A “Ekphrasis” em Georges de Scudéry: imitação e metamorfose
DOI :
https://doi.org/10.5902/2176148516594Mots-clés :
Ekphrasis. Poetic. Pictural. Parangone. Description. Ut pictura poesisRésumé
Poeta, romancista e dramaturgo renomado, Georges de Scudéry dedicou-se igualmente à composição de 106 poemas − reunidos no volume Le cabinet de Monsieur de Scudéry − que comentam quadros, reais ou fictícios, de pintores italianos, franceses, flamengos, holandeses e alemães, dos séculos XV ao XVII. Seu exercício de ekphrasis oferece-se, num primeiro momento, como repertório de gêneros e de assuntos das artes visuais. Num segundo momento, revela-se discurso sobre a ilusão pictórica e, igualmente, discurso da poesia sobre a política das artes do Seiscentos. O poeta, ao afirmar sua legitimidade, e ao celebrar a arte da pintura, ilustra e reforça o poder de seu oficio, pois que é capaz de dizer a um tempo a palavra e a coisa; a pintura, ao contrário, revela-se tão somente um intermediário entre a coisa e a palavra. Objetiva-se, pois, aqui reconhecer como Scudéry, na figura do crítico e connaisseur de arte e recorrendo ao topos do parangone, reafirma a primazia do verbo − fundamentada em uma firme confiança no poético − e enuncia a inferioridade do pictural − que se oferece mesmo como argumento em uma estratégia encomiástica.Téléchargements
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Publiée
2014-12-26
Comment citer
Costa, L. de A. (2014). A “Ekphrasis” em Georges de Scudéry: imitação e metamorfose. Letras, (49), 115–130. https://doi.org/10.5902/2176148516594
Numéro
Rubrique
Artigos