Cores que desenham o mundo: infâncias e as marcas de gênero, raça e classe

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984644438743

Palavras-chave:

Infâncias, Diferença, Desenho infantil.

Resumo

O ato de desenhar constitui uma das expressões singulares do protagonismo infantil, reverberando a experiência de vida pela qual as crianças materializam e compartilham suas indagações frente ao mundo, atividade criadora que traz a complexidade das relações experienciadas na convivência entre elas e entre elas e com os/as adultos/as, estilos de vida e práticas culturais que deixam as marcas de sua presença. Essas marcas de experiência, por sua vez, são rastros que carregam representações que nos contam pensamentos e interpretações do que é ser uma menina ou um menino, negro/a ou branco/a e filhos/as da classe trabalhadora.  Com base nos desenhos de meninas e meninos, negros/as e brancos/as, com idade entre 8 e 9 anos, procuramos compreender como as crianças do ensino fundamental concebem as infâncias vivenciadas na periferia da cidade de São Paulo – Brasil.  Ao tomarmos os desenhos infantis como fonte primaria da pesquisa, os conceituamos como artefatos culturais e documentos históricos, que podem contribuir para que se reconheçam as culturas infantis expressas nos traços, símbolos e cores das criações das crianças, permitindo-nos assim pensar este momento da sociedade, com suas especificidades históricas, e as suas marcas de gênero, raça e classe social. Trata-se de uma análise interpretativa, pautada na antropologia, sociologia e pedagogia da infância.

Biografia do Autor

Artur Oriel Pereira, Prefeitura Municipal de São Paulo/ UNICAMP

Mestrando em Educação na Linha Educação e Ciências Sociais, pela Faculdade de Educação da Universidade Estadual de Campinas. Especialista em Sociopsicologia, pela Escola Pós-Graduada de Ciências Sociais da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo. Letrólogo. Pedagogo. Professor de Educação Infantil e Ensino Fundamental I na Prefeitura do Município de São Paulo. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sociocultural (GEPEDISC) - Culturas Infantis, atuando nos temas: sociologia da infância, pedagogia da infância, infâncias, culturas infantis, amizades, relações de gênero e relações raciais.

Flavio Santiago, Unicamp

Doutor em Educação pelo programa de pós-graduação em Educação da Faculdade de Educação - UNICAMP (2019), mestre também pelo pós-graduação em Educação da Faculdade de Educação - UNICAMP (2014) e licenciado em pedagogia pela Universidade Federal de São Carlos (2011). Durante o doutoramento realizou estágio sanduíche na Università degli Studi di Milano-Bicocca - Itália. Atualmente participa do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Diferenciação Sociocultural - linha Culturas Infantis (UNICAMP) e tem desenvolvido pesquisas nos seguintes temas: pedagogia da infância, relações raciais, pós-colonialismo, relações de gênero e educação das relações étnico-raciais em creches e pré-escolas. 

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Publicado

2020-01-31

Como Citar

Pereira, A. O., & Santiago, F. (2020). Cores que desenham o mundo: infâncias e as marcas de gênero, raça e classe. Educação, 45(1), e2/ 1–23. https://doi.org/10.5902/1984644438743