Técnicas básicas de autoajuda para a locomoção de alunos cegos em ambientes escolares: proposta de treinamento e avaliação

Autores

  • Loiane Maria Zengo Orbolato Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Marília, São Paulo, Brasil. https://orcid.org/0000-0001-7396-0457
  • Eduardo José Manzini Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Marília, São Paulo, Brasil.

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984686X41513

Palavras-chave:

Educação Especial, autoajuda, orientação e mobilidade.

Resumo

A pesquisa objetivou avaliar um programa de treinamento de técnicas básicas de autoajuda nos ambientes escolares. Uma estudante de 13 anos, com cegueira congênita, matriculada no 6º ano do Ensino Fundamental, participou do estudo. Caracteriza-se como um estudo quase experimental e baseou-se em três etapas distintas: 1) pré-teste; 2) intervenções; e, 3) pós-teste. Os instrumentos utilizados para avaliação dessas etapas foram os protocolos de avaliação das técnicas básicas de autoajuda. As avaliações ocorreram em três ambientes: sala de vídeo, sala de leitura e estacionamento. A análise dos dados foi quantitativa para o desempenho da estudante no pré e pós-testes e qualitativa para a descrição das intervenções. Os resultados do pré-teste indicaram que a estudante executou todos os comportamentos caracterizados como básicos das técnicas propostas, em contrapartida, não executou a maioria dos comportamentos caracterizados como específicos. As intervenções tiveram como foco o ensino e treinamento dos comportamentos que a estudante não executou e/ou executou incorretamente no pré-teste. Utilizou-se como estratégia para as intervenções: instruções verbais, físicas, modelos cinestésicos e feedback positivo. Os resultados do pós-teste indicaram que a estudante conseguiu, de maneira natural e segura, executar a maioria dos comportamentos propostos em todos os ambientes. Conclui-se que os principais fatores para o sucesso do ensino, treinamento e avaliação das técnicas propostas foram: a sistematização do programa em conjunto com o delineamento quase experimental; o uso da filmagem e das fichas de registro; a aplicação consciente do uso das estratégias de ensino; e a identificação das características da estudante para uma aprendizagem mais efetiva.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Loiane Maria Zengo Orbolato, Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Marília, São Paulo, Brasil.

Doutoranda na Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Marília, São Paulo, Brasil.

Eduardo José Manzini, Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Marília, São Paulo, Brasil.

Professor doutor na Universidade Estadual Júlio de Mesquita Filho, Marília, São Paulo, Brasil.

Referências

BRUNO, Marilda Moraes Garcia; MOTA, Maria Glória Batista da. Programa de capacitação de recursos humanos do ensino fundamental: deficiência visual. Brasília, DF: Ministério da Educação, 2001. Disponível em: http://migre.me/w7aFX. Acesso em: 13 jan. 2016.

COZBY, Paul C. Métodos de pesquisa em ciências do comportamento. São Paulo: Atlas, 2003.

FELIPPE, João Álvaro de Moraes. Caminhando juntos: manual das habilidades básicas de orientação e mobilidade. São Paulo: Laramara, 2001.

FELIPPE, João Álvaro de Moraes; FELIPPE, Vera Lucia Rhein. Orientação e mobilidade. São Paulo: Laramara - Associação Brasileira de Assistência ao Deficiente Visual, 1997.

GARCIA, Nely. Como desenvolver programas de orientação e mobilidade para pessoas com deficiência visual. In: MACHADO, E. V. et al.(org.). Orientação e mobilidade: conhecimentos básicos para a inclusão do deficiente visual. Brasília, DF: MEC, SEESP, 2003. p. 67-120. Disponível em: http://migre.me/w7aGH. Acesso em: 22 jan. 2016.

GIACOMINI, Lilia; SARTORETTO, Mara Lúcia; BERSCH, Rita de Cássia Reckziegel. A educação especial na perspectiva da inclusão escolar: orientação e mobilidade, adequação postural e acessibilidade espacial. Brasília, DF: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2010. Disponível em: http://migre.me/w7aEn. Acesso em: 11 jan. 2016.

MACIEL, Sylas Fernandes. Manual de orientação e mobilidade: subsídios para o ensino das técnicas de locomotilidade ao deficiente visual. Belo Horizonte: Convenio SEE - MG/FAFI-BH, 1988.

MACIEL, Sylas Fernandes. Manual de orientação e mobilidade: o “ir e vir” do deficiente visual. São Paulo: CMDV - Portal do Deficiente Visual, 2003. Disponível em: http://migre.me/w7aDL. Acesso em: 17 jan. 2016.

PORTNEY, Leslie Gross; WATKINS, Mary P. Foundations of Clinical Research: Applications to Practice. Philadelphia: F. A. Davis, 2008.

MELO, Helena Flávia. Deficiência visual: lições práticas de orientação e mobilidade. Campinas: Editora da UNICAMP, 1991.

NOVI, Rosa Maria. Orientação e Mobilidade para Deficientes Visuais: “O sol que faltava em minha vida”. Londrina: Cotação da Construção, 1996.

ZENGO, Loiane Maria; FIORINI, Maria Luiza Salzani; MANZINI, Eduardo José. Estratégias de locomoção utilizadas por alunos cegos em diferentes ambientes escolares. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, 7, São Carlos, 2016. Anais..., São Carlos: Universidade Federal de São Carlos, 2016, p. 1. Disponível em: http://migre.me/w7aBG. Acesso em: 25 nov. 2016.

Downloads

Publicado

2020-08-21

Como Citar

Orbolato, L. M. Z., & Manzini, E. J. (2020). Técnicas básicas de autoajuda para a locomoção de alunos cegos em ambientes escolares: proposta de treinamento e avaliação. Revista Educação Especial, 33, e29/ 1–22. https://doi.org/10.5902/1984686X41513