O papel do corpo no pensamento ético de Schopenhauer
DOI:
https://doi.org/10.5902/2179378636652Palabras clave:
Corpo, Ética, VontadeResumen
O presente artigo tem por objetivo demonstrar a participação fundamental do corpo na ética de Schopenhauer. Tomando-se como ponto de partida o mundo como representação, o corpo é a objetidade da Vontade, seu modo mais imediato de se manifestar no mundo. Mas, por outro lado, analisando-se o mundo na perspectiva da Vontade, o corpo é a própria Vontade, experienciada e vivida por meio dos próprios motivos que regem esse objeto desejante. Ao postular a Vontade, una e imperecível, como fundo último da realidade, como faz Schopenhauer, não há como desconsiderar o corpo e o sofrimento humano. E isso não é sem consequências para a ética. Segundo o filósofo, a mesma não reside em boas intenções e nem na busca de algum bem espiritual ou transcendente, mas existe concretamente nas ações efetivas dos indivíduos, que se dirigem aos outros indivíduos, percebidos antes de tudo, como corpos padecentes.
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