O uso estratégico de Schopenhauer por Nietzsche em "Para a genealogia da moral"

Autores

  • Antonio Edmilson Paschoal Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, PR

DOI:

https://doi.org/10.5902/2179378633995

Palavras-chave:

Ética, Estética, Interesse

Resumo

Nosso objetivo neste artigo é apontar alguns traços do modo como ocorre a apropriação de um filósofo por outro e dos motivos que leva um filósofo a utilizar tal procedimento quando se trata de expressar suas próprias intuições. Como campo de investigação, tomaremos as passagens da terceira dissertação da Genealogia da moral, nas quais Schopenhauer é utilizado por Nietzsche, e como metodologia, retomaremos um conhecido debate, sobre a interpretação da noção kantiana de belo por Schopenhauer. O intuito de tal retomada é elencar elementos para nossa hipótese de que Nietzsche recorre ao seu antecessor na Genealogia, não para refutá-lo, mas pelos benefícios argumentativos que ele oferece para a sua crítica à moral.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Antonio Edmilson Paschoal, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Curitiba, PR

Professor da Graduação e da Pós-graduação em Filosofia da PUCPR e pesquisador do CNPq.

Referências

BARBOZA, Jair. A metafísica do Belo de Arthur Schopenhauer. São Paulo: Humanitas / FFLCH / USP, 2001.

CACCIOLA, Maria Lúcia. O conceito de interesse. In: Cadernos de Filosofia Alemã. Publicação do Departamento de Filosofia da USP, São Paulo, n. 5, p. 5-15, ago.1999. Disp. em: http://www.ciencialit.letras.ufrj.br/terceiramargemonline/numero10/viii.html. Acessado em 15/09/2012.

CHRISTIANS, Ingo. Typus. In: OTTMANN, Henning. Nietzsche Handbuch. Stuttgart/Weimar: Metzler, 2000, p. 341.

FOUCAULT, Michel. Sobre a prisão. In: Microfísica do poder. Org. e trad. Roberto Machado. 18. Ed. Rio de Janeiro: Graal, 2003.

HEIDEGGER, Martin. Nietzsche. Erster Band. 5. Auflage. Stuttgart: Günter Neske Pfullingen, 1989.

HEIDEGGER, Martin. Nietzsche. Vol. I. Trad. Marcos Antônio Casanova. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

KANT, Immanuel. Kritik der Urteilskraft. Erkausgabe in 12 Bänden. Hrsg. von Wilhelm Weischedel. Band 10. 13. Auflage. Frankfurt am Main., 1994.

KANT, Immanuel. Crítica da faculdade do juízo. Trad. Valério Rohden e António Marques. 2. Ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2010.

MARTON, Scarlet. Apresentação. In: MÜLLER-LAUTER, Wolfgang. Nietzsche – sua filosofia dos antagonismos e os antagonismos de sua filosofia. Trad. Clademir Araldi. São Paulo: Ed. Da UNIFESP, 2009.

NIETZSCHE, Friedrich. Die Geburt der Tragödie. Unzeitgemässe Betrachtungen I-IV. Nachgelassene Schriften 1870-1873. Kritische Studienausgabe Herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino

Montinari. Band 1. Berlin: Walter de Gruyter, 1999.

NIETZSCHE, Friedrich. O nascimento da tragédia. Trad. J. Guinsburg. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

NIETZSCHE, Friedrich. Além do bem e do mal. Trad. Paulo C. de Souza. 2. Ed. São Paulo: Companhia das Letras, 1992.

NIETZSCHE, Friedrich. Genealogia da moral. Trad. Paulo C. de Sousa. São Paulo: Brasiliense, 1987.

NIETZSCHE, Friedrich. O caso Wagner. Nietzsche contra Wagner. Trad. Paulo C. de Souza. São Paulo: Companhia das Letras, 1999.

NIETZSCHE, Friedrich. Crepúsculo dos Ídolos. Trad. Paulo C. de Sousa. São Paulo; Companhia das Letras, 2006.

NIETZSCHE, Friedrich. O Anticristo. Trad. Paulo C. de Sousa. São Paulo: Companhia das Letras, 2007.

NIETZSCHE, Friedrich. Nachgelassene Fragmente 1880 – 1882. Kritische Studienausgabe Herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Band 9. Berlin: Walter de Gruyter, 1999.

NIETZSCHE, Friedrich. Nachgelassene Fragmente 1882 – 1884. Kritische Studienausgabe Herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Band 10. Berlin: Walter de Gruyter, 1999.

NIETZSCHE, Friedrich. Nachgelassene Fragmente 1884 – 1885. Kritische Studienausgabe Herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Band 11. Berlin: Walter de Gruyter, 1999.

NIETZSCHE, Friedrich. Nachgelassene Fragmente 1885 – 1887. Kritische Studienausgabe Herausgegeben von Giorgio Colli und Mazzino Montinari. Band 12. Berlin: Walter de Gruyter, 1999.

PASCHOAL, Antonio E. A genealogia de Nietzsche. 2. Ed. Curitiba: Champagnar, 2005.

PASCHOAL, Antonio E. Dostoiévski e Nietzsche: anotações em torno do “homem do ressentimento”. In: Estudos Nietzsche, Curitiba, v. 1, n. 1, p. 181-198, jan./jun. 2010.

SCHOPENHAUER, Arthur. O mundo como vontade e como representação. Trad. Jair Barboza. São Paulo: Editora UNESP, 2005.

Downloads

Publicado

2012-07-01

Como Citar

Paschoal, A. E. (2012). O uso estratégico de Schopenhauer por Nietzsche em "Para a genealogia da moral". Voluntas: Revista Internacional De Filosofia, 3(1 e 2), 75–90. https://doi.org/10.5902/2179378633995

Edição

Seção

Estudos Schopenhauerianos

Artigos Semelhantes

1 2 > >> 

Você também pode iniciar uma pesquisa avançada por similaridade para este artigo.