Instituto Humanitas UNISINOS, nº 490, ano XVI, p. 60-64, ago. 2016.

TIBURI, Márcia. A Máquina Misógina e o Fator Dilma Rousseff na Política Brasileira. Revista Cult, 2016. Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br/home/2016/07/a-maquina-misogina-e-o-fator-dilma-rousseff-na-politica-brasileira/>. Acesso em: 10 abr. 2017.

TIBURI, Márcia. Dilma, Janaína e “Gaslighting”. Revista Cult, 2016. Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br/home/2016/04/dilma-janaina-e-gaslighting/>. Acesso em: 10 abr. 2017.

TODOROV, Tzvetan. Os inimigos íntimos da democracia. Tradução de Joana Angélica d’Avila Melo. São Paulo: Companhia das Letras, 2012.

Published

2018-08-30

How to Cite

Wermuth, M. Ângelo D., & Nielsson, J. G. (2018). ULTRALIBERALISM, POLITICAL EVANGELICALISM AND MISOGINY: THE TRIUMPHANT FORCE OF PATRIARCHALISM IN BRAZILIAN POST-IMPEACHMENT SOCIETY. Revista Eletrônica Do Curso De Direito Da UFSM, 13(2), 455–488. https://doi.org/10.5902/1981369427291

Issue

Section

Artigos científicos