Monitoramento da temperatura no interior de chapas aglomeradas durante o processo de prensagem.
DOI:
https://doi.org/10.5902/198050981833Palavras-chave:
elevação da temperatura, chapas aglomeradas, tanino-formaldeídoResumo
O objetivo do presente trabalho foi analisar o comportamento da temperatura nas faces e no miolo de chapas de partículas aglomeradas, coladas com 8% de adesivo (base peso seco das partículas) tanino-formaldeído. As chapas foram produzidas com três repetições por tratamento, com massa específica nominal de 0,7 g/cm³ e pressão específica de prensagem de 27 kgf/cm². Os tratamentos basearam-se na utilização de flocos de pinus (Pinus elliottii) e partículas de eucalipto (Eucalytus sp), sendo que os flocos de pinus apresentavam três diferentes comprimentos nominais (40, 75 e 110 mm) e duas espessuras (0,5 e 1,0 mm). Também foram analisados duas temperaturas de prensagem (140 e 180°C) e dois teores de umidade nominal do colchão (17 e 21%). A temperatura no interior dos painéis durante a prensagem foi obtida por meio de fios para termopares tipo K (cromo-alumel). Os gráficos da temperatura em função do tempo de prensagem mostraram uma rápida elevação da temperatura nos primeiros 100 segundos de prensagem, mantendo-se num plateau possivelmente após atingir a temperatura de ebulição da água. A temperatura voltou a aumentar, de forma mais gradual, após a perda de grande parte da umidade do colchão. Observa-se que colchões formados por flocos de maior espessura apresentaram elevação mais rápida de temperatura no miolo. O principal fator que influenciou na velocidade de elevação da temperatura no miolo dos painéis aglomerados foi o teor de umidade do colchão, sendo que quanto maior o teor de umidade, mais rápida foi a elevação da temperatura.
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