Comportamento de <i>Peltophorum dubium</i> (Spreng.) Taub., <i>Parapiptadenia rigida</i> (Benth.) Brenan e <i>Enterolobium contortisiliquum</i> (Vell.) Morong cultivadas em solo contaminado com cobre
DOI:
https://doi.org/10.5902/198050982752Parole chiave:
revegetação, plantas arbóreas nativas, tolerânciaAbstract
Solos contaminados por cobre podem interferir no desenvolvimento fisiológico e no estabelecimento de plantas. Uma opção para revegetação desses solos é a utilização de espécies florestais nativas tolerantes ao cobre. Este trabalho teve como objetivo avaliar a tolerância de três espécies florestais nativas ao excesso de cobre no solo. As espécies utilizadas foram: angico – Parapiptadenia rigida, canafístula – Peltophorum dubium e timbaúva – Enterolobium contortisiliquum. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, num esquema 3 x 5, sendo três espécies florestais e cinco doses de cobre (0, 64, 128, 192 e 256 mg kg-1 de solo), com seis repetições. Determinou-se a altura de planta, massa seca da parte aérea, comprimento e área superficial específica radicular, teor de cobre na parte aérea e na raiz. A timbaúva e a canafístula apresentam tendência de armazenamento do cobre nas raízes e baixa translocação para a parte aérea. A massa seca da parte aérea da timbaúva e canafístula é incrementada com pequenas doses de cobre, enquanto que a massa seca da parte aérea do angico não é afetada pelas doses testadas. A timbaúva e o angico demonstram maior capacidade de tolerância à contaminação de cobre no solo que a canafístula.Downloads
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