Schopenhauer, Nietzsche e a crítica ao formalismo da moral kantiana

Autores

  • Renato Nunes Bittencourt Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378634108

Palavras-chave:

Dever, Formalismo, Ética

Resumo

Neste artigo apresentamos as convergências entre Schopenhauer e Nietzsche na crítica ao formalismo da moral kantiana, sustentada pelo primado do dever, postulado pretensamente racional que exige o cumprimento da ação moral do indivíduo de maneira objetiva, sem manifestação de quaisquer inclinações pessoais. Schopenhauer e Nietzsche, apesar de apresentarem pontos divergentes acerca do valor existencial da compaixão, apresentam argumentos éticos que se chocam violentamente com a doutrina kantiana da moral, uma ilusão deletéria para a condução prática da vida humana.

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Biografia do Autor

Renato Nunes Bittencourt, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ

Doutor em Filosofia pelo PPGF – UFRJ Professor do Curso de Comunicação Social da Faculdade CCAA Membro do Grupo de Pesquisa Spinoza & Nietzsche.

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Publicado

2011-06-01

Como Citar

Bittencourt, R. N. (2011). Schopenhauer, Nietzsche e a crítica ao formalismo da moral kantiana. Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 2(1), 03–21. https://doi.org/10.5902/2179378634108

Edição

Seção

Ética e estética

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