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A ambiguidade como princípio retórico em Shakespeare - Muito Barulho por Nada (c. 1598) e Otelo (c. 1604): estudos de caso

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148556900

Abstract

A conhecida ambiguidade atribuída aos textos de Shakespeare tem sido tema de exames. Este artigo investiga determinada explicação para o fenômeno creditada a alguns estudiosos da História do Pensamento Político Moderno. Segundo propõem, a polifonia em certas obras decorreria do uso pelo dramaturgo da técnica retórica in utramque partem, abordagem de dois lados opostos de um mesmo tópico, na dramatização de questões políticas delicadas. Utilizaremos como estudos de caso duas peças escritas em contexto de intensas discussões sobre guerra e paz em Londres, buscando compreender como Shakespeare representou o assunto por meio de perspectivas antagônicas.  

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Autor/innen-Biografie

Ricardo Cardoso, Universidade de São Paulo

Doutorando em História Social pela FFLCH-USP e pesquisador visitante no Shakespeare Institute (UK)

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Veröffentlicht

2021-03-11

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Zitationsvorschlag

Cardoso, R. (2021). A ambiguidade como princípio retórico em Shakespeare - Muito Barulho por Nada (c. 1598) e Otelo (c. 1604): estudos de caso. Letras, 93–108. https://doi.org/10.5902/2176148556900