A imitatio Camoniana, uma tipologia
DOI:
https://doi.org/10.5902/2176148570704Schlagworte:
Imitação, Século XVI, Estudos camonianos, TópicaAbstract
Este artigo sugere uma breve tipologia ad hoc de usos a partir dos quais pensar a problemática da imitação na obra Rimas de Luís de Camões, passível de extensão a demais poemas construídos sob esse princípio retórico-poético. São três as formas aqui consideradas: a imitação ou emulação de modelos textuais; a citação e a alusão; e, por fim, o recurso aos lugares-comuns. Trata-se de técnicas de uma prática discursiva que estabelece uma continuidade histórica através da reformulação do texto-modelo prévio ou inflexão de um tópico da tradição, e que igualmente engendra uma expectativa de futura elaboração.
Downloads
Literaturhinweise
AGUIAR E SILVA, Vítor Manuel de. Camões: labirintos e fascínios. 2. ed. Lisboa: Cotovia, 1999.
ALBUQUERQUE, Martim de. Conceção do poder político em Camões (A). In: AGUIAR E SILVA, Vítor Manuel de (Org.). Dicionário de Luís de Camões. Alfragide: Caminho, 2011.
ALIGHIERI, Dante. Convivio. A cura di Giorgio Inglese. Milano: Rizzoli, 2014.
ALIGHIERI, Dante. Rime. Torino: Einaudi , 2001.
BÍBLIA Sagrada. Tradução João Ferreira de Almeida. São Paulo: Sociedade Bíblica Trinitariana do Brasil, 1994. Disponível em: https://www.bibliaonline.com.br/acf. Acesso em: 11 fev. 2019.
ANDRÉ, Carlos Ascenso. Super flumina: as redondilhas camonianas e outras paráfrases quinhentistas. In: PEREIRA, José Carlos Seabra; FERRO, Manuel (Org.). Actas da VI Reunião Internacional de Camonistas. Coimbra: Imprensa da Universidade de Coimbra, 2012. p. 471–485.
AUSONIUS. Ausonius, v. II. Tradução Hugh G. Evelyn White. London; New York: W. Heinemann; G. P. Putnam’s Sons, 1921. (Loeb Classical Library, v. 96).
BARROS, João de. O Diálogo em Louvor da Nossa Linguagem. Edição Luciano Pereira da Silva. Coimbra: Imprensa da Universidade, 1917.
BOSCÁN, Juan. Obras poéticas. Alicante: Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 1999. Disponível em: http://www.cervantesvirtual.com/nd/ark:/59851/bmcq8172. Acesso em: 11 fev. 2019.
CAMÕES, Luís de. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 2008.
CASCALES, Francisco. Tablas poéticas. Alicante: Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, 1617. Disponível em: http://www.cervantesvirtual.com/obra/tablas-poeticas--2/. Acesso em: 11 fev. 2019.
CASTIGLIONE, Baldassare. O cortesão. São Paulo: Martins Fontes, 2019.
CATULO. O Livro de Catulo. Edição bilíngue. Tradução João Angelo Oliva Neto. São Paulo: Edusp, 1996.
CICERO. De finibus bonorum et malorum. Tradução H. Rackham. London: Oxford University Press, 1914. (Loeb Classical Library, v. 40).
CORREA, Manoel. Os Lusiadas do grande Luis de Camoens, principe da poesia heroica, commentados pelo licenciado Manoel Correa. Lisboa: Pedro Crasbeck, 1613.
CUNHA, Maria Helena Ribeiro da. Neoplatonismo de Camões In: AGUIAR E SILVA, Vítor Manuel de (Org.). Dicionário de Luís de Camões. São Paulo: Leya, 2011. p. 634–642.
DAM, Harm-jan Van. Poems on the Threshold: Neo-Latin carmina liminaria. In: STEINER-Weber, ASTRID; ENENKEL, Karl A. E. (Org.). Acta Conventus Neo-Latini Monasteriensis Münster 2012. Leiden: Brill, 2015. p. 50–81.
