CULTIVO DE CANAFÍSTULA (<i>Peltophorum dubium</i>) EM MINIJARDIM CLONAL E PROPAGAÇÃO POR MINIESTACAS

Autores

  • Nilton Mantovani
  • Marcelo Roveda
  • Laura Tres
  • Fabiano de Oliveira Fortes
  • Magali Ferrari Grando

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509826461

Palavras-chave:

miniestaquia, propagação vegetativa, AIB.

Resumo

O objetivo deste trabalho foi avaliar o comportamento da canafístula (Peltophorum dubium Spreg. Taub.) cultivada em sistema de minijardim clonal e estudar a viabilidade da aplicação da técnica de miniestaquia para a propagação vegetativa desta espécie. Na formação das minicepas, de origem seminal, mantiveram-se diferentes números de folhas (três ou mais, uma folha ou um par de folhas). Avaliou-se a sobrevivência das minicepas, número, comprimento e diâmetro dos brotos e a produtividade média de miniestacas por minicepa durante sucessivas rebrotas. Avaliou-se ainda o efeito da aplicação do AIB (0; 1500; 3000; 4500 e 6000 mg L-1) sobre a sobrevivência e o enraizamento de miniestacas basais e apicais. A sobrevivência das minicepas foi de 100% independentemente do número remanescente de folhas na sua formação. A manutenção de 1 folha possibilitou a formação de maior número de brotos (3,39) por minicepa; 1 par de folhas promoveu maior comprimento dos brotos (12,41 cm) e; 3 folhas ou mais originaram brotos de maior diâmetro. A produção média de miniestacas/minicepa/coleta foi crescente ao longo das sucessivas rebrotas, com máxima produtividade (159 miniestacas m-2) na 4ª rebrota. Miniestacas apicais apresentam maior potencial de enraizamento do que as basais. O AIB é dispensável na indução radicial, mas estimula a produção de massa seca das raízes. O manejo da canafístula em sistema de minijardim clonal possibilita a produção de brotos para processos de propagação clonal através da miniestaquia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALCANTARA, G. B. et al. Efeitos do ácido indolilbutírico (AIB) e da coleta de brotações em diferentes estações do ano no enraizamento de miniestacas de Pinus taeda L. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 36, n. 78, p. 151-156, jun. 2008.

ALFENAS, A. C. et al. Clonagem e doenças do eucalipto. 2. ed. Viçosa: Editora UFV, 2009. 500 p.

ASSIS, T. F. et al. Propagação clonal de Eucalyptus por microestaquia. In: CONGRESSO FLORESTAL ESTADUAL, 7., 1992, Nova Prata. Anais... Santa Maria: UFSM, 1992. p. 824- 836.

ASSIS, T. F.; MAFIA, R. G. Hibridação e clonagem. In: BORÉM, A. (Ed.). Biotecnologia Florestal. Viçosa: Suprema, 2007. p. 93-121.

BASTOS, D. C. et al. Influência do ácido indolbutírico no enraizamento de estacas apicais e basais de caramboleira (Averrhoa carambola) sob condições de nebulização intermitente. Revista Brasileira de Fruticultura, Jaboticabal, v. 26, n. 2, p. 284-286, ago. 2004.

BORGES, S. R. Micropropagação e enraizamento de miniestacas de clones híbridos de Eucalyptus globulus. 2009. 72 f. Dissertação (Mestrado em Ciência Florestal) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa, 2009.

CASARIN, C. et al. Propagação de bracatinga através de miniestacas em sistema de minijardim clonal. In: JORNADA ACADÊMICA INTEGRADA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA, 24., 2009, Santa Maria. Anais... Santa Maria: UFSM, 2009. Disponível em: <http://w3.ufsm.br/jai/>. Acesso em: 21 abr. 2013.

CLINE, M. G. Apical Dominance. The Botanical Review, New York, v. 57, n. 4, p. 318-358, 1991.

FERREIRA, B. G. A. et al. Miniestaquia de Sapium glandulatum (Vell.) PAX com o uso de ácido indol butírico e ácido naftaleno acético. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 20, n. 1, p. 19-31, jan./mar. 2010.

GOULART, P. B. et al. Morfoanatomia da rizogênese adventícia em miniestacas de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 24, n. 3, p. 521-532, jul./set. 2014.

HARTMANN, H. T. et al. Plant propagation: principles and practices. 8th ed. New Jersey: Prentice-Hall, 2011. 915 p.

MARCHIORI, J.N.C. Dendrologia das angiospermas: leguminosas. 2. ed. Santa Maria: Editora da UFSM, 2007. 97 p.

