Práticas pedagógicas de professores/as de classes hospitalares na representação social do hospital para estudantes hospitalizados/as

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/1984686X67989

Palavras-chave:

Educação Especial, Classe Hospitalar, Representação social, Hospital, Práticas pedagógicas

Resumo

O presente estudo tem como finalidade analisar, por meio da percepção dos/as professores/as de Classes Hospitalares, como suas práticas pedagógicas interferem na representação social dos/as estudantes hospitalizados/as sobre o hospital, para compreender o impacto da atuação docente nesta representação. Além disso, buscou-se identificar quais práticas pedagógicas estes profissionais desenvolvem para reconstruir a representação social, quando negativa, do hospital. Desse modo, trata-se de uma pesquisa qualitativa do tipo descritiva, que utilizou do recurso metodológico de entrevista semiestruturada para coleta dos dados. Sendo assim, participaram deste estudo 10 professores/as de Classes Hospitalares. Para isso, foram recrutados por meio de um questionário em um grupo de WhatsApp intitulado: “Classes Hospitalares do Brasil”. Os resultados encontrados foram submetidos a categorias e subcategorias de Bardin. Por fim, constatou que os/as participantes reconhecem que são representações fundamentais para a reconstrução da imagem negativa do hospital. Sendo assim, a maioria elabora práticas pedagógicas com esta perspectiva, utilizando brinquedos para o faz de conta, recursos digitais e kits com orientações e vocabulários sobre as enfermidades e os procedimentos hospitalares.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Beatriz Vieira Barone, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP

Graduanda na Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.

Adriana Garcia Gonçalves, Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP

Professora doutora da Universidade Federal de São Carlos, São Carlos, SP, Brasil.

Referências

BARDIN, L. Análise de conteúdo. Lisboa: Edições 70, 2000.

BOMTEMPO, E. A. A brincadeira de faz-de-conta: lugar do simbolismo, da representação, do imaginário. In: Jogo, Brincado, Brincadeira e educação. KISHIMOTO, T. M. (Org.) São Paulo: Cortez, 2005.

BRASIL. Constituição Federal de 1988. Promulgada em 5 de outubro de 1988. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicaocompilado.htm. Acesso em: 10 mar. 2020.

BRASIL. Ministério da Educação. Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2001.

BRASIL. Ministério da Educação. Classe hospitalar e Atendimento Pedagógico Domiciliar: estratégias e orientações. Secretaria de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2002.

BRASIL. Ministério da Educação. Política Nacional de Educação Especial. Brasília: MEC/SEESP, 2008.

BRASIL. Resolução nº 4, de 2 de outubro de 2009. Institui Diretrizes Operacionais para o Atendimento Educacional Especializado na Educação Básica, modalidade Educação Especial. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf. Acesso em 11 ago. 2020.

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, nº 13.716, de 24 de setembro de 2018. Disponível em: https://consae.net.br/wp-content/uploads/2018/10/SIC-36-2018.pdf. Acesso em 11 ago. 2020.

CECCIM, R. B.; CARVALHO, P. R. A. Criança Hospitalizada: atenção integral como escuta à vida. Porto Alegre: Editora da Universidade/UFGRS, 1997.

FONSECA, E. S. da. Classe Hospitalar e atendimento escolar domiciliar: direito de crianças e adolescentes doentes. Revista Educação e Políticas em Debate, v.4, n.1, Jan.-Jul., 2015.

FREIRE, PAULO. Pedagogia do Oprimido. 17ª. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.

GIL, A. C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 6ª Ed. - São Paulo: Atlas, 2008.

MANZINI, Eduardo José. Análise de entrevista. Marília: ABPEE, 2020.

MOSCOVICI, S. A representação social da psicanálise. 1.ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.

MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. Petrópolis, RJ: Vozes, 2003.

MOSCOVICI, S. Representações sociais: investigações em psicologia social. 11.ed. – Petrópolis, RJ: Vozes, 2015.

PASSEGGI, M. da. C.; et al. Olhares Cruzados sobre a Classe Hospitalar: Legislação Brasileira e Percepção da Criança Hospitalizada. Journal of education, v. 6, n.2, 2018, pp.123-138.

RIBEIRO, C.R.; PINTO JUNIOR, A. A. A Representação Social da Criança Hospitalizada: Um estudo por meio do procedimento de desenho-estória com tema. Revista SBPH, v.12, n.1, p.31-56, 2009.

ROCHA, C. D. de O. et al. Palavras associadas ao câncer infantil: um levantamento exploratório. Estudos e Pesquisas em Psicologia. Rio de Janeiro, v. 18, n.2, p. 550-568.

ROCHA, S. M. da. Narrativas infantis: o que nos contam as crianças de suas experiências no hospital e na classe hospitalar. Dissertação de mestrado: Natal, RN, 2012.

SANTOS, V. L. B. dos. Promovendo o desenvolvimento do faz-de-conta na educação infantil. In: Educação Infantil: pra que te quero? CRAIDY, C.; KAERCHER. G. E. (Org.) Porto Alegre: Artmed, 2001.

TRIVIÑOS, A. N. S. Introdução à pesquisa em ciências sociais: a pesquisa qualitativa em educação. São Paulo: Atlas, 1987.

Downloads

Publicado

2022-11-22

Como Citar

Barone, B. V., & Gonçalves, A. G. (2022). Práticas pedagógicas de professores/as de classes hospitalares na representação social do hospital para estudantes hospitalizados/as. Revista Educação Especial, 35, e45/1–18. https://doi.org/10.5902/1984686X67989