As zonas de vida baseadas em condições bioclimáticas no estado do Ceará, Brasil

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.5902/1980509836756

Schlagworte:

Holdridge, Classificação, Clima, Vegetação

Abstract

A definição das zonas de vida de Holdridge é uma ferramenta útil para o planejamento da gestão territorial dos recursos naturais, bem como para subsidiar a elaboração de estratégias e políticas públicas que resultem na definição de áreas prioritárias para conservação e uso sustentável das florestas. Desse modo, o presente estudo teve por objetivo identificar e descrever as zonas de vida que ocorrem no estado do Ceará com base no modelo de Holdridge. Para esse propósito, foram utilizados dados de precipitação anual, biotemperatura e relação de evapotranspiração potencial. Os resultados indicaram que, embora o estado do Ceará esteja majoritariamente sob a influência de um macroclima semiárido, apresenta um espaço geográfico heterogêneo, no qual ocorrem diferentes zonas de vida associadas à diversidade bioclimática. A variável bioclimática mais importante para a classificação das zonas de vida foi a relação de evapotranspiração potencial, que representa a quantidade de água que é transferida para a atmosfera em relação a quantidade de água que é precipitada em determinado local. A classificação climática de Holdridge identificou oito zonas de vida em que todas pertencem à faixa latitudinal tropical e abrangem faixas altitudinais basais (90,04% do território cearense) e premontanas (9,96%), que variam em termos de umidade, desde florestas muito secas até florestas úmidas. A zona de vida mais extensa compreende as áreas de transição entre floresta muito seca e floresta seca tropical basal, ocupando 64.825,69 km2, que recobre 43,54% da área total do estado.

Downloads

Keine Nutzungsdaten vorhanden.

Autor/innen-Biografien

Tiago de Souza Ferreira, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Engenheiro Florestal, MSc., Doutorando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Departamento
de Ciências Florestais, Universidade Federal do Paraná, Av. Prefeito Lothário Meissner, 632, CEP 80210-170,
Curitiba (PR), Brasil.

Andressa Tres, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Engenheira Florestal, MSc., Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Departamento
de Ciências Florestais, Universidade Federal do Paraná, Av. Prefeito Lothário Meissner, 632, CEP 80210-170,
Curitiba (PR), Brasil.

Bruna Kovalsyki, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Engenheira Florestal, MSc., Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Departamento
de Ciências Florestais, Universidade Federal do Paraná, Av. Prefeito Lothário Meissner, 632, CEP 80210-170,
Curitiba (PR), Brasil.

João Francisco Labres dos Santos, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Engenheiro Florestal, Mestrando do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Florestal, Departamento
de Ciências Florestais, Universidade Federal do Paraná, Av. Prefeito Lothário Meissner, 632, CEP 80210-170,
Curitiba (PR), Brasil.

Alexandre França Tetto, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal do Paraná, Av.
Prefeito Lothário Meissner, 632, CEP 80210-170, Curitiba (PR), Brasil.

Ronaldo Viana Soares, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Engenheiro Florestal, PhD., Professor do Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal do Paraná,
Av. Prefeito Lothário Meissner, 632, CEP 80210-170, Curitiba (PR).

William Thomaz Wendling, Universidade Federal do Paraná

Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal do Paraná, Av.
Prefeito Lothário Meissner, 632, CEP 80210-170, Curitiba (PR), Brasil.

Antônio Carlos Batista, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Engenheiro Florestal, Dr., Professor do Departamento de Ciências Florestais, Universidade Federal do Paraná, Av.
Prefeito Lothário Meissner, 632, CEP 80210-170, Curitiba (PR), Brasil.

Literaturhinweise

ALVARES, C. A et al. Köppen’s climate classification map for Brazil. Meteorologische Zeitschrift, Berlin, v. 22, n. 6, p. 711-728, 2014.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Ceará: inventário florestal nacional: principais resultados. Brasília: Serviço Florestal Brasileiro, 2016. 104 p.

CASTRO, A. S. F.; MORO, M. F.; MENEZES, M. O. T. O Complexo vegetacional da zona litorânea no Ceará: Pecém, São Gonçalo do Amarante. Acta Botanica Brasilica, Feira de Santana, v. 26, p. 108-124, 2012.

HOLDRIDGE, L. R. Ecologia basada en zonas de vida. San Jose: Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura, 2000. 216 p.

IBGE. Mapa de Biomas do Brasil: primeira aproximação. Rio de Janeiro, 2004. Disponível em: https://ww2.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/21052004biomashtml.shtm. Acesso em: 01 jun. 2017.

ISAAC, C.; BOURQUE, C. P. A. Ecological life zones of Saint Lucia. Global Ecology & Biogeography, [s. l.], v. 10, p. 549-566, 2001.

LUGO, A. E. et al. The Holdridge life zones of the conterminous United States in relation to ecosystem mapping. Journal of Biogeography, [s. l.], v. 26, p. 1025-1038, 1999.

MORO, M. F. Síntese florística e biogeográfica do domínio fitogeográfico da Caatinga. 2013. Tese (Doutorado em Biologia Vegetal) – Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2013.

MORO, M. F.; CASTRO, A. S. F.; ARAÚJO, F. S. Composição florística e estrutura de um fragmento de vegetação savânica sobre os tabuleiros prélitorâneos na zona urbana de Fortaleza, Ceará. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 62, p. 407-423, 2011.

MORO, M. F. et al. A catalogue of the vascular plants of the Caatinga Phytogeographical Domain: a synthesis of floristic and phytosociological surveys. Phytotaxa, [s. l.], v. 160, p. 1-118, 2014.

MORO, M. F. et al. Vegetação, unidades fitoecológicas e diversidade paisagística do estado do Ceará. Rodriguésia, Rio de Janeiro, v. 66, n. 3, p. 717-743, 2015.

NIMER, E. Climatologia da Região Nordeste do Brasil: introdução à climatologia dinâmica. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 34, p. 3-51, 1972.

SILVA, J. B.; CAVALCANTE, T. C. Atlas escolar, Ceará: espaço geo-histórico e cultural. João Pessoa: Grafset, 2004. 200 p.

SISNEROS, R. et al. Visualizing Life Zone Boundary Sensitivities Across Climate Models and Temporal Spans. Procedia Computer Science, Amsterdam, v. 4, p. 1582-1591, 2011.

TATLI, H.; DALFES, H. N. Defining Holdridge’s life zones over Turkey. International Journal of Climatology, Oxford, v. 36, n. 11, p. 3864-3872, 2016.

TRES, A. et al. Ecological life zones of Brazil. Floresta, Curitiba, PR, v. 50, n. 3, p. 1575-1584, 2020.

YUE, T. X. et al. Scenarios of major terrestrial ecosystems in China. Ecological Modelling, Amsterdam, v. 199, p. 363-376, 2006.

Veröffentlicht

2021-09-06

Zitationsvorschlag

Ferreira, T. de S., Tres, A., Kovalsyki, B., Santos, J. F. L. dos, Tetto, A. F., Soares, R. V., Wendling, W. T., & Batista, A. C. (2021). As zonas de vida baseadas em condições bioclimáticas no estado do Ceará, Brasil. Ciência Florestal, 31(3), 1240–1257. https://doi.org/10.5902/1980509836756

Ausgabe

Rubrik

Artigos

Am häufigsten gelesenen Artikel dieser/dieses Autor/in

1 2 3 > >> 

Ähnliche Artikel

Sie können auch eine erweiterte Ähnlichkeitssuche starten für diesen Artikel nutzen.