Ofélia: a invisível

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2176148556344

Palavras-chave:

Shakespeare, Ofélia, Retórica, Gênero

Resumo

Este artigo trata da bem conhecida apreensão de Ofélia como personagem opaco e invisível em Hamlet de William Shakespeare. A elaboração mais sutil e implícita do caráter de Ofélia exige um olhar mais aguçado que deduz seu modo de ser das relações com outros personagens. Abordamos as resistências a esse trabalho de leitura - resistências essas que levaram as personagens dentro da peça, a crítica e artistas plásticos a envolver Ofélia num halo de beleza mítica e num mistério mudo. Lançando mão de uma série de estudos recentes que abordam o destino das figuras femininas, investigamos a sutil trama de discursos e retóricas que ocultam o que essa personagem é ou poderia ter sido, se tivesse conseguido se liberar da tutela discursiva que fixava as mulheres renascentistas no reduzido e sofrido espaço delimitado pela sociedade patriarcal.

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Biografia do Autor

Kathrin Holzermayr Lerrer Rosenfield, UFRGS

Possui graduação em Letras - Université Sorbonne Nouvelle - Paris 3 (1981), mestrado em Antropologia histórica - Ecole des Hautes Études en Sciences Sociales (1981) e doutorado em Ciência da literatura pela Universidade de Salzburg (1984). Atualmente é professor titular da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Teoria Literária, atuando principalmente nos seguintes temas: estetica, guimaraes rosa, filosofia e literatura, psicanalise e literatura brasileira. Coordena o grupo de pesquisa do CNPq Literatura e Filosofia.

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Publicado

2021-03-11 — Atualizado em 2022-08-01

Versões

Como Citar

Pereira, L. F., & Rosenfield, K. H. L. (2022). Ofélia: a invisível. Letras, 71–92. https://doi.org/10.5902/2176148556344 (Original work published 11º de março de 2021)

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