Relação entre concentrações foliares de carboidratos solúveis totais e tolerância ao frio em diferentes espécies de <i>Eucalyptus</i> spp.

Auteurs-es

  • Mireli Moura Pitz Floriani
  • Cristiano André Steffens
  • Djalma Miler Chaves
  • Cassandro Vidal Talamini do Amarante
  • Tiago Georg Pikart
  • Maitê dos Santos Ribeiro

DOI :

https://doi.org/10.5902/198050988450

Mots-clés :

temperatura letal de 50 % (TL50), aclimatação, temperatura negativa, dano por frio

Résumé

http://dx.doi.org/10.5902/198050988450

O objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito da rustificação sobre a tolerância ao frio em Eucalyptus dunnii Maiden, Eucalyptus benthamii Maiden & Cambage, Eucalyptus grandis W. Hill ex Maiden e Eucalyptus saligna Sm., através da quantificação dos teores foliares de carboidratos solúveis totais e de prolina. Mudas das quatro espécies (com três meses de idade e cerca de 50 cm de altura) foram submetidas a dois períodos de rustificação (0 e 21 dias de exposição a temperaturas diurnas de 5 ºC e noturnas de 1 ºC), com fotoperíodo controlado de 12 horas. Ao final de cada período de rustificação, as mudas foram submetidas durante 3 horas a três gradientes de temperatura abaixo de zero (-2 ºC, -5 ºC e -8 ºC). Foram feitas avaliações das concentrações foliares de carboidratos solúveis totais e de prolina, da temperatura letal de 50 % (TL50) e do índice de dano ao frio. Não foi identificada a presença de prolina nos tecidos foliares das espécies avaliadas. No entanto, em mudas não rustificadas, observou-se diferenças entre as espécies quanto à concentração foliar de carboidratos, sendo maior em Eucalyptus benthamii, intermediária em Eucalyptus dunnii e Eucalyptus grandis, e menor em Eucalyptus saligna. A rustificação causou um aumento na concentração foliar de carboidratos de 2,9; 2,5; 2,8 e 1,3 vezes em Eucalyptus dunnii, Eucalyptus benthamii, Eucalyptus saligna e Eucalyptus grandis, respectivamente. Em mudas que não foram submetidas à rustificação, a TL50 foi mais baixa em Eucalyptus benthamii, intermediária em Eucalyptus dunnii e Eucalyptus grandis, e mais alta em Eucalyptus saligna. No entanto, com a rustificação das plantas não houve diferenças entre as espécies quanto à TL50. Observou-se que a TL50 diminuiu com a rustificação, exceto no Eucalyptus benthamii. Houve correlação negativa entre a concentração foliar de carboidratos solúveis totais e a TL50 nas espécies avaliadas. Os dados obtidos mostram que a concentração foliar de carboidratos solúveis totais pode ser utilizada como indicador de tolerância ao frio em espécies de Eucalyptus.

Téléchargements

Les données relatives au téléchargement ne sont pas encore disponibles.

Références

BATES, L. S.; WALDRENR, P.; TEARE, I. D. Rapid determination of free proline for water - stress studies. Plant and Soil, v. 39, n. 1, p. 205-207, 1973.

BRACKMANN, A. et al. Qualidade de Zinnia elegans ‘SCARLET’ EM SOLUÇÕES CONSERVANTES COM SACAROSE. Revista Brasileira de Agrociências. v. 10, n. 1, p. 127-129, 2004.

BRAVO, L. A. et al. Cold resistance in Antarctic angiosperms. Physiologia Plantarum, v. 111, n. 1, p. 55-65, 2001.

BRAVO, L. A. et al. The role of ABA in freezing tolerance and cold acclimation in barley. Physiologia Plantarum, v. 103, n. 1, p. 17-23, 1998.

BRIGAS, F. J. et al. Influence of photoperiod and temperature on the development of frost tolerance, growth and contents of water, sugars, starch and proline of shoots and roots of juniper (Juniperus chinensis L. ‘Pfitrzerana’). Canadian Journal Plant Science, v. 69, n. 1, p. 305-316, 1989.

EMBRAPA. Centro Nacional de Pesquisa de Florestas. (Colombo, PR). Zoneamento ecológico para plantios florestais no estado de Santa Catarina. Colombo, 1988. 113 p. (EMBRAPA-CNPF. Documentos, 21).

FLINT, H. L.; BOYCE, B. R.; BEATTIE, D. J. Index of injury – a useful expression of freezing injury to plant tissues as determined by the electrolytic method. Canadian Journal Plant Science v. 47, n. 2, p. 229-230, 1967.

HANSON, A. D. et al. Capacity for proline accumulation during water stress in barley and its implication for breeding for drought resistance. Crop Science, v. 19, n. 4, p. 489-493, 1979.

HANSON, A. D.; HITZ, W. D. Metabolic responses of mesophytes to Plant water deficits. Plant Physiology, v. 33, n. 6, p. 163-203, 1982.

HIGA, A. R.; GARCIA, C. H.; SANTOS, E. T. Geadas, prejuízos à atividade florestal. Silvicultura. São Paulo, v. 15, n. 58, p. 40-43, 1994.

HIGA, A. R.; HIGA, R. C. V. Indicação de espécies para reflorestamento. In: GALVÃO, A. P. M. (Ed.). Reflorestamento de propriedades rurais para fins produtivos e ambientais: um guia para ações municipais e regionais. Brasília: Embrapa Comunicação para Transferência de Tecnologia, Embrapa Florestas, 2000. p.101-124.

HIGA, R. C. V. et al. Comportamento de vinte espécies de Eucalyptus em área de ocorrência de geadas na região Sul do Brasil. In: IUFRO CONFERENCE ON SILVICULTURE AND IMPROVEMENT OF EUCALYPT, 1997, Salvador. Proceedings... Colombo: EMBRAPA, Centro Nacional de Pesquisa de Florestas, 1997. p.106-110.

HIGA, R. C. V.; PEREIRA, J. C. D. Usos Potenciais do Eucalyptus benthamii Maiden et Cambage. Colombo: Embrapa, 2003. (Comunicado Técnico, n. 100).

JACOBSEN, S. E. et al. Frost resistance mechanisms in quinoa (Chenopodium quinoa Willd.). European Journal of Agronomy, v. 26, n. 4, p. 471-475, 2007.

LARCHER, W. Ecofisiologia vegetal. São Carlos: Rima, 2000. 398 p.

LEBORGNE, N. et al. Introduction of specific carbohydrates into Eucalyptus gunnii cells increases their freezing tolerance. European Journal of Biochemistry, v. 229, n. 3, p. 710-717, 1995.

LEVITT, J. Responses of plants to environmental stresses: chilling, freezing and higth temperatures stresses. 2nd ed. New York: Academic Press, 1980. p. 67-344.

MORAGA S. P.; ESCOBAR, R.; VALENZUELA, A. S. Resistance to freezing in three Eucalyptus globulus Labill subspecies. Electronic Journal Biotechnology, v. 9, n. 3, p. 310-314, 2006.

NILSEN, E.; ORCUTT, D. The physiology of plants under stress. Incorpo: John Wiley & Sons, 1996. p.704.

PALONEN, P.; JUNTTILA, O. Cold hardening of raspberry plants in vitro is enhanced by increasing sucrose in the culture medium. Physiologia Plantarum, v. 106, n. 4, p. 386-392, 1999.

PALTA, J. P. et al. Molecular mechanisms of freeze-thaw injury and cold acclimation in herbaceous plants: merging physiological and genetic approaches. NATO AS1, v. 16, n. 16, p.659-680, 1993.

PALUDZYSZYN FILHO, E.; SANTOS, P. E. T. Considerações sobre o plantio de Eucalyptus dunnii no estado do Paraná. Colombo: Embrapa, 2005. (Comunicado Técnico, n. 141).

STEPONKUS, P. L.; UEMURA, M.; WEBB, M. S. Redesigning crops for increased tolerance to freezing stress. NATO AS1 Ser I, v. 16, n. 1, p. 697-714, 1993.

SWAAIJ, van A. C.; JACOBSEN E.; FEENSTRA, W. J. Effect of cold hardening, wilting and exogenously applied proline on leaf praline content and frost tolerance of several genotypes of Solanum. Physiologia Plantarum, v. 64, n. 2, p. 230-236, 1985.

Téléchargements

Publié-e

2013-03-27

Comment citer

Floriani, M. M. P., Steffens, C. A., Chaves, D. M., Amarante, C. V. T. do, Pikart, T. G., & Ribeiro, M. dos S. (2013). Relação entre concentrações foliares de carboidratos solúveis totais e tolerância ao frio em diferentes espécies de <i>Eucalyptus</i> spp. Ciência Florestal, 23(1), 165–174. https://doi.org/10.5902/198050988450

Numéro

Rubrique

Artigos

Articles les plus lus du,de la,des même-s auteur-e-s