Tamanho de amostra para avaliação do grau de multicolinearidade em caracteres produtivos de centeio

Autores

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X41667

Palavras-chave:

Secale cereale L, Dimensionamento amostral, Correlação, Análise multivariada

Resumo

Os objetivos deste trabalho foram determinar o tamanho de amostra (número de plantas) necessário para a estimação dos indicadores do grau de multicolinearidade - número de condição (NC), determinante da matriz de correlação (DET) e fator de inflação da variância (FIV) - em caracteres produtivos de centeio e verificar a variabilidade do tamanho de amostra entre os indicadores. Foram conduzidos cinco e três ensaios de uniformidade (cultivares BRS Progresso e Temprano, respectivamente) e avaliados sete caracteres produtivos em 780 plantas. Vinte e um casos foram obtidos a partir de sete caracteres, combinados cinco a cinco. Para cada caso, foram planejados 197 tamanhos de amostra (20, 25, 30, ..., 1.000 plantas) e para cada tamanho foram realizadas 2.000 reamostragens, com reposição. Para cada reamostra foram determinados o NC, DET e FIV e calculada a média das 2.000 estimativas de cada indicador do grau de multicolinearidade. Após, foi determinado o tamanho de amostra, por meio de: máxima curvatura modificado e modelos linear e quadrático segmentado com resposta platô. Houve superioridade do modelo quadrático segmentado com platô no ajuste do grau de multicolinearidade em função do tamanho de amostra para todos os indicadores. Há a necessidade de maior tamanho de amostra para a detecção da multicolinearidade quando o diagnóstico for realizado pelo DET e de tamanhos de amostra superiores a 101, 258 e 102 plantas quando o diagnóstico for realizado pelo número de condição, determinante e fator de inflação da variância, respectivamente.

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Biografia do Autor

Ismael Mario Márcio Neu, Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Santa Maria, RS

Cursou o Técnico Agrícola em nível pós-médio com Habilitação em Agropecuária no Colégio Politécnico da UFSM. Tem mestrado em Agronomia, área de abrangência em Fitotecnia. Atualmente, é doutorando no Programa de Pós Graduação em Agronomia, área de abrangência em Fitotecnia pela Universidade Federal de Santa Maria.

Alberto Cargnelutti Filho, Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Santa Maria, RS

Possui graduação, mestrado e doutorado em Agronomia. Atualmente é Professor Associado III do Departamento de Fitotecnia da Universidade Federal de Santa Maria. Atua na área de Estatística Experimental, com ênfase em Técnicas Experimentais, Planejamento de Experimentos, Biometria aplicada ao Melhoramento Genética Vegetal e Amostragem, atuando principalmente nos seguintes temas: planejamento experimental, precisão experimental, modelos biométricos, modelos de crescimento, amostragem, estatística aplicada, avaliação de cultivares.

Cláudia Marques de Bem, Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Santa Maria, RS

Possui graduação e Mestrado em Zootecnia e Doutorado em Agronomia. Especialista em Estatística e Modelagem Quantitativa e Pós-doutorado em Agronomia.

Jéssica Andiara Kleinpaul, Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Santa Maria, RS

Possui Técnico em Paisagismo e graduação e Mestrado em Agronomia. Atualmente é doutoranda em Agronomia, na Universidade Federal de Santa Maria.

Cirineu Tolfo Bandeira, Universidade Federal de Santa Maria, Centro de Ciências Rurais, Programa de Pós-Graduação em Agronomia, Santa Maria, RS

Possui Técnico Agropecuária e Graduação e Mestrado em Agronomia. Atualmente é Engenheiro Agrônomo da Cotripal Agropecuária Cooperativa.

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Publicado

2021-03-10 — Atualizado em 2022-01-14

Versões

Como Citar

Neu, I. M. M., Cargnelutti Filho, A., de Bem, C. M., Kleinpaul, J. A., & Bandeira, C. T. (2022). Tamanho de amostra para avaliação do grau de multicolinearidade em caracteres produtivos de centeio. Ciência E Natura, 43, e38. https://doi.org/10.5902/2179460X41667 (Original work published 10º de março de 2021)

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