Extensão rural e pluralismo institucional: experiências com a vitivinicultura no Planalto Catarinense
DOI:
https://doi.org/10.5902/2318179673483Palabras clave:
Extensão rural, Pluralismo institucional, VitiviniculturaResumen
O objetivo desse artigo é analisar as práticas e abordagens do Pluralismo institucional aplicadas nas ações extensionistas voltadas para o desenvolvimento da vitivinicultura no município de Curitibanos, localizado no território do Planalto Catarinense. A viticultura é uma atividade em expansão na região, impulsionada por políticas públicas municipais e pela inclusão do território na Indicação Geográfica (IG) para os vinhos finos de altitude de Santa Catarina. A presença do Centro de Ciências Rurais (CCR) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) no município de Curitibanos, por meio do Núcleo de Estudos da Uva e do Vinho (NEUVIN) em parceria com outras instituições, tem contribuído para o desenvolvimento da vitivinicultura por meio de atividades de pesquisa e extensão. Em termos metodológicos, o artigo apresenta uma reflexão teórico-metodológica acerca das ações extensionistas realizadas e suas aderências à abordagem do pluralismo institucional. Como resultados, as ações extensionistas conduzidas sob a abordagem do pluralismo institucional e ancoradas na interdisciplinaridade, têm contribuído para os processos de inovação social em termos de produtos e processos e, por conseguinte, colaborado para o desenvolvimento do território do Planalto Catarinense. Com isso, infere-se que tanto a interdisciplinaridade quanto a abordagem do pluralismo institucional são fundamentais para a sustentação do papel esperado para o extensionismo na atualidade.
Descargas
Citas
BONIN, B. F. Dinâmica temporal da antracnose, podridão cinzenta e arquitetura de cachos na produção de cultivares Piwi de videiras no Planalto Sul Catarinense. Lages, UDESC. Dissertação de Mestrado, 2018.
BOSETTI, C. J.; et. al. Água limpa: uma proposta interdisciplinar e interinstitucional de extensão rural. In: 58º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural (SOBER), 26 a 28 de outubro de 2020.
CAPORAL, F. R. Transição agroecológica e o papel da extensão rural. Extensão Rural, DEAER – CCR – UFSM, Santa Maria, v.27, n.3, jul./set. 2020.
CURITIBANOS-SC, LEI Nº 5.095/2013.
__________________, LEI Nº 5276/2014.
__________________, LEI Nº 6.651/2022.
DE BEM, B. P. Resistência de variedades de videira do grupo Piwi ao míldio (plasmopara vitícola) e seus efeitos sobre as características agronômicas e potencial enológico nas regiões de altitude de Santa Catarina. UDESC/Lages-SC. Tese de Doutorado, 2019.
DIAS, A. H. Avaliação da resistência de variedades e seleções Piwi de videira ao míldio e à antracnose em Santa Catarina. Curitibanos, UFSC. Dissertação de Mestrado, 2020.
DIESEL, V.; NEUMANN, P.; SÁ, V. C. de. Extensão rural no contexto do pluralismo institucional. Ijuí-Rs: UNIJUÍ, 2012.
DIESEL, V.; DIAS, M. M. The brazilian experience with agroecological extension: a critical analysis of reform in a pluralistic extension system. Journal of agricultural education and extension, vol 22, nº5, p.415-433, 2016.
FOLLMANN, J. I. Dialogando com os conceitos de transdisciplinaridade e extensão universitária: caminhos para o futuro das instituições educacionais. In: KAZAMA, R., et. al. (orgs). Interdisicplinaridade: teoria e prática. Vol II. Florianópolis: UFSC/EGC, 2014.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação. São Paulo: Paz e Terra, 2015.
KLERKX, L.; LANDINI, F.; SANTOYO-CORTÉS, H. Agricultural extension in Latin América: current dynamics of pluralistic advisory systems in heterogenous contexts. Journal of agricultural education and extension, vol. 22, nº5, p. 389-397, 2016.
LAROSSA, J. Tremores: escritos sobre experiência. Belo Horizonte: Autêntica, 2021.
MALINOVSKI, L. I.; et al. Clima: Viticultura de Elevada Altitude do Estado de Santa Catarina. In: RUFATO, L; et. al. (org.). A cultura da videira: vitivinicultura de altitude. Florianópolis: UDESC, 2021.
MELLO, L. M. R. Vitivinicultura brasileira: panorama 2018. Bento Gonçalves-RS: Embrapa, 2018.
NIEDERLE, P. A. (org). Indicações Geográficas: qualidade e origem nos mercados alimentares. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2013.
PANDOLFO, C.; VIANA, L. F. (Orgs.). Vinhos de Altitude de Santa Catarina: caracterização da região produtora, indicadores e instrumentos para proposição de uma indicação geográfica. Florianópolis: Epagri, 2020.
PECQUEUR, B. O desenvolvimento territorial: uma nova abordagem dos processos de desenvolvimento para as economias do sul. Raízes, Campina Grande, Vol. 24, nºs 01 e 02, p. 10–22, jan./dez. 2005.
PECQUEUR, B. Territorial development: a new approach to development processes for the economic of the developing countries. INTERthesis, Florianópolis, v.10, nº2, p.8-32, 2013.
RIVERA, W.; ALEX, G. The continuing role of government in pluralistic extension systems. Journal of International Agricultural and Extension Education. Vol, 11, nº 3, 2004.
ROSIER, J. P. A Viticultura de Altitude no Planalto Catarinense. Territoires du vin ,Online, nº 9 , ano 2018.
SOUZA, A. L. K. de; et al. Adaptação de novos cultivares de videira resistentes a doenças fúngicas em Santa Catarina. Encontro Nacional de Fruticultura de clima temperado, 23-25 de julho de 2019, Fraiburgo, sc.
TONNEAU, J. P.; et al. The territory: a response to the development crisis. In: CARON, Patrick; et al. Living territories transform the world. Versailles: Éditions Quae, 2017.
VENTURINI FILHO, W. G. (coord.). Bebidas alcoólicas: ciência e tecnologia. São Paulo: Blucher, 2016.
VIANA, L. F.; et al. Caracterização agronômica e edafoclimática dos vinhedos de elevada altitude. Revista de Ciências Agroveterinárias, Lages, v.15, n.3, p.215-226, 2016.
VIANA, L. F.; et al. Indicações Geográficas e outros signos distintivos: conceitos, aplicações e adequação aos produtos agropecuários em Santa Catarina. Florianópolis: EPAGRI, 2021.



