Usando a altura do ponto de inflexão no perfil do vento para a obtenção de perfis adimensionais acima da floresta amazônica
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179460X53225Palavras-chave:
Perfis adimensionais, Ponto de inflexão do perfil vertical do vento, Turbulência, Floresta AmazônicaResumo
A maioria dos vórtices turbulentos que povoam a interface floresta-atmosfera apresentam escalas de comprimento da ordem da altura do dossel. Esses vórtices são os principais responsáveis por trocas turbulentas entre o interior do dossel e a região acima da floresta. Posto isso, recorreu-se aos perfis verticais do vento, obtidos por 10 anemômetros instalados dentro e acima do dossel florestal do sítio experimental Rebio-Jarú/RO, na floresta amazônica. Uma função polinomial de terceiro grau foi desenvolvida com o objetivo de se obter um melhor ajuste ao perfil vertical do vento e, consequentemente, estimar a altura do ponto de inflexão deste perfil (zi), uma escala de comprimento associada ao cisalhamento do vento (Ls) e a velocidade do vento na altura zi. Essas escalas de comprimento e velocidade foram usadas para a obtenção de melhores ajustes para os perfis adimensionais do vento e de momentos estatísticos da turbulência. Foram comparado três modelos de perfis adimensionais utilizando velocidade de fricção, a velocidade do vento em zi e a velocidade do vento na altura do dossel. Observou-se que os perfis adimensionais com as informações da velocidade e do cisalhamento em zi forneceram um melhor suporte para a elaboração de parametrizações mais realistas dos processos de troca turbulenta que ocorrem tanto na interface floresta-atmosfera quanto no interior do dossel.
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