A luta pela terra e experiência de infância em um acampamento de reforma agrária
DOI:
https://doi.org/10.5902/1984644435899Palavras-chave:
Infâncias, Culturas infantis, Movimentos sociais.Resumo
O presente texto tem como objetivo compreender a maneira pela qual as crianças Sem Terrinha do acampamento Elizabeth Teixeira, em Limeira-SP, além de sujeitos testemunhas passam a ser protagonistas da luta pela terra. A pesquisa teve como espaço e tempo de observação as atividades educativas da Ciranda Infantil, entre 2010 e 2014. A terra foi ocupada em abril de 2007, foram despejados/as violentamente em novembro do mesmo ano e voltaram a reocupar a terra em dezembro. As crianças vivenciaram todo esse processo. Elas trazem esses elementos e memórias que se transformam em brincadeiras na Ciranda Infantil. Com o processo de reorganização interna da área, a Ciranda Infantil tornou-se um dos poucos espaços de vivência do coletivo infantil do acampamento. Lugar em que a maioria das crianças podiam se encontrar, brincar, discutir, aprender, produzir as culturas infantis participando da construção da realidade social. As questões deste artigo são provenientes do trabalho educativo e investigativo realizado pelo autor com as crianças Sem Terrinha em um acampamento de reforma agrária. Os processos vivenciados pelas crianças são foco deste texto que, a partir das observações e relatos das atividades com as crianças proveniente do exercício etnográfico do pesquisador, coloca em evidência os seus pontos de vista, possibilitando falarem de si e de suas experiências de infância no acampamento, assim como das possibilidades de transformação da realidade em que vivem, da luta por direitos e de sua constituição como sujeitos e protagonistas da história e da luta pela terra.
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