Entre a "caracterologia" de Schopenhauer e o "tornar-se o que se é" de Nietzsche"

Autor/innen

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633750

Schlagworte:

Schopenhauer, Nietzsche, Caráter, Sujeito, Tornar-se o que se é

Abstract

Esta publicação concerne ao desdobramento de um estudo sobre o tema do sujeito. Seu foco se encontra na ambivalência de alguns aspectos do tema, como é o caso de um sujeito entendido como o "resultado" de um processo de subjetivação, por um lado, e, por outro, como um "agente" que atua sobre esse processo no intuito de dirigi-lo. O objetivo, neste artigo, e mostrar que esse tipo de ambivalência, comum nos últimos escritos de Nietzsche, na o e casual, mas corresponde a um modo peculiar de fazer filosofia que pode ser sumariado sob a expressão “margem de manobra”, que corresponde a um procedimento conhecido por ele em suas leituras de Schopenhauer. No intuito de exemplificar esse procedimento, apontaremos a ambivalência verificada na caracterologia de Schopenhauer, em especial na maneira como ele amplia o conceito de caráter, tendo em vista as seções 28 e 55 de "O mundo como vontade e representação" e, em Nietzsche, indicaremos a ambivalência presente na ideia de um autoconhecimento especialmente em "Ecce homo". Conforme pretendemos demonstrar, esse modo de fazer filosofia e indispensável para uma concepção de sujeito que pode ser identificada em Schopenhauer e que e ampliada por Nietzsche.

Downloads

Keine Nutzungsdaten vorhanden.

Autor/innen-Biografie

Antonio Edmilson Paschoal, Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

Professor do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisa (CNPq).

Literaturhinweise

ANGIONI, Lucas. Aristóteles e a noção de sujeito de predicação (Segundos Analíticos I 22, 83a 1-14). In: Philósophos – Revista de Filosofia, v. 12, n. 02, 2007. Disponível em: http://revistas.ufg.br/index.php/philosophos/article/view/6266#.VO9vlS5WXlc), consultado em outubro de 2015.

DEBONA, Vilmar. Um caráter abissal - a metafísica schopenhaueriana da Vontade como caracterologia. Revista Voluntas: Estudos sobre Schopenhauer. Rio de Janeiro, Vol. 4, Nº 1, 1º semestre de 2013, pp. 33-65.

DESCARTES, René. Discurso do método. São Paulo: Abril Cultural, 1991 (Col. Os Pensadores).

FIGL, Johann. Dialektik der Gewalt. Düsseldorf: Patmos, 1984.

GIACOIA JR., OSWALDO. Nietzsche x Kant. São Paulo: Casa da Palavra, 2012.

KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. 6ª ed. Lisboa: Calouste Gulbenkian, 2008.

MARTÍNEZ, R. Sanchiño. “Aufzeichnungen eines Vielfachen”. Zur Friedrich Nietzsches Poetologie des Selbst. Bielefeld: Transcript Verlag, 2013.

PASCHOAL, Antonio E. Nietzsche e o ressentimento. São Paulo: Humanitas, 2014a.

PASCHOAL, Antonio E. Genealogia, crítica e valores. Uma correlação entre fins e meios. Revista Sofia. Vitória, vol. 3, n. 2, Julho/Dezembro de 2014b.

PEREZ. Daniel Omar. A relação entre a Teoria do Juízo e a natureza humana em Kant. Educação e Filosofia (EFU. Impresso), v. 27, p. 233-258, 2013.

PLAICE, Renata. Spielformen der Literatur: der moderne und der postmoderne Begriff des Spiels in den Werken von Thomas Bernhard, Heiner Müller und Botho Strauss. Würzburg: Königshausen & Neumann, 2010.

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e como representação. Tomo I. Trad. Jair Barboza. São Paulo: UNESP, 2005

SCHOPENHAUER, A. O mundo como vontade e representação. Tomo II. Trad. Eduardo Ribeiro da Fonseca. Curitiba: Editora da UFPR, 2014.

SCHOPENHAUER, Arthur. O livre-arbítrio. Trad. de Lohengrin de Oliveira. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.

SCHOPENHAUER, A. Kleinere Schriften. Ueber die vierfache Wurzel des Satzes vom zureichenden Grunde. Zürich: Haffmans Verlag, 1988, p. 7-167.

SCHOPENHAUER, A. Kleinere Schriften. Preisschrift über die Freiheit des Willens. Zürich: Haffmans Verlag, 1988, p. 359-445.

SCHOPENHAUER, A. Die Welt als Wille und Vorstellung. I. Haffmans Verlag, 1988.

SCHOPENHAUER, A. Die Welt als Wille und Vorstellung. II. Haffmans Verlag, 1988.

SOMMER, Andreas Urs. Friedrich Nietzsches “Der Antichrist”. Basel: Schwabe & Co. Ag. Verlag, 2000.

STEGMAIER, Werner. As linhas fundamentais do pensamento de Nietzsche. Petrópolis: Vozes, 2013.

VIESENTEINER, Jorge L; GARCIA, André L.; Apresentação. In: STEGMAIER, Werner. As linhas fundamentais do pensamento de Nietzsche. Petrópolis: Vozes, 2013, p. 11-19.

Veröffentlicht

2016-06-01

Zitationsvorschlag

Paschoal, A. E. (2016). Entre a "caracterologia" de Schopenhauer e o "tornar-se o que se é" de Nietzsche". Voluntas: International Journal of Philosophy, 7(1), 57–73. https://doi.org/10.5902/2179378633750