Análises de tipos de relevo e solos propícios à ocorrência de rhinodrilus motucu righi em municípios goianos segundo relatos populares

Authors

  • Thiago Augusto Mendes Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás
  • Renata Kerllen Neves de Souza Faria Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)
  • Roberto Malheiros Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179460X23008

Keywords:

Minhocuçu, Fatores Ambientais, Distribuição Geográfica

Abstract

O Rhinodrilus motucu Righi, é uma espécie de minhocuçu endêmica dos Estados de Goiás, Mato Grosso, Minas
Gerais e Tocantins. Atualmente há poucas pesquisas sobre este animal e os locais de ocorrência, até então eram
desconhecidos. Com o desenvolvimento da metodologia, obteve-se relatos quanto a ocorrência natural do Rhinodrilus
motucu Righi nos municípios do Estado de Goiás. Os relatos são indícios da ocorrência do animal
no município e também serviu para avaliar de forma geral a gestão ambiental municipal. Desta forma, foi possível
elaborar o mapa de distribuição geográfica do Rhinodrilus motucu Righi, em Goiás. Consoante a isto, os estudos
dos fatores ambientais: solo; geomorfologia/relevo; vegetação; precipitação; e clima comprovaram as informações
contidas nos mapas geográficos desenvolvidos. A análise destes demonstrou que o solo, do tipo Gleissolos e
Plintossolo e Neossolo, em conjunto aos componentes climáticos essenciais para sua formação, são fatores limitantes a essa
espécie. Enfim, uma proposta a problemática desta pesquisa é investir em estudos de reprodução em cativeiro do
minhocuçu, no manejo adequado e na preservação de várzeas e veredas.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Thiago Augusto Mendes, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Goiás

Escola de Engenharia

Roberto Malheiros, Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC Goiás)

Instituto do Trópico Subúmido

References

BRASIL. Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967. Lei de Proteção à Fauna. Diário Oficial da União, Brasília, 1967.

BRASIL. Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. Lei de Crimes Ambientais. Diário Oficial da União, Brasília, 1998.

BRASIL. Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000. Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza (SNUC). Diário Oficial da União, Brasília, 2000.

BROWN, G.; JAMES, S. Ecologia, biodiversidade e biogeografia das minhocas no Brasil. p. 297-381. In: G. G. Brown and C. Fragoso C (Eds.) Minhocas na América Latina: biodiversidade e ecologia. Embrapa Soja, Londrina, 2007.

BROWN, G.; JAMES, S. Earth worm biodiversity in São Paulo state, Brazil, In. ICSZ - Soil Animals and Ecosystems Services. Proceedings of the XIV th International Colloquium on Soil Biology, European Journal of Soil Biology, Volume 42, supplement 1. Pages S145-S149. November, 2006.

BROWN, G.; JAMES, S.; MARINI, O. Avaliação do risco de extinção do minhocuçu Rhinodrilus fafner Michaelsen. Biodiversidade Brassileira, 2 (2), 140-144, 2012.

BROWN, G.; JAMES, S.; PASINI, A.; NUNES, D.; BENITO, P.; MARTINS, T.; SAUTTER, K. Exotic, peregrine and invasive earthworms in Brazil: diversity, distribution and effects on soils and plants. Caribbean Journal of Science, 2006.

CRISCI, J.; KATINAS, L.; POSADAS, P. Historical Biogeography: an introduction. Cambridge, Masssachusetts, Havard University Press. 250p., 2003.

DRUMOND, M.A. Proteção para Minhocas Gigantes. Ciência Hoje. 251, in Press. Rio de Janeiro – RJ, 2008.

DRUMOND, M.A. Manejo Adaptativo do Minhocuçu. Belo Horizonte – MG: UFMS/ICB, 2008.

FELLER, C.; BROWN, G.; BLANCHART, P.; DELEPORTE, A.; CHERNYANSKI, S. Charles Darwin, earthworms and the natural sciences: various lessons from past to future. Agriculture Ecosystems and Environment. 90: 29-49, 2003.

INSTITUTO DE DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO DO CENTRO OESTE (ITCO). Revisão e detalhamento da carta de risco e planejamento do meio físico do município de Goiânia: Volume VI - Relatório síntese da macrozona rural do Alto Anicuns. Instituto de Desenvolvimento Tecnológico do Centro Oeste. Prefeitura Municipal de Goiânia - GO, 2008.

INSTITUTO MAURO BORGES (IMB). Estado de Goiás. Disponível em: http://www.imb.go.gov.br/ Acesso em: 23 de maio de 2013.

JAMES, S.; BROWN, G. Earthworm ecology and biodiversity in Brazil. Pp. 56-116. In: Moreira, F; Siqueira, O. e Brussaard, L. (Eds.) Soil biodiversity in Amazonian and other Brazilian ecosystem. CAB International, Wallingford, 2006.

JONES, C.; LAWTON, J.; SHACHAK, M. Organisms as ecosystem engineers. Oikos, 69:373-386, 1994.