DE BRITO, Matheus. Periodização imperativa: retórica, teoria e história literária. Revista Letras (UFSM), Santa Maria, v. 1, n. Edição Especial: Estudos poéticos e retóricos: novas perspectivas, p. 305–318, 2019.
DE BRITO, Matheus. As tornadas das canções nos séculos XII a XVI, dos trovadores a Camões. Diacrítica, Braga, v. 33, n. 3, p. 3–19, 2020.
FARIA I SOUSA, Manuel De. Lvsiadas de Lvis de Camoens comentadas por Manvel de Faria i Souza, Tomos Tercero i Quarto. Madrid: Ivan Sanchez, 1639.
FARIA Y SOUSA, Manuel De. Rimas varias de Lvis de Camoens, Tomo I y II. Lisboa: Imprenta de Theotonio Damaso de Mello, 1685.
PINHEIRO, J. C. Fernandes (Org.). Obras Completas do Doutor Antonio Ferreira. Tomo Primeiro. Rio de Janeiro: Garnier, 1865.
FERREIRA, Ignacio Garcez. Lusiada Poema Epico de Luis de Camòes Principe dos Poetas de Espanha, com os Argumentos de João Franco Barretto ... Tomo II. Roma: Officina de Antonio Rossi, 1732.
GREENE, Thomas M. The Light in Troy: Imitation and Discovery in Renaissance Poetry. New Haven; London: Yale University, 1982.
HANSEN, João Adolfo. Agudezas seiscentistas e outros ensaios. São Paulo: Edusp, 2019.
HUSS, Bernhard; TRETTER, Florian Mehl; REGN, Gerhard. Sonett und Epigramm. In: Lyriktheorie(n) der italienischen Renaissance. Berlin/Boston: De Gruyter, 2012. p. 138–181.
LUND, Christopher C. Anedotas portuguesas e memórias biográficas da corte quinhentista. Coimbra: Almedina, 1980.
MARNOTO, Rita (Org.). Comentário a Camões, vol. 3. Lisboa: Centro Interuniversitário de Estudos Camonianos; Cotovia, 2017.
MARNOTO, Rita. O petrarquismo português do Cancioneiro Geral a Camões. Lisboa: Imprensa Nacional-Casa da Moeda, 2015.
PETRARCA, Francesco. Canzoniere. Torino: Einaudi, 2001.
PETRARCA, Francesco. Cancioneiro. Tradução José Clemente Pozenato. Campinas: Unicamp; Cotia: Ateliê Editorial, 2014.
QUINTILIANO. Instituição Oratória. Tomo II. Tradução Bruno Fregni Bassetto. Campinas: Unicamp, 2015.
RENTIIS, Dina De. Imitatio. In: UEDING, Gert (Org.). Historisches Wörterbuch der Rhetorik. Band 4: Hu - K. Tübingen: Max Niemeyer, 1998. p. 235–303.
PEREIRA, José Carlos Seabra. Augustinianismo em Camões. In: AGUIAR E SILVA, Vítor Manuel de (Org.). Dicionário de Luís de Camões. São Paulo: Leya, 2011. p. 45–52.
SIVAN, Hagith. The Dedicatory Presentation in Late Antiquity: The Example of Ausonius. In: Illinois Classical Studies, v. 17, n. 1, p. 83–101, 1992.
Downloads
Veröffentlicht
Zitationsvorschlag
Ausgabe
Rubrik
Lizenz
Copyright (c) 2023 Letras
Dieses Werk steht unter der Lizenz Creative Commons Namensnennung - Nicht-kommerziell - Weitergabe unter gleichen Bedingungen 4.0 International. Ficam concedidos a Letras todos os direitos autorais referentes aos trabalhos publicados. Os originais não devem ter sido publicados ou submetidos simultaneamente a outro periódico e não serão devolvidos. Em virtude de aparecerem nesta revista de acesso público, os artigos são de uso gratuito, com atribuições próprias, em aplicações educacionais e não comerciais.