MORI DA CUNHA, A. C. M. C. et al. Miniestaquia em sistema de hidroponia e em tubetes de Corticeira-do-mato. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 18, n. 1, p. 85-92, jan./mar. 2008.

OLIVEIRA, L. M. et al. Avaliação de métodos para quebra da dormência e para a desinfestação de sementes de canafístula Peltophorum dubium (Sprengel) Taubert. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 27, n. 5, p. 597-603, 2003.

OLIVEIRA, L. S. et al. Enraizamento de miniestacas e microestacas de clones de Eucalyptus urophylla x E. globulus e de Eucalyptus grandis x E. globulus. Scientia Forestalis, Piracicaba, v. 40, n. 96, p. 507-516, dez. 2012.

PASQUAL, M. et al. Fruticultura comercial: propagação de plantas frutíferas. Lavras: UFLA/FAEPE, 2001. 137 p.

PIO, R. et al. Enraizamento de diferentes tipos de estacas de oliveira (Olea europaea l.) utilizando ácido indolbutírico. Ciência e Agrotecnologia, Lavras, MG, v. 29, n. 3, p. 562-567, mai./jun. 2005.

REITZ, R. et al. Projeto madeira do Rio Grande do Sul. Porto Alegre: CORAG, 1988. 525 p.

REZENDE, A. A. Rooting of candeia (Eremanthus erythropapus (DC.) MacLeish) by cuttings. 2007. 75 f. Dissertation (Master in Production Forests) - Federal University of Lavras, Lavras, 2007.

RIBEIRO JÚNIOR J. I. Análises estatísticas no SAEG. Viçosa: UFV, 2001. 301 p.

SAMPAIO, P. T. B. et al. Propagação vegetativa por miniestacas de preciosa (Aniba canellila (H. B.K) MEZ). Acta Amazonica, Manaus, v. 40, p. 687-692, 2010.

SILVA, R. L. et al. Propagação clonal de guanandi (Calophyllum brasiliense) por miniestaquia. Agronomia Costarricense, San José, v. 34, n. 1, p. 99-104, 2010.

SILVA, M. P. S. et al. Enraizamento de miniestacas e produtividade de minicepas de cedro australiano manejadas em canaletões e tubetes. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 22, n. 4, p. 703-713, out./dez. 2012.

SOUZA, J. C. A. V. et al. Propagação vegetativa de cedro-australiano (Toona ciliata M. Roemer) por miniestaquia. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 33, n. 2, p. 205-213, 2009.

SOUZA JÚNIOR, L. et al. Miniestaquia de Grevillea robusta A. Cunn. a partir de propágulos juvenis. Ciência Florestal, Santa Maria, v. 18, n. 4, p. 455-460, out./dez. 2008.

XAVIER, A. et al. Propagação vegetativa de cedro-rosa por miniestaquia. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 27, n. 2, p. 139-143, 2003.

XAVIER, A. et al. Silvicultura clonal: princípios e técnicas. 2. ed. Viçosa: Editora UFV, 2013. 279 p.

WENDLING, I. et al. Produção e sobrevivência de miniestacas e minicepas de erva-mate cultivadas em sistema semi-hidropônico. Pesquisa agropecuária brasileira, Brasília, v. 42, n. 2, p. 289-292, fev. 2007.

WENDLING, I.; SOUZA JÚNIOR, L. Propagação vegetativa de erva mate (Ilex paraguariensis Saint Hilaire) por miniestaquia de material juvenil. In: CONGRESSO SUL–AMERICANO DA ERVA-MATE, 3.; FEIRA DO AGRONEGÓCIO DA ERVA-MATE, 2003, Chapecó. Anais... Chapecó: Epagri, 2003. 1 CD-ROM.

WENDLING, I.; XAVIER, A. Influência do ácido indolbutírico e da miniestaquia seriada no enraizamento e vigor de miniestacas de clones de Eucalyptus grandis. Revista Árvore, Viçosa, MG, v. 29, n. 6, p. 921-930, 2005.

Downloads

Publicado

31-03-2017

Como Citar

Mantovani, N., Roveda, M., Tres, L., Fortes, F. de O., & Grando, M. F. (2017). CULTIVO DE CANAFÍSTULA (<i>Peltophorum dubium</i>) EM MINIJARDIM CLONAL E PROPAGAÇÃO POR MINIESTACAS. Ciência Florestal, 27(1), 225–236. https://doi.org/10.5902/1980509826461

Edição

Seção

Artigos

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)

Artigos Semelhantes

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.