QUALIDADE E CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE <i>Mimosa caesalpiniifolia </i>Benth. PRODUZIDAS EM DIFERENTES VOLUMES DE RECIPIENTES

Autores

  • Lucas Amaral de Melo
  • Alan Henrique Marques de Abreu
  • Paulo Sérgio dos Santos Leles
  • Ricardo Rodrigues de Oliveira
  • Darlan Teodoro da Silva

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509831574

Palavras-chave:

sabiá, sansão-do-campo, qualidade morfológica, qualidade de mudas.

Resumo

Geralmente, a qualidade de mudas florestais é aferida somente na fase de viveiro, ignorando-se o principal objetivo que é a resposta das mudas após plantio a campo. Objetivou-se avaliar a influência do volume do recipiente de produção na qualidade morfológica de mudas de Mimosa caesalpiniifolia Benth. no viveiro e na sobrevivência e crescimento inicial a campo. Foram testados cinco volumes de recipientes (30, 55, 110, 180 e 280 cm³), constituindo-se os tratamentos. Aos 90 e 120 dias após a semeadura, foram avaliadas as características altura (H), o diâmetro do coleto (DC), a matéria seca aérea (MSA), a matéria seca das raízes (MSR), o Índice de Robustez (H/DC), a matéria seca total (MST), a relação entre a matéria seca aérea e das raízes (RMSAR), a densidade de raízes (DR) e o Índice de Qualidade de Dickson. Após a última avaliação em viveiro, as mudas foram plantadas a campo. Aos 120 dias do plantio, foram avaliados a sobrevivência, a altura (H), o diâmetro ao nível do solo (DNS), e calculado o crescimento relativo (CR). Embora as mudas produzidas nos três recipientes de maior volume tenham apresentado maiores valores morfológicos de qualidade na fase de produção, constatou-se que após a implantação a campo esta diferença tende a desaparecer, sendo possível produzir mudas de qualidade de Mimosa caesalpiniifolia Benth., capazes de sobreviver, crescer e se desenvolver após o plantio, em qualquer um dos recipientes testados.

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Referências

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Publicado

02-04-2018

Como Citar

Melo, L. A. de, Abreu, A. H. M. de, Leles, P. S. dos S., Oliveira, R. R. de, & Silva, D. T. da. (2018). QUALIDADE E CRESCIMENTO INICIAL DE MUDAS DE <i>Mimosa caesalpiniifolia </i>Benth. PRODUZIDAS EM DIFERENTES VOLUMES DE RECIPIENTES. Ciência Florestal, 28(1), 47–55. https://doi.org/10.5902/1980509831574

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