Avaliação in silico de alcalóides eritrínicos de Erythrina verna em modelos cristalográficos humanos R-β3 (4COF) e R-α1-β2-γ2 (6X3X)
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X91221Palavras-chave:
Mulungu, Eritrina, In silico, Efeito ansiolítico, Análise multivariadaResumo
Erythrina verna, conhecida como mulungu, é uma planta medicinal reconhecida pelos efeitos ansiolíticos atribuídos aos alcaloides eritrínicos. Esta pesquisa visa aumentar nossa compreensão do mecanismo desses alcaloides por meio de estudos in silico e explorar seu potencial interação com sub-receptores GABAA. Modelagem molecular e simulações de encaixe foram realizadas para avaliar a estrutura conformacional e as energias de interação das moléculas, bem como a previsão de toxicidade. Análises estatísticas multivariadas foram utilizadas para destacar a influência da afinidade de ligação. Os resultados indicam fortes interações dos alcaloides eritrínicos com resíduos de aminoácidos-chave do receptor GABAA, enquanto a análise multivariada revelou padrões de interação significativos para eritradina e erisortina. Riscos mutagênicos, cancerígenos, irritantes ou reprodutivos não foram observados nessas moléculas. Portanto, a exposição aos alcalóides eritrínicos demonstrou segurança e eficácia como um ansiolítico natural. Também contribui para a nossa compreensão dos efeitos farmacológicos dos alcaloides eritrínicos e apoia o desenvolvimento posterior de ansiolíticos naturais para aplicações terapêuticas.
Downloads
Referências
Carvalho, A. C. C. S., Almeida, D.S., Melo, M. G. D., Cavalcanti, S. C. H. & Marçal, R. M. (2009). Evidence of the mechanism of action of Erythrina velutina Willd (Fabaceae) leaves aqueous extract. J. Ethnopharmacol., 122(2), 374–378. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jep.2008.12.019 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jep.2008.12.019
Cemin, P., Ribeiro, S. R., Oliveira, F. C., Wagner, R. & Sant’Anna, V. (2024). Study of volatile compounds and sensory profile of Brazilians’ cocoa liquors. Int. J. Gastron. Food Sci., 37, 1-10. DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijgfs.2024.100967 DOI: https://doi.org/10.1016/j.ijgfs.2024.100967
Chu, H. B., Tan, Y. De, Li, Y. J., Cheng, B. B., Rao, B. Q. & Zhou, L. S. (2019). Anxiolytic and anti-depressant effects of hydroalcoholic extract from Erythrina variegata and its possible mechanism of action. Afr. Health Sci., 19(3), 2526–2536. DOI: https://doi.org/10.4314/ahs.v19i3.28 DOI: https://doi.org/10.4314/ahs.v19i3.28
Clent, B. A., Wang, Y., Britton, H. C., Otto, F., Swain, C. J., Todd, M. H., Wilden, J. D. & Tabor, A. B. (2021). Molecular Docking with Open Access Software: Development of an Online Laboratory Handbook and Remote Workflow for Chemistry and Pharmacy Master’s Students to Undertake Computer-Aided Drug Design. J. Chem. Educ., 98(9), 2899–2905. DOI: https://doi.org/10.1021/ACS.JCHEMED.1C00289 DOI: https://doi.org/10.1021/acs.jchemed.1c00289
Craveiro, A. C. S., Carvalho, D. M. M., Nunes, R. D. S., Fakhouri, R., Rodrigues, S. A. & Teixeira-Silva, F. (2008) Toxicidade aguda do extrato aquoso de folhas de Erythrina velutina em animais experimentais. Revista Brasileira de Farmacognosia, 18:739–743. DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-695X2008000500018 DOI: https://doi.org/10.1590/S0102-695X2008000500018
Flausino Junior, O. A. (2006) Análise fitoquímica e estudo biomonitorado de Erythrina mulungu (Leguminosae - Papilionaceae) em camundongos submetidos a diferentes modelos animais de ansiedade. [Tese de Doutorado em Ciências, Universidade de São Paulo]. Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP. http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-22062007-134229/
