Da Filosofia crítica a crítica da Filosofia universitária: provocações a partir da educação filosófica
DOI:
https://doi.org/10.5902/2448065730477Palavras-chave:
Ensino de filosofia, Professor de filosofia, Didática do ensino de filosofia, Metodologia do ensino de filosofiaResumo
O propósito geral deste artigo, pensado também à maneira de um exercício espiritual, é re-pensar o paradigma de crítica no interior do bloco saber-poder que envolve o campo discursivo sobre a formação do professor em filosofia no Brasil. Enuncio e persigo o seguinte problema: De que crítica se fala quando se fala da formação crítica nos discursos acadêmicos em filosofia e que potencialidades nos são dadas para praticar uma maneira outra de exercitá-la nesse projeto de formação? Lanço a hipótese de que o pressuposto da crítica tem sido concebido a partir de um horizonte estritamente epistemológico direcionado tanto para a adequação à normativa estabelecida, quanto para uma concepção restrita de cidadania. Argumento a partir de dois eixos diretivos: (1) Analiso arqueologicamente os enunciados de “crítica” dentro do Projeto Pedagógico do curso de Filosofia da Universidade de São Paulo, tendo em vista a ordem discursiva que essa instituição aventa para os demais centros universitários no país e (2) procuro movimentar outras acepções possíveis de crítica na junção ao pensamento de Michel Foucault. Essa disposição exige colocarmos à prova os conceitos, os procedimentos de pesquisa e as atitudes pelas quais trilhamos até o presente um tipo de crítica enunciada como julgamento e emancipação da consciência do outro no interior da Universidade. A partir da presente trilha percorrida, tenho compreendido a educação filosófica como potencialidade existencial, ética e estética que visa uma maior experimentação e transformação de si dentro do campo de formação do professor em filosofia no Brasil.
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