O PARADIGMA DA VERDADE QUE PERPASSA AS METAFÍSICAS CLÁSSICA E MODERNA E DETERMINA AS DECISÕES JUDICIAIS
DOI:
https://doi.org/10.5902/1981369413612Palavras-chave:
metafísica clássica, metafisica da consciência, objeto-sujeitoResumo
O presente texto tem por objetivo a compreensão acerca de que modo o dualismo sujeito-objeto encontra-se presente nas decisões judiciais dos Tribunais. Demonstra-se que a filosofia da linguagem influencia a forma como as decisões são tomadas no Tribunal. Por isso objetiva-se abordar o pensamento desenvolvido na metafísica clássica e moderna. Na metafísica clássica a noção acerca da verdade encontrava-se nas coisas, ou seja, nos objetos, sendo de forte influência para a Escola da Exegese surgida na França e na Escola da Jurisprudência dos Conceitos elaborada da Alemanha. A ruptura ocorrida na metafísica moderna traz a filosofia da consciência e a noção de sujeito formulada por Descartes. O sujeito passa a ser o assujeitador das coisas, é nele que está a verdade, o conhecimento prévio. Sua influência está claramente presente na Escola da Jurisprudência dos Interesses. A metafísica moderna somente foi superada no campo da filosofia, com o giro linguístico. A metodologia utilizada será o método hermenêutico.
Downloads
Referências
ARISTÓTELES. Metafísica. Madrid: Espasa Calpe, 1999.
BRAIDA, Celso R. Filosofia e linguagem. Florianópolis: Rocca Brayde, 2011.
DESCARTES, René. Discurso de método. Tradução de Maria Ermantina Galvão. São Paulo: Martins Fontes, 1996.
GARCIA-ROZA. Luiz Alfredo. Palavra e verdade: na filosofia antiga e na psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
HERKENHOFF, João Baptista. Como aplicar o Direito (à luz de uma perspectiva axiológica, fenomenológica e sociológico-política). Rio de Janeiro: Forense, 1994.
JAKOBSON, Roman. Linguística e comunicação. Tradução por Izidoro Blikstein e José Paulo Paes. São Paulo: Cultrix, 1977.
KAUFMANN, Arthur; HASSEMER, Winfried (Org.). Introdução à filosofia do direito e à teoria do direito contemporâneas. Tradução de Marcos Keel e Manuel Seca de Oliveira. Revisão científica e coordenação de Antonio Manuel Hespanha. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2002.
LARENZ, Karl. Metodologia da Ciência do Direito. 3. ed. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1997.
LAUAND, Luiz Jean; SPROVIERO, Mario Bruno. In: TOMÁS DE AQUINO, Santo. Verdade e conhecimento. Tradução, estudos introdutórios e notas de Luiz Jean Lauand e Mario Bruno Sproviero. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1997.
OLIVEIRA, Manfredo Araújo de. Reviravolta lingüístico-pragmática na filosofia contemporânea. São Paulo: Loyola, 1996.
PLATÃO. Crátilo: diálogo sobre a justeza dos nomes. 2. ed. Lisboa: Sáda Costa Editora, 1994.
SIMON, Josef. Filosofia da linguagem. Rio de Janeiro: Edições 70, 1990.
TOMÁS DE AQUINO, Santo. Verdade e conhecimento. Tradução, estudos introdutórios e notas de Luiz Jean Lauand e Mario Bruno Sproviero. São Paulo: Martins Fontes, 1999.
STRECK, Lenio Luiz. Hermenêutica jurídica e(m) crise: uma exploração hermenêutica da construção do Direito. 10. ed. rev., atual. e ampl. Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2011.
STRECK, Lenio Luiz. O que é isto – decido conforme minha consciência? Porto Alegre: Livraria do Advogado, 2010.
STRECK, Lenio Luiz. Quanto vale o narcisismo judicial? Um centavo? CONJUR, mai. 2012. Seção Senso Incomum. Disponível em: http://www.conjur.com.br/2012-mai-17/senso-incomum-quanto-vale-narcisismo-judicial-centavo. Acesso em: 24 abr. 2014.
STRECK, Lenio Luiz. Verdade e Consenso. São Paulo: Saraiva, 2011.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença

Este obra está licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0 Internacional.