Flausino Junior, O. A., Santos, L. D. A., Verli, H., Pereira, A. M., Bolzani, V. D. S. & Nunes-de-Souza, R. L. (2007). Anxiolytic effects of erythrinian alkaloids from Erythrina mulungu. J. Nat. Prod., 70(1), 48–53. DOI: https://doi.org/10.1021/np060254j DOI: https://doi.org/10.1021/np060254j
Iturriaga-Vásquez, P., Carbone, A., García-Beltrán, O., Livingstone, P. D., Biggin, P. C., Cassels, B. K., Wonnacott, S., Zapata-Torres, G. & Bermudez, I. (2010). Molecular determinants for competitive inhibition of α4β2 nicotinic acetylcholine receptors. Mol. Pharmacol., 78(3), 366–375. DOI: https://doi.org/10.1124/mol.110.065490 DOI: https://doi.org/10.1124/mol.110.065490
Kim, J. J., Gharpure, A., Teng, J., Zhuang, Y., Howard, R. J., Zhu, S., Noviello, C. M., Walsh, R. M., Lindahl, E. & Hibbs, R. E. (2020). Shared structural mechanisms of general anaesthetics and benzodiazepines. Nature, 585(7824), 303–308. DOI: https://doi.org/10.1038/s41586-020-2654-5 DOI: https://doi.org/10.1038/s41586-020-2654-5
Miller, P. S. & Aricescu, A. R. (2014). Crystal structure of a human GABAA receptor. Nature, 512(7514), 270. DOI: https://doi.org/10.1038/NATURE13293 DOI: https://doi.org/10.1038/nature13293
Olsen, R.W. (2018). GABAA receptor: Positive and negative allosteric modulators. Neuropharmacology, 136, 10–22. DOI: https://doi.org/10.1016/j.neuropharm.2018.01.036 DOI: https://doi.org/10.1016/j.neuropharm.2018.01.036
Onusic, G. M., Nogueira, R. L., Pereira, A. M. S., Flausino Junior, O. A. & Viana, M. B. (2003). Effects of Chronic Treatment with a Water-Alcohol Extract from Erythrina mulungu on Anxiety-Related Responses in Rats. Biol. Pharm. Bull., 26(11), 1538-1542. DOI: https://doi.org/10.1248/bpb.26.1538 DOI: https://doi.org/10.1248/bpb.26.1538
Onusic G. M., Nogueira R. L., Pereira, A. M. S. & Viana, M. B. (2002). Effect of acute treatment with a water-alcohol extract of Erythrina mulungu on anxiety-related responses in rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 35(4), 473–477. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-879X2002000400011 DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-879X2002000400011
Pitchaiah, G., Viswanatha, G. L., Srinath, R., & Nandakumar, K. (2008). Pharmacological evaluation of alcoholic of stem bark of erythrina variegata for anxiolytic and anticonvulsant activity in mice. Pharmacologyonline, 3, 934-947.
Ribeiro, M. D., Onusic, G.M., Poltronieri, S. C. & Viana, M. B. (2006) Effect of Erythrina velutina and Erythrina mulungu in rats submitted to animal models of anxiety and depression. Brazilian Journal of Medical and Biological Research, 39(2), 263–270. DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-879X2006000200013 DOI: https://doi.org/10.1590/S0100-879X2006000200013
Rogers, K. L., Grice, I. D. & Griffiths, L. R. (2001). Modulation of in vitro platelet 5-HT release by species of Erythrina and Cymbopogon. Life Sci., 69(15),1817–1829. DOI: https://doi.org/10.1016/S0024-3205(01)01266-8 DOI: https://doi.org/10.1016/S0024-3205(01)01266-8
Sahila, M. M., Pulikkal, B. P., Bandaru, S., Nayarisseri, A. & Doss, V. A. (2015). Molecular docking based screening of GABA (A) receptor inhibitors from plant derivatives. Bioinformation, 11(6), 280. DOI: https://doi.org/10.6026/97320630011280 DOI: https://doi.org/10.6026/97320630011280
Schleier, R., Quirino, C. S. & Rahme, S. (2016) Erythrina mulungu – descrição botânica e indicações clínicas a partir da antroposofia. Arte Médica Ampliada, 36(4), 162–167.
