Discriminação entre Rajadas de Vento Convectivas e Não-Convectivas

Autores

  • Vanessa Ferreira Grupo de Modelagem Atmosférica, Departamento de Física - Universidade Federal de Santa Maria, Brasil
  • Ernani de Lima Nascimento Grupo de Modelagem Atmosférica, Departamento de Física - Universidade Federal de Santa Maria, Brasil

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X20288

Palavras-chave:

Rajada de vento. Frente de rajada. Tempestades. INMET. Tempo severo.

Resumo

No presente estudo investigou-se detalhadamente uma série de 184 rajadas de vento originalmente descartadas por Ferreira e Nascimento (2015) por apresentarem um comportamento aparentemente não concordante com atividade convectiva local por persistirem por várias horas. O objetivo neste estudo foi confirmar ou não a natureza convectiva destas rajadas.Utilizando-se dados horários das estações meteorológicas de superfície do Instituto Nacional de Meteorologia (INMET), imagens do satélite Geostationary Operational Environmental Satellite (GOES 12 e 13), imagens de radares meteorológicos e dados de final analyse do modelo Global Forecast System (GFS-FNL) do National Centers for Environmental Prediction (NCEP) são analisados os 184 eventos de rajadas intensas, algums registrados por estações meteorológicas localizadas em altitudes elevadas e outros na região litorânea do sul brasileiro. Após uma análise criteriosa apenas 9 rajadas foram confirmadas como de origem convectiva. Para as estações de altitude o mecanismo forçante mais frequente associado às rajadas de vento intensas persistentes foi a presença de um escoamento de norte-noroeste tipo Jato de Baixos Níveis (JBN). Nas estações do litoral a maioria das rajadas intensas se originou de sistemas de baixa pressão em escala sinótica localizados próximos da costa do sul do Brasil, como ciclones extratropicais.

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Referências

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Publicado

2016-07-20

Como Citar

Ferreira, V., & Nascimento, E. de L. (2016). Discriminação entre Rajadas de Vento Convectivas e Não-Convectivas. Ciência E Natura, 38, 225–231. https://doi.org/10.5902/2179460X20288

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