LATRUBESSE, E.; CARVALHO, T. Série Geologia e Mineração 2 - Geomorfologia do Estado de Goiás e Distrito Federal. Secretaria de Indústria de Comércio. Superintendência de Geologia e Mineração. Goiânia/GO. 2006. Disponível em:http://www.sieg.go.gov.br/downloads/Livro_geomorfologia.pdf. Acesso em 31 de março de 2014.

LAVELLE, P.; DANGERFIELD, M.; FRAGOSO, C.; ESCHEN-BRENNER, V.; LOPEZHERNANDEZ, D.; PASHANASI, B.; BRUSSARD, L. The relationship between soil mac-rofauna and tropical soil fertility. In: WOOMER, P.L. e SWIFT, M.J., eds. The biological management of tropical soil fertility. New York, Wiley-Sayce Publication, p.137-169, 1994.

LAVELLE, P.; DECAËNS, T.; AUBERT, M.; BAROT, S.; BL-OUIN, M.; BUREAU, F.; MARGERIE, P.; MORA, P.;ROSSI, P. Soil invertebrates and ecosystem services. Soil Biol., 42:3-15, 2006.

LEE, K.E. Earthworms: Their ecology and relationships with soils and land use. Sydney, Academic Press, 1985. 411p.

MENDES, T. A. Imagens da região do setor Grajaú, Goiânia-GO. PUC Goiás, 2016.

MICHAELSEN, W. DieLumbriciden. Zoologische Jahrbucher Abteilungfür Systematik. 41: 1-398, 1918.

MINNICH, J. The earthworm book: how to raise and use earthworms for your farm and garden. Rodale Press, Bethlehem, 1977.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). Angelo Barbosa Monteiro Machado, Gláucia Moreira Drummond, Adriano Pereira Paglia. Livro vermelho da fauna brasileira ameaçada de extinção. 1.ed. Brasília, DF: MMA; Belo Horizonte, MG: Fundação Biodiversitas, 2008. 2v. 1420 p. l.(Biodiversidade ; 19) Espécies em extinção - Brasil. 2. Animais silvestres - Brasil.

PRANCE, G.T. The failure of biogeographers to convey the conservationmessage. Journal of Biogeography 27: 51-57, 2000.

RIGHI, G. Sobre a família Glossoscolecidae (Oligochaeta) no Brasil. Arquivos de Zoologia 20 (1): 1-96, 1971.

REDE NACIONAL DE COMBATE AO TRÁFICO DE ANIMAIS SILVESTRES (ReNCTAS). 1º Relatório Nacional sobre o Tráfico de Fauna Silvestre. Brasília, 2001,108p. Disponível em: http://www.renctas.org.br/pt/trafico/rel_renctas.asp. Acesso: março de 2013.

ROCHA, W. S.; SANTOS, H. I.; SANTOS, G. M.; CAMPOS, A. C. Avaliação dos Processos Erosivos na Microbacia do Córrego Olho D’água, Município de Goiânia, Goiás. In: VI Congresso Brasileiro de Gestão Ambiental, Porto Alegre, RS, 2015.

ROCHA, W. S. Imagens da região do córrego Olho D’Água em Goiânia-GO. PUC Goiás, 2014.

SANO, E.; DAMBRÓS, L.; OLIVEIRA, G.; BRITES, R. Padrões de Cobertura de Solos do Estado de Goiás. Departamento de Ciências do Solo - Universidade Federal de Lavras. 2004. Disponível em: http://www.dcs.ufla.br/site/_adm/upload/file/slides/matdispo/geraldo_cesar/cap_3_padroes%20de%20cobertura%20dos%20solos%20do%20estado%20de%20goias.pdf. Acesso em: 23 de março de 2014.

SCIENTIFIC AMERICA. Brasil – Maior Biodiversidade do Mundo. Edição Especial Nº 39, Ed. Duetto, São Paulo – SP, 2010.

SCHIEDECK, G.; SCHWENGBER, J.; CARDOSO, J.; GONÇALVES, A.; SCHIAVON, L. Aspectos culturais associados às minhocas no Brasil. Acta Zool. Mex vol.26 nº.spe2 Xalapa 2010. Disponível em: http://www.scielo.org.mx/scielo.php?script-sci_arttext&pid=S0065.Acesso em: 23 de maio de 2013.

SISTEMA ESTADUAL DE GEOINFORMAÇÃO - SIEG. ARQUIVOS SIG (SHAPEFILE). Disponível em: http://www.sieg.go.gov.br/. Acesso em: 24 de fevereiro de 2013.

Published

2016-12-29

How to Cite

Mendes, T. A., Faria, R. K. N. de S., & Malheiros, R. (2016). Análises de tipos de relevo e solos propícios à ocorrência de rhinodrilus motucu righi em municípios goianos segundo relatos populares. Ciência E Natura, 39(1), 59–73. https://doi.org/10.5902/2179460X23008

Issue

Section

Geography

Most read articles by the same author(s)