Sieghart, W. & Savic, M. M. (2018). International union of basic and clinical pharmacology. CVI: GABAA receptor subtype-and function-selective ligands: Key issues in translation to humans. Pharmacol. Rev., 70(4), 836–878. DOI: https://doi.org/10.1124/PR.117.014449 DOI: https://doi.org/10.1124/pr.117.014449
Sigel, E. & Ernst, M. (2018). The Benzodiazepine Binding Sites of GABAA Receptors. Trends Pharmacol. Sci., 39(7), 659–671. DOI: https://doi.org/10.1016/j.tips.2018.03.006 DOI: https://doi.org/10.1016/j.tips.2018.03.006
Tretter, V., Ehya, N., Fuchs, K. & Sieghart, W. (1997) Stoichiometry and Assembly of a Recombinant GABA A Receptor Subtype. J. Neurosci., 17(8), 2728-2737. DOI: https://doi.org/10.1523/JNEUROSCI.17-08-02728 DOI: https://doi.org/10.1523/JNEUROSCI.17-08-02728.1997
Vasconcelos, S. M. M., Lima, N. M., Sales, G. T. M., Cunha, G. M. A., Aguiar, L. M. V., Silveira, E. R., Rodrigues, A. C. P., Macedo, D. S., Fonteles, M. M. F., Sousa, F. C. F. & Viana, G. S. B. (2007). Anticonvulsant activity of hydroalcoholic extracts from Erythrina velutina and Erythrina mulungu. J. Ethnopharmacol., 110(2), 271–274. DOI: https://doi.org/10.1016/J.JEP.2006.09.023 DOI: https://doi.org/10.1016/j.jep.2006.09.023
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Ciência e Natura

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.
Para acessar a DECLARAÇÃO DE ORIGINALIDADE E EXCLUSIVIDADE E CESSÃO DE DIREITOS AUTORAIS clique aqui.
Diretrizes Éticas para Publicação de Revistas
A revista Ciência e Natura está empenhada em garantir a ética na publicação e na qualidade dos artigos.
A conformidade com padrões de comportamento ético é, portanto, esperada de todas as partes envolvidas: Autores, Editores e Revisores.
Em particular,
Autores: Os Autores devem apresentar uma discussão objetiva sobre a importância do trabalho de pesquisa, bem como detalhes e referências suficientes para permitir que outros reproduzam as experiências. Declarações fraudulentas ou intencionalmente incorretas constituem comportamento antiético e são inaceitáveis. Artigos de Revisão também devem ser objetivos, abrangentes e relatos precisos do estado da arte. Os Autores devem assegurar que seu trabalho é uma obra totalmente original, e se o trabalho e / ou palavras de outros têm sido utilizadas, isso tem sido devidamente reconhecido. O plágio em todas as suas formas constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Submeter o mesmo manuscrito a mais de um jornal simultaneamente constitui um comportamento publicitário não ético e é inaceitável. Os Autores não devem submeter artigos que descrevam essencialmente a mesma pesquisa a mais de uma revista. O Autor correspondente deve garantir que haja um consenso total de todos os Co-autores na aprovação da versão final do artigo e sua submissão para publicação.
Editores: Os Editores devem avaliar manuscritos exclusivamente com base no seu mérito acadêmico. Um Editor não deve usar informações não publicadas na própria pesquisa do Editor sem o consentimento expresso por escrito do Autor. Os Editores devem tomar medidas de resposta razoável quando tiverem sido apresentadas queixas éticas relativas a um manuscrito submetido ou publicado.
Revisores: Todos os manuscritos recebidos para revisão devem ser tratados como documentos confidenciais. As informações ou ideias privilegiadas obtidas através da análise por pares devem ser mantidas confidenciais e não utilizadas para vantagens pessoais. As revisões devem ser conduzidas objetivamente e as observações devem ser formuladas claramente com argumentos de apoio, de modo que os Autores possam usá-los para melhorar o artigo. Qualquer Revisor selecionado que se sinta desqualificado para rever a pesquisa relatada em um manuscrito ou sabe que sua rápida revisão será impossível deve notificar o Editor e desculpar-se do processo de revisão. Os Revisores não devem considerar manuscritos nos quais tenham conflitos de interesse resultantes de relacionamentos ou conexões competitivas, colaborativas ou outras conexões com qualquer dos autores, empresas ou instituições conectadas aos documentos.

