Objetos domésticos e sua dinâmica afetiva em narrativas portuguesas contemporâneas
DOI:
https://doi.org/10.5902/2176148531646Parole chiave:
Objetos domésticos, Afetividade, António Lobo Antunes, Literatura portuguesaAbstract
Este artigo analisa a dinâmica afetiva dos objetos domésticos em diferentes narrativas do escritor português contemporâneo António Lobo Antunes a partir de algumas das formulações de Deleuze e Guattari sobre “liso” e “estriado”, de Abraham Moles sobre o “kitsch” e de Jean Baudrillard sobre o “sistema dos objetos”. A análise das obras literárias (Que farei quando tudo arde?, Exortação aos crocodilos, O meu nome é legião, Eu hei-de amar uma pedra e Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar?) indica que, na insuficiência ou ausência de afeto humano, esses objetos domésticos, ora convertidos em “objetos de estima”, ocupam nessas ficções o lugar desse outro ausente que nunca responde às demandas afetivas e de atenção das personagens.
Downloads
Riferimenti bibliografici
ANTUNES, António Lobo. Exortação aos crocodilos. Rio de Janeiro: Rocco, 2001a.
ANTUNES, António Lobo. Que farei quando tudo arde? Lisboa: Dom Quixote, 2001b.
ANTUNES, António Lobo. Eu hei-de amar uma pedra. Lisboa: Dom Quixote, 2004.
ANTUNES, António Lobo. O meu nome é legião. 3. ed. Lisboa: Dom Quixote, 2007.
ANTUNES, António Lobo. Que cavalos são aqueles que fazem sombra no mar?. Lisboa: Dom Quixote, 2009.
BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Traduzido por Antonio de Pádua Danesi. São Paulo: Martins Fontes, 1993. (Coleção Tópicos).
BAUDRILLARD, Jean. O sistema dos objetos. Traduzido por Zulmira Ribeiro Tavares. São Paulo: Perspectiva: 2004. (Coleção Debates. 70).
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. 14.1440: o liso e o estriado. In: DELEUZE, Gilles. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia, vol. 5. Traduzido por Peter Pál Pelbart e Janice Caiafa. São Paulo: Ed. 34, 1997, p. 179-214. (Coleção TRANS).
GAGNEBIN, Jeanne Marie. Walter Benjamin ou a história aberta. In: GAGNEBIN, Jeanne Marie. Magia e técnica, arte e política: ensaios sobre literatura e história da cultura. Traduzido por Sergio Paulo Rouanet. 7. ed. São Paulo: Brasiliense, 1994, p. 7-19. (Obras Escolhidas. Vol. 1).
MOLES, Abraham Antoine. O kitsch: a arte da felicidade. Traduzido por Sergio Miceli. São Paulo: Perspectiva, 1972. (Coleção Debates. 68).
RANCIÈRE, Jacques. O inconsciente estético. Traduzido por Mônica Costa Netto. São Paulo: Ed. 34, 2009.
##submission.downloads##
Pubblicato
Versioni
- 2023-05-16 (2)
- 2018-11-28 (1)
Come citare
Fascicolo
Sezione
Licenza
Copyright (c) 2018 Letras
Questo lavoro è fornito con la licenza Creative Commons Attribuzione - Non commerciale - Condividi allo stesso modo 4.0 Internazionale.
Ficam concedidos a Letras todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os originais não devem ter sido publicados ou submetidos simultaneamente a outro periódico e não serão devolvidos. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não comerciais.