GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE <i>Piptadenia moniliformis</i> Benth. SOB ESTRESSE HÍDRICO

Autores

  • Gilvaneide Alves de Azeredo
  • Rinaldo Cesar de Paula
  • Sérgio Valiengo Valeri

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509821112

Palavras-chave:

PEG, crescimento de plântulas, Caatinga.

Resumo

http://dx.doi.org/10.5902/1980509821112

O período de germinação e o estabelecimento de plântulas é um dos fatores mais importantes para a sobrevivência das espécies, principalmente nos locais em que a disponibilidade de água é limitada, como na região da Caatinga. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi avaliar o efeito do estresse hídrico sobre a germinação de sementes de Piptadenia moniliformis Benth. Foram utilizados três lotes (L1, L2 e L3), correspondentes aos anos de produção de 2006, 2007 e 2008, respectivamente. Antes do teste de germinação, as sementes foram escarificadas com ácido sulfúrico concentrado durante 30 minutos. Para induzir o deficit hídrico, foi utilizado o polietileno glicol (PEG 6000), nos seguintes potenciais osmóticos: - 0,3; -0,6; -0,9, -1,2 e -1,5 MPa e a água (0 MPa) sob as temperaturas de 25 e 30ºC. As características avaliadas foram: porcentagem de germinação e de plântulas normais, índice de velocidade de germinação e massa seca de plântulas. O processo germinativo de sementes de Piptadenia moniliformis Benth. é comprometido a partir de potenciais hídricos inferiores a -0,6 MPa a 25 e 30 °C; potenciais hídricos iguais ou inferiores a -1,2 MPa inibem a formação de plântulas normais nas duas temperaturas; a tolerância ao estresse hídrico simulado com PEG 6000 é variável entre lotes de sementes e temperaturas de germinação.

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Publicado

31-03-2016

Como Citar

Azeredo, G. A. de, Paula, R. C. de, & Valeri, S. V. (2016). GERMINAÇÃO DE SEMENTES DE <i>Piptadenia moniliformis</i> Benth. SOB ESTRESSE HÍDRICO. Ciência Florestal, 26(1), 193–202. https://doi.org/10.5902/1980509